Water under the bridge

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Janeiro de 2012

Por Simon

Um ano depois as coisas entre Adele e eu mudaram completamente, depois daquele primeiro beijo nunca mais nos separamos. Durante algum tempo tentamos manter tudo em segredo, apenas algumas pessoas próximas a nós sabiam mas, logo a imprensa nos fotografou em um passeio em que fizemos juntos ao litoral. 

Adele então resolveu assumir publicamente. 

E agora estamos aqui, morando juntos, quase casados. O "quase casados" é apenas por conta da Adele, ela diz que casamento é apenas um status e tem enjoo só de ouvir essa palavra, nós já falamos algumas vezes sobre nos casar, mas ela sempre desconversa e diz que prefere nossa relação sem nomenclatura. 

Eu sei que não precisamos dar nome a nossa relação para sermos felizes, mas as vezes eu tenho a sensação de que Adele pode escapar pelas minhas mãos a qualquer momento, apesar de estarmos cada dia mais apaixonados. 

Adele está há cinco meses sem cantar, em outubro ela teve que fazer uma cirurgia nas pregas vocais e cancelou alguns shows, eu sei o quanto ela queria essa turnê, e por isso estou dando todo apoio possível, passamos esse tempo todo juntos, às vezes com a família dela, as vezes com a minha mas, eu sempre estava do lado dela, e chegou a hora de voltar aos palcos, em fevereiro ela irá fazer sua primeira apresentação depois da cirurgia, e será nada mais nada menos do que no Grammy, óbvio que ela está uma pilha de nervos, e bem mais estressada que o normal, mas acho que depois da apresentação isso vai passar.

- SIMON - ouço um grito estridente de Adele vindo do quarto, saio do escritório e vou até ela.

- Que? ... Adele...mas...o que aconteceu aqui? - ao chegar ao quarto e notar a situação de Adele as palavras quase não saem da minha boca, sua expressão é de desespero e raiva ao mesmo tempo, e acredite, ela está com um biquinho de criança marrenta.

- Eu poderia te matar agora, sorte sua que eu não tenho raio laser nos olhos.

- Ok, acho que você não precisa tanto de mim assim.

- Simon Konecki, não ouse sair desse quarto. - começo a assoviar e andar em direção a porta. Sinto algo frio descer pelas minhas costas e constado que Adele está atrás de mim. - eu avisei.

Viro-me e percebo o que Adele havia jogado em minhas costas, acredite ou não mas, ela me jogou um balde de tinta verde. Não consigo descrever o tamanho do sorriso estampado em seu rosto, mas com certeza ele iria durar por pouco tempo.

- ADELE

- Não adianta reclamar, eu avisei. - ela passa a mão em seus braços e passa a tinta rosa que havia ali em minha barba. Quase esqueci de falar, quando cheguei ao quarto ela estava coberta por tinta rosa bêbê, e ao fundo uma música tocava, seria até fofo se ela não tivesse jogado tinta em mim.

- Você está parecendo a Peppa Pig - tento disfarçar o riso mas, não consigo. Adele faz uma expressão que eu não consigo identificar. Wannabe toca ao fundo e isso torna a situação ainda mais cômica.

- Eu até diria que você está parecendo o Shrek, mas isso seria uma ofensa aos ogros, - ela me das às costas e anda em direção a outra lata de tinta - sabe, eu acho que você ficaria bem melhor de monstro de lago ness.

- Você não vai fazer isso - antes que ela consiga chegar até a lata acaba caindo de bunda no chão, eu simplesmente me ajoelho no chão de tanto rir.

- Para de rir, me ajude a levantar. - ela faz algumas caras e bocas como se estivesse sentindo dor. Com muita dificuldade chego até ela, estendo minha mão em sua direção e vejo um sorriso travesso em seu rosto, Adele me puxa e eu acabo caindo ao seu lado, ela engatinha até a lata de tinta e eu puxo sua perna.

A história de amor final (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora