Meu Primo Playboy Carioca

1.7K 102 91
                                    

CAPÍTULO 18

Lembro que no meu aniversário, meu primo me fez uma surpresa, comprou ingressos pro show de Kid Abelha e me levou, eu adorei, pena que Paula Toller não cantou "Todo meu ouro" pois essa música era antiga e não havia feito muito sucesso, ela só cantou as músicas do novo cd, mas pra mim já estava de bom tamanho.

No final, meu primo conseguiu me levar pro camarim, conheci a Paula Toller e toda a galera do Kid Abelha, e diferente do que eu sempre escutava, a Paula foi super simpática, tirei até foto com ela.=)

Certa vez teve uma festa da galera do Rafa, uma festa à fantasia. Ele me chamou pra ir, prometeu por todos os santos que não ia me fazer raiva. Eu concordei em ir. Quando chego em casa, tá o meu primo de sungão vermelho que tinha uma cruz branca do lado , uma camiseta vermelha justa escrita "Lifeguard" e óculos escuros.

Eu olhei com uma cara de "what hell is that" (o que diabos é isso) e perguntei:

- Que isso Raphael?

- Pô, minha fantasia, vou de salva-vidas, diga, eu não tô gatão lek?

Putz! Ele tava muito gostoso.

Fiz minha cara de blasé e disse:

- Eu não vou pagar mico de ir fantasiado.

- Po, lek, deixa de ser chato, poe ae teu kimono e vai da karatê Kid.

Acabei rindo daquela palhaçada toda e vesti meu kimono, surrado, mas que estava até cheirando bem, coisa rara.

- Humm, to com vontade de dar uns pega nesse jiujitero - aquela cara de safado dele, era o que me desmontava no fins das contas.

Na festa, um monte de plays e patys, algumas subcelebridades... era engraçado isso do Rio de Janeiro, volta e meia você acaba por topar com pessoas que figuram nas revistas.

Gabi estava lá de mulher gato, devo dizer, mais sexy que a Halle Berry.

Passei a festa fugindo do assédio dela (não era correto ficar com a menina que estava acreditando que eu era pra casar, ela era boa demais pra mim) e olhando de longe meu primo fazer sucesso lá (afinal com aquelas pernas quem não queria tirar uma lasca do Rafa?). Rolaram pequenas brigas, porque uma subcelebridade resolveu vir conversar comigo, meu primo ficou enciumado, mas nada grave, afinal, eu e meu primo ainda arranjamos um jeito de se pegar num canto mais escondido da festa...

Quando estávamos voltando pra casa eu me sentia meio estranho, eu olhava pela janela do carro vendo as luzes da madruga do Rio, era como estar num sonho, como se não fosse real:

- O que ce tem lek?

- Nada não Rafa, só to cansado...

Era como se tudo que eu vivesse fosse bom demais para ser verdade, e coisas boas sempre tinham uma pegadinha (as famosas letras pequenas dos contratos) eu sentia uma certa inquietação.

Houve tantos outros fatos importantes para mim no Rio, mas como eu acho que isso aqui já está maior do que deveria, vou abreviar as coisas.

Eu já estava no meu segundo ano de mestrado, terminando de pagar as disciplinas e me preparando para defesa da dissertação. Raphael havia feito progressos significativos no curso, era bolsista de um projeto muito importante e trabalhava num grande jornal.

Certo dia eu atendo um telefone lá na casa da minha tia.

- Alo, é da casa do Sr. Raphael Cedeño?

- É sim, mas ele não se encontra.

- Ok, então, por favor, avise-o que ele foi o selecionado para o projeto tal, e que ele tem o prazo de 15 dias para trazer toda a documentação, inclusive o passaporte, para darmos entrada na bolsa-auxilio e facilitar o visto.

Meu Primo Playboy CariocaOnde histórias criam vida. Descubra agora