CAPÍTULO 4
A noite eu estava na sacada do apartamento, com meu notebook, escutando música e lendo alguns apontamentos, o apto ficava de frente à praia e sempre gostei de ficar olhando o mar à noite, foi quando o Rafa chegou:
- Que cara é essa lek?
- Hã? Nada não, tava só lembrando de Natal
- Deve ser barra deixar tudo pra trás e vir assim pra uma cidade nova ne?!
- As vezes é necessário... - Olhei pra ele meio rindo, tentando mostrar que eu num tava triste.
- Que tá escutando?
- Kid Abelha, minha banda preferida!(tava tocando "Todo meu ouro")
- Po, por isso que cê tá com essa cara! Bora sair que você melhora!
- Posso não Rafa, tenho que estudar ainda..
- Que mané estudar! Hoje é sexta, você não trabalha amanhã nem nada! Bora lá, a galera ta se reunindo pra ir pra uma boate fervida!
Ele fechou meu notebook e me puxou pra levantar
- A gente ainda num saiu na night lek, bora que tu num vai se arrepender!
- Beleza, mas num vamos voltar muito tarde, hein?
Quando eu tava só de toalha trocando de roupa no quarto, Raphael entrou:
Quando eu tava só de toalha trocando de roupa no quarto, Raphael entrou:
- Cê tem desodorante? O meu acabou.
- Porra, tu num bate na porta não é Raphael?! - Ele tava de cueca cinza justa da Hugo Boss...
- Ahhh lek!! Tu é donzelinha agora é? Tava botando o absorvente era?!
Joguei o desodorante no peito dele:
- Toma e some!
- Valeu, se precisar de ajuda pra colocar o absorvente é so me chamar! Hahahaha - Ele saiu do quarto com aquele ar de carioca malandro.. putz, irritante!
Foi quando notei que eu tava meia bomba, "porra será que ele notou?!"
Quando sai do quarto, quase esbarro com ele no corredor, senti bem perto o cheiro do perfume dele, Deus, como era bom!
- Vamos sair logo ou você vai me agarrar logo aqui?! - Ele falou com aquele sorriso de safado.
- Ta bom Rafa, mas da próxima vez que tu quiser me ver pelado, avisa, num precisa entrar de uma vez no meu quarto não - e repeti o mesmo riso cínico dele.
Ele ficou vermelho e sem graça falou:
- Olha só! Ta ficando escroto como carioca é?
- Não, sou escroto feito natalense, sacou? - falei piscando o olho pra ele.
Nesse jogo podia jogar dois e o pior que sou altamente competitivo. Ele não ia mais me deixar sem graça. Fomos pra casa da Paula pegá-la.
O apartamento das meninas era enorme, parecia que eu tava num cenário de novela, elas tavam lindas, Paula era alta, loira, lembrava a Claire Danes, tinha um corpo lindo e um rosto de anjo. A irmã dela usava o cabelo pintado de preto, chanel, ficava bem alternativo contrastando com os olhos verdes dela... Karina, era mais estilo femme fatale.
Eles ficaram bebendo vodka enquanto eu tomava só energético. Daí a Paula puxou um trocinho da bolsa e colocou no nariz e passou pra irmã e depois pro Rafa. Eu fiquei sem reação. Eu nem sou muito de beber, imagina o resto! Me ofereceram e eu disse um não com cara bem chata, a Karina caiu na risada:
- O pessoal do norte é bem caretinha mesmo né?!
- Não não! Sou eu mesmo que sou careta! - disse com um tom de sarcasmo, o Rafa tava se beijando com a Paula e num tava nem aí.
- Poxa, mas você até que é bem gatinho, uma mistura de Gael Garcia e o gato do Tom Welling.. hahha.. nem parece nordestino!
- Deve ser porque eu esqueci minha roupa típica de couro e minha safona...- me controlando pra não estourar
- Cuidado Katarina, o lek também tem um baita pauzão! Hahaah - Rafa falava rindo
- E como você sabe Rafa, vocês andam brincando de médico? - Paula estava falando já meio grogue
- Homens trocam de roupa juntos e a genética de familia é boa, sabia que os espanhóis são os que tem os pintos maiores?? Viva os Cedeños!! hauahua - ele falou com um ar cínico olhando pra mim.
Eu tava tão puto de raiva, que não conseguia reagir, queria jogar o Raphael pela janela junto com aquelas duas putinhas drogadas. De repente eu me sentia no filme Segundas Intenções, so faltava as meninas começarem a se beijar! Me levantei e fui pra varanda tomar um pouco de ar. Daí o Raphael chegou fumando um cigarro
- Algum problema lek?
- Não nenhum, vamos pra boate logo? - Eu não ia dar o braço a torcer, ia acompanhar eles até o final. E nunca mais sairia com Raphael!
- Belê! Assim é que se fala! - E me abraçou pelo ombro e falou no meu ouvido - Acho que a Karina ta maluquinha pra dá pra você! - e foi me levando, mesmo com a raiva que eu sentia dele, fiquei completamente arrepiado com ele falando no meu ouvido.
Continua...
VOCÊ ESTÁ LENDO
Meu Primo Playboy Carioca
Cerita PendekÉ uma história linda e comovente pelo realismo e como pode ser os caminhos da vida. Espero que gostem e se emocionem com a história.