Capítulo 13

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Meu despertador não tocou no dia seguinte, e eu consequentemente faltei a aula. Minha mãe ao ter acordado e me visto ainda dormindo, ficou brigando comigo durante vários minutos.

Levantei da cama grunhindo de cansaço. Olhei no relógio e já marcavam 7:20, nem se eu quisesse iria conseguir ir para a escola a tempo. Porém, oque mais me incomodava não seria as aulas que eu iria perder, mas sim Jonatan que eu ia deixar de ver.

Como se por ironia do destino, meu celular que estava na cabeceira de minha cama toca. Estendo a mão para pegá-lo, e vejo que era uma mensagem de Jonatan.

- Estou te esperando no lado de fora de sua casa. Me encontre lá em 10 minutos. Eu também faltei.

Meu cérebro se inundou em perguntas, meu sono já até passou por conta disso. Como ele sabia que eu iria acordar tarde demais hoje? Seria isso apenas uma feliz coincidência? Eu não sabia, e isso fazia minha cabeça doer.

Ele pediu para que eu fosse lá daqui a 10 minutos, então usei este tempo para me arrumar e fazer minha higiene matinal. Quando eu fui até a cozinha, minha mãe já tinha saído para trabalhar a esta altura.

Ela deixou o café da manhã pronto em cima da mesa, mas eu não estava com fome e apenas ignorei e o deixei pra lá. Me dirigi até a porta principal, peguei a cópia da chave que eu tinha, e abri.

Do lado de fora, um pouco para a direita da entrada, estava Jonatan. Ele estava com o pé direito e as costas encostado no muro de minha casa, e ele deu um pequeno pulo de susto quando eu abri a porta.

- Pelos Deuses, Mary! Assim você me mata de susto! - ele disse. E antes que eu tenha chance de responder, ele abriu os braços e me envolveu em um caloroso abraço.

Abracei o pescoço dele, e ele deu a volta pela minha cintura com seus braços. Senti o cheiro do cabelo dele. Era uma mistura de pêssego com limão. E pude sentir que ele também cheirava os meus.

- Seus cabelos tem um cheiro tão único. - ele comentou, após termos nos separados. - E tão bom ao mesmo tempo.

- Como você sabe que eu não acordei a tempo hoje? - perguntei, curiosa.

- É simples. Eu que fiz seu celular não tocar o despertador. - ele comentou, com um sorriso malicioso no rosto.

Por um momento, uma raiva tomou conta de meu corpo. Minha mãe tinha brigado comigo e falado um monte de coisas para mim, e tudo isso por culpa dele.

- Você fez minha mãe ficar brava comigo. E tudo isso com qual objetivo?

- Antes de querer me dar um soco na cara, acalme-se! Tudo isso tem um objetivo. E eu tenho certeza que vai recompensar o fato de sua mãe ter ficado brava com você. - ele fala, com um sorriso no rosto.

- Espero que compense mesmo.

Quando eu falo isso, ele pega na minha mão subitamente. No começo, era um aperto forte, mas depois foi ficando mais delicado. Ele me guia até mais dois quarteirões adiante, e eu seguro a minha vontade de fazer perguntas.

Chegamos em um prédio que tinha cerca de três andares. Suas paredes eram todas de um amarelo bem claro, e eu fico ainda mais curiosa. A porta era feita de um verde escuro, e ele largou minha mão por alguns momentos e tirou a chave do bolso para abrir a porta.

Antes de entrar, ele parou na porta e impediu minha passagem. Tirou do outro bolso de sua calça uma espécie de pano preto, e eu já sabia qual a utilidade dele.

- Cubra os olhos. - ele disse, imperativo.

- Bem clichê isso, em? - resmunguei.

- Para de estragar o suspense e coloca logo.

Relutante, vendei meus olhos. Ele ajudou a amarrar a parte de trás, e logo após isso pegou no meu ombro e começou a me guiar por dentro do edifício. 

Pelo oque eu consegui sentir com minhas mãos, a entrada era um corredor estreito. Eu quase tropecei quando pisei na escada, que ficava logo depois da entrada. Ele lentamente me ajudou subir. Depois de vários minutos, eu consegui chegar no topo.

Um aroma doce enchia o ar, e eu reconheci isso como aroma de incenso. Ao mesmo tempo em que o calor tinha ficado muito mais intenso aqui dentro, e eu conseguia ouvir algo estralando.

- Mas que diabos você preparou para mim? - perguntei.

- Apenas veja. - ele disse, e então começou a desamarrar minha venda.

Quando eu consegui ver, porém, meu coração falhou algumas várias batidas. Meu cérebro quase entrou em colapso.

Em minha frente, rodeado por algumas velas e incenso, estava escrito uma mensagem usando pétalas de rosa.

E quando eu li a mensagem direito, fiquei ainda mais assustada. As pétalas diziam:

"Aceita namorar comigo?"





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