My same - part 2

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Por Adele

Acaricio o cabelo de Laura por entre meus dedos e canto my same, meus olhos se perdem na escuridão a minha frente e meu cabelo voa de acordo com o vento que sopra, apenas o timbre da minha voz ecoa pelo local, ouço Laura fungar e passar o nariz sobre meu vestido, nem preciso olhar para saber que estou inteiramente babada, nem Angelo é capaz de fazer tanta sujeira quanto Laura.

- Você lembra de quando a gente se conheceu? Eu não fui com a sua cara. – dou risada ao relembrar. – Você estava vestida com uma blusa azul e uma saia de abacaxi, eu lembro de ter dito em pensamento "o que é aquilo". Você falava alto e mexia as mãos freneticamente, e quando você sorriu, jurava que estava engasgada com alguma coisa, eu quase fui até você pra saber se precisava de ajuda. Depois de alguns dias você me viu chorando no corredor da escola e quando eu percebi que você estava falando comigo queria enfiar minha cara em um buraco, tudo o que eu não precisava naquele momento era de uma amiga tão escandalosa quanto você. Eu sei, sou uma pessoa horrível. Mas você não foi escandalosa ou mal educada como eu achei que fosse, você só sentou ao meu lado e começou a falar coisas idiotas, coisas que me fizeram rir e esquecer o motivo pelo qual eu estava chorando, depois eu sai correndo e nem disse o meu nome ou quis saber o seu, mas como sempre você era insistente e acabou sentando comigo no almoço no dia seguinte, eu não falei absolutamente nada, enquanto isso você tagarelava sobre o quanto a comida era horrível, e eu apenas dava risada do seu jeito, e no final daquele dia você pegou o mesmo ônibus que eu e sentou ao meu lado, eu podia jurar que você estava me seguindo, e então você pegou na minha mão e disse: "eu ainda não sei o seu nome, mas o meu é Laura, que mãos fofinhas" você disse isso e passou a minha mão na sua bochecha, e eu apenas a puxei de volta e me virei para a janela. – Olho para Laura e vejo sua respiração lenta e seus olhos fechados, essa vaca dormiu. Seguro em seu pulso e verifico as horas em seu relógio, já passa das duas. Sinto um vento gélido e ouço algumas gotas caírem sobre o chão.

- Laura . – bato em seu rosto devagar, mas ela não acorda. Seguro em seu nariz por alguns segundos e ela levanta assustada.

- O que aconteceu, por que queria me matar asfixiada?

- Eu não queria te matar, e não tenho culpa se você entra em coma quando dorme, vem, está começando a chover. – me levanto do sofá e Laura vem logo atrás de mim esfregando os olhos com as mãos, chego na parte da frente da varanda e noto que quase todos já foram embora, Violet está se despedindo apressadamente de algumas pessoas e logo vem até a varanda saindo da chuva. Laura entra em casa e eu espero Violet e Brendha, nós entramos e eu fecho a porta.

- Caramba! Deixei meu celular lá fora. – Brendha fala e olha para a Violet. – droga. – ela sai e Violet me olha.

- Você nem precisa pedir, vou falar com ele. – Violet me abraça e abre um sorriso largo.

- Obrigado.

Subo as escadas e vou até meu quarto, Simon está ao lado do berço de Angelo lhe cobrindo com a manta, me aproximo e beijo seu rosto.

- Parece que a festa acabou.

- Sim. – Simon se vira e deposita um beijo em meus lábios apoiando as mãos em minha cintura.

- Amor.

- O que?

- Todos foram embora, e Violet quer saber se Brendha pode dormir aqui. – Simon me olha por alguns segundos e solta uma risada.

- Com você me pedindo assim não tem como dizer não. – ele aperta minha cintura e chupa meu lábio inferior me beijando logo em seguida, sua língua pede passagem e minha boca se abre provocando todas aquelas sensações conhecidas, mas mesmo assim inexplicáveis. As mãos de Simon descem até minha coxa e a puxa colocando na altura da sua cintura.

A história de amor final (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora