Capítulo (34)

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Quando eu abro a porta de casa nem acredito no que vejo. Minha casa realmente parece uma casa em que mora um bebê, ainda não acredito que eu o Ed e nossa filha somos uma família, uma família de verdade...
Logo quando entro no apartamento, minha bebê nos braços da minha melhor amiga, e meu namorado, ou meio marido ou seja lá o for que o Ed é meu, eu me emociono, não tem como não me emocionar.
Aqui eu e o Ed sonhamos tanto sobre tantas coisas, nunca pensei que um dia algo tão mágico iria acontecer com a gente como isso, quer dizer nós somos jovens e temos uma bebê e para muitos casais isso é algo mais do que comum ou até algo estressante e cansativo, mas para nós... eu sei que é tudo que a gente sempre quis.
"Está entregue!" A Carol diz e passa  minha filha para meus braços.
"Obrigada amiga, por tudo o que você fez por mim pelo Ed e pela nossa filha." Digo agradecendo a Carol.
"Você não precisa me agradecer amiga, eu nem fiz nada... fiquei uma semana inteira fora trabalhando, eu realmente queria ter feito mais, mas a sua sorte é que o Ed cuidou mais do que bem da minha afilhadinha linda, ele é um perfeito pai imperfeito." Ela dá risada e o Ed também ri, como se eles tivessem um tipo de segredo engraçado.
"Amiga..." ela diz. "Eu adoraria ficar e curtir um pouco mais a nossa coisinha fofa mas..." ela fala mas eu e o Ed a interrompemos deduzindo o fim da frase.
"Você vai ter que ir trabalhar." Eu e o Ed dizemos em uníssono.
"Como sabem?" Ela pergunta surpresa.
"Quando é que você não está trabalhando ultimamente né Carol? Isso é tudo o que você sabe fazer." O Ed diz.
"Ta bom, ta bom... vocês estão certos sou a louca do trabalho, mas tenho que aproveitar se a agência está tão interessada em mim."
"Amiga... só falta um tico pra você ser a nova new face do momento."
"Só de ouvir isso me da vontade de surtar." Ela diz e tenta me dar um meio abraço cuidadoso, já que eu estou com a Lou no colo.
"Agora eu vou gente, aproveitem a nossa coisinha por mim e vamos nos falar por Skype porque eu quero ver todo o crescimento dela mesmo de longe viu?"
"O quanto você acha que ela vai crescer em cinco dias que é o tempo que você vai ficar fora sua louca?" Eu digo rindo.
"Eu sei lá... todos dizem que eles crescem rápido, e eu não quero perder nem um pouco do crescimento dela." Ela diz, da um beijinho da cabeça da Louise e vai embora.
"Bem vinda de volta meu amor." O Ed diz para mim e seca a lágrima teimosa que caiu em minha bochecha quando eu me emocionei e depois coloca uma mecha de meu cabelo atrás da orelha.
"Obrigada." Eu digo baixo com um sorriso de pura felicidade no rosto. Só de imaginar que nem era pra isso estar acontecendo, eu poderia muito bem agora estar na casa do meu pai com a Lou ou até (Deus me livre) mas poderia estar até mesmo morta se eu não tivesse ligado pro Ed naquele dia, no dia do nascimento da nossa filha.
"Me desculpe pela bagunça Sof, eu vou arrumar tudo aqui daqui a pouco."
"Ei... não se preocupe, esqueceu que eu estou já acostumada com isso? Estava até com saudades da sua bagunça, era sempre eu que arrumava ela."
"Mas acontece que essa não é a minha bagunça, é a bagunça da Louise e como agora as coisas são diferentes quem vai arrumar ela sou eu, enquanto você vai lá pra cima descansar porque são ordens médicas."
"Cala a boca, não aguento mais essa palavra, "descansar" já estou farta disso." Eu digo e subo com cuidado as escadas para colocar a nossa filha no quarto dela, já que ela está dormindo tão profundamente.
