Narrado por Maite.
4 Anos Depois
Corria pelo quarto feito uma doida atrás de Estrella que não queria vestir roupa para sua festa de aniversário de quatro anos.
- Filha, por favor coloca o vestidinho, a Charlie já tá no jardim brincando com as outras crianças.
- Só se você me pegar - Cantarolou e mostrou a língua em seguida. Subiu em cima da cama e quando eu me joguei para segurá-la, ela pulou e começou a correr em círculos.
- Eu vou chamar o seu pai - Ameacei.
- Vai me chamar por quê? - William apareceu sorrindo e gloriosamente lindo ,usando uma camiseta xadrez de botões, calça jeans tradicional, os cabelos perfeitamente bagunçados e tênis branco.
- Pra você me ajudar. Ela diz que só vai vestir roupa se eu a pegar.
Ele conseguiu alcança-la e falou algo em seu ouvido que eu não consegui compreender, mas acho que adiantou já que a mesma em seguida veio até mim e me abraçou.
- Desculpa por correr de você mamãe, eu te amo - Deu-me um beijo na bochecha e um selinho rápido em seguida.
- Eu também te amo minha princesa linda - A ajudei a colocar o vestido, a sapatilha e ela saiu do quarto saltitando com os cachinhos batendo nas costas. - Como você conseguiu? - Voltei a olhar para William que segurou minha cintura e me puxou para mais perto, encostando nossos corpos.
- Tenho meus métodos - Disse convencido.
- Não vai me dizer o que você falou mesmo?
- Ah, só disse que deixo ela pegar os docinhos na geladeira antes de todo mundo.
- Minha filha vai crescer a base de chantagens do pai, é isso? - Deu de ombros e assentiu. - Você é um sem-vergonha.
- Um sem-vergonha que você ama.
- Amo muito, muito e muito. - Encostei nossas bocas, iniciando um beijo calmo e apaixonado, mas paramos com toques de pequenos dedinhos nas nossas pernas.
- Mamãe, papai - Charlotte nos chamou. - Vocês não vão descer? Já chegou todo mundo e um montão de presentes pra mim e pra maninha - Disse da mesma forma que o pai quando gosta de algo.
- Já estamos indo princesa - A peguei no colo com um braço e com a outra mão segurei a de William.
Descemos e fomos ao jardim onde várias crianças corriam por todos os cantos e algumas brincavam na cama elástica ou nos brinquedos espalhados. Charlie desceu dos meus braços e correu até a prima Isabella, que agora já estava com quase 12 anos.
- Amigaaa - Dulce me abraçou com dificuldade devido a Otávio, seu filho de dois anos e meio.
- Linda - Me abaixei um pouco - Oi coisa fofa da titia - Apertei as bochechas do pequeno e ele riu, resmungando um 'tia'.
- Eu também existo senhorita Dulce.
- Oh meu Deus Maite, como seu marido é dramático - Abraçou William. - Boa noite Will. - Se separou dele e depois foi a vez de Ucker nos cumprimentar, eles se sentaram em uma das mesas e uma grávida de quase nove meses, puxando a mão da filha de seis anos pela mão, veio perto.
- Olá casal lindo - Anahí nos abraçou e Melissa aproveitou para correr e se juntar as outras crianças.
- Oi amiga gorda - Me mostrou o dedo do meio e Poncho a abraçou por trás.
- Tem crianças por aqui sabia minha branquinha? - Ela riu como se não ligasse e correu atrás de um garçom, procurando comida, Poncho foi atrás.
[...]
Finalmente a festa havia acabado, aguentar crianças que não sejam as minhas filhas gritando, correndo, fazendo bagunça pela casa e algumas chorando é horrível mas ver o sorriso de felicidade e o brilho nos olhos que Estrella e Charlotte carregavam em si, compensavam a futura dor de cabeça.
Já passava de uma hora da manhã e estávamos os quatro deitados no meu quarto assistindo um filme da Barbie.
- Vocês duas não acham que já está na hora de dormir não? - William perguntou, acho que estava entediado com o filme.
- Tá cedo papai.
- E eu não tô com sono.
- Só porque agora que já passou da meia noite e é aniversário de vocês oficialmente, então eu deixo. Parabéns minhas princesinhas lindas - Beijou a bochecha de cada uma e nós nos jogamos em cima delas, as enchendo de beijos e carinhos.
- Nós amamos vocês pequenas. - Apertei cada uma delas em meus braços e dei um selinho demorado em todos, especialmente no meu príncipe e ele fez o mesmo com todas nós.
- Eu amo vocês - Minhas bebês disseram juntas e se abraçaram em seguida. Eu e William nos entreolhamos e sorrimos, nós não éramos uma família perfeita, mas era o tipo de família em que sempre sonhei em construir.
Ficamos ali naquele momento por alguns minutos e as meninas começaram a bocejar, em pouco tempo dormiram e por incrível que pareça abraçadinhas. Pegamos elas e as levamos a seu quarto, que era o mesmo, voltamos ao nosso quarto e eu fui até o banheiro escovar os dentes, saindo de lá usando apenas roupa íntima.
- Não nos dê ao trabalho de vestir pijama, você perderá tempo vestindo e eu tirando - Me agarrou por trás distribuindo beijos no meu pescoço e eu apenas gemi em resposta - Sabe, eu queria ter outro filho agora, dessa vez um meninão.
- Acho que eu já estou ficando velha.
- Você só melhora com o tempo meu amor - Me beijou com pressa e volúpia, deitando-me lentamente sobre a cama em seguida, beijando cada parte do meu corpo e me levando ao delírio com seus toques - Eu te amo mais que tudo May.
- Eu te amo mais que tudo Will - E ali tivemos talvez umas das melhores noite de amor das nossas vidas.
Nós teríamos mais um ou dois filhos, passaríamos a maior parte das nossas madrugadas fazendo amor, brigaríamos pelas coisas mais idiotas e no acabaríamos fazendo as pazes com beijos e caricias. E no final de tudo e apesar de tudo o que passamos, a maior certeza que sempre terei na vida é que nosso amor é eterno e que independentemente da situação eu e William passaríamos por tudo juntos, como sempre deveria ter sido.
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Aprendendo a Reconquistar ( Adaptada Levyrroni )
RandomMaite Perroni e William Levy foram casados durante três anos, ela o amava e nunca negou, já ele era frio, a traia, a espancava quando chegava em casa bêbado e sempre deixava bem claro que só se casou com ela para garantir toda a herança de sua famíl...