"E não coloque a sua culpa na nossa filha!"
Eu digo brincando e então ele abre a boca para falar algo mas prefere ficar quieto e me segurar quando eu levo um baita susto com um imenso urso desconhecido que tem no quarto da Lou.
"Meu Deus do céu Ed." Digo e vejo minha filha acordar berrando em meus braços, então entro no quarto e acendo a luz pra ver melhor o peludão que me assustou.
"Mas o que é isso? Quando foi que você comprou esse urso?"
"Foi a doida da sua amiga." Ele responde simplesmente e parece um pouco inquieto vendo a Lou chorar em meu colo.
"Deixa que eu cuido disso." Ele diz e pega nossa filha de meus braços.
"Eu sei muito bem fazer minha filha dormir viu!" Eu digo achando engraçado a super proteção do Ed em relação à nossa filha.
"Eu sei que sabe! Mas eu gosto de fazer isso e já estou tão acostumado que praticamente domino a arte de fazer nossa filha dormir quando ela acorda chorando. Você primeiro tem que balançá-la levemente." Ele faz calmamente o que diz. "E depois tem que cantar baixinho e suavemente uma canção de ninar." Ele continua dando seu espetáculo e eu me sento no sofá do quarto da Lou pra ver tudo com atenção. "E depois de alguns poucos minutos... ela cai em um sono de bebê." Ele diz e realmente isso acontece.
"Uau!" Digo. "Você é praticamente um mago dos bebês."
"Sim!" Ele diz orgulhoso e brincalhão. "Pode me chamar de Gandalf, o mago dos bebês." 
"Ai Ed... às vezes você age como uma verdadeira criança e é difícil acreditar que é normal." Eu digo rindo baixo e ele coloca a Lou no berço.
"Eu sou uma criança adulta e um adulto criança, tudo ao mesmo tempo."
"Eu sei que é!" Eu reviro os olhos.
"Venha... vamos para o nosso quarto."
Ele me guia pelo corredor em direção ao nosso quarto então quando chegamos e nos sentamos na nossa cama ele me diz sério:
"Sof, nós precisamos conversar."
"Precisamos?" Eu pergunto despreocupada.
"Sim! Claro, quer dizer precisamos resolver muitas coisas importantes."
"É, eu sei." Digo mais séria.
"Olha Sof, eu não quero te estressar nem colocar pressão mas..."
"Diga logo." Falo impaciente.
"Eu resolvi que vou falar amanhã mesmo com o Billy."
"Ed eu não sei..."
"Não Sof não queira dificultar as coisas, a gente tem que resolver isso pra gente viver em paz, eu preciso de um novo empresário, preciso falar umas poucas e boas para aquele desgraçado."
"Me deixa ir com você?" Eu peço.
"O que? Não! Eu não quero você perto dele."
"Mas eu quero mostrar pra ele Ed, tudo o que ele tentou tirar da gente e não conseguiu. Eu quero que ele veja a nossa felicidade, eu quero falar muita coisa pra ele também, eu preciso disso Ed, tanto quanto você."
Eu digo e ele espera pensativo por um minuto.
"Tudo bem..." ele diz mas não muito feliz com isso.
"Mas você vai ir junto comigo e vai me prometer que não vai sair do meu lado." Ele diz preocupado.
"Tudo bem... eu aceito as suas condições seu mandão." Digo e finalmente o beijo de verdade depois de um longo tempo sem encostar meus lábios nos seus.
"Eu vou mandar uma mensagem a ele pra gente se encontrar amanhã."
Ele diz e começa digitar no seu celular.
"Billy, amanhã as 11:00 vamos conversar..."
"Tá bom?" Ele pergunta antes de enviar.
Eu dou de ombros e ele envia.
Depois de um tempo o Billy responde.
"Merda Edward... até que enfim. Te encontro no parque."
É só o que ele responde.
E eu e o Ed ficamos com essa preocupação do que vai acontecer amanhã pelo resto do dia.

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