A história de amor final (EM REVISÃO)

turning tables

 "oxitocina, também conhecido como hormônio do amor é responsável pelos primeiros sentimentos maternos durante a gravidez; quando a oxitocina circula pelo corpo de uma gestante é como se o amor estivesse correndo por suas veias"

Por Adele

Ouço as porta do quarto abrirem, sinto meu peito se apertar e no mesmo instante minha boca seca, a enfermeira entra com um pequeno em seus braços, a medida que ela vai se aproximando sinto meu coração prestes a sair do peito, ela para diante de mim e sorrir.

- Seu filho.

Não consigo mais segurar o choro ao ouvir essas palavras, ela o coloca em meu colo e eu vejo seu rostinho, não consigo descrever o tamanho do sorriso que está estampado em meu rosto, um turbilhão de sentimentos altruístas me invadem e eu tenho vontade de gritar de tanta felicidade, agora tudo na minha vida faz sentido, por que o sentido da minha vida agora está em meus braços.

- Converse com ele, quando o bebê ouve a voz da mãe seu coração bate mais ligeiramente, ele a reconhece apesar de nunca tê-la ouvido fora da barriga. – Olho para a enfermeira com os olhos lagrimejando, ela tem um sorriso termo em meio aos seus lábios, como se fosse mãe todos os dias.

- Oi filho, eu rezei tanto para que você chegasse logo, mamãe não aguentava mais de ansiedade para ver seu rosto - meus olhos não saem de sua face, já posso ver seu sorriso ecoando pela casa, seus choros, sua voz me chamando de mãe. – eu vou secar seu rosto quando uma lágrima ousar cair, vou proteger você o máximo que puder, por que minha vida agora é você. – ouço o som da risada da enfermeira, ela arqueia as sobrancelhas.

- Ele já te ama até mais que você, todo o amor que você deu a ele durante a gestação ele sente por você, acredite, eu já vi de tudo nesse hospital, mas nada pode ser comparado com a primeira vez que mãe e filho têm o primeiro contado, a ciência até explica o que ocorre durante esse primeiro encontro, mas só quem é mãe pode sentir esse amor verdadeiramente.

Passo mais alguns minutos o observando e sorrindo, meus pensamentos estão inteiramente ligados a ele, em vê-lo correndo pela casa, ouvir sua voz.

- Preciso leva-lo, logo o dia amanhece e você terá alta e poderá ir para casa com seu pequeno.

- Quando vou poder amamenta-lo?

- Em breve, o médico já esta vindo, ele irá trazer os resultados dos exames.

Dou um último beijo na cabeça de Angelo e a enfermeira sai com ele nos braços, a melhor sensação que eu poderia ter na vida é ter meu filho em meus braços, viro minha cabeça para o lado e fecho os olhos tentando colocar os pensamentos no lugar, nunca antes eu tinha tantos sentimentos presos dentro de mim prestes a transbordar, sinto um cansaço e meus olhos pesam, mas abro-os assim que sinto alguém se aproximar da cama.

- Oi. – Ethan me cumprimenta com um sorriso de um lado a outro do rosto.

- OI.

- Como você está?

- Cansada. – ele segura em minha mão, ouço alguns gritos do lado de fora do quarto e me assusto. – Laura ainda está ai?

- Sim, essa voz é dela.

- Mas por que a gritaria?

- Ela quer entrar, mas eu falei que você precisaria concordar, então ela começou um escândalo.

- Ai meus Deus, um dia a Laura ainda me mata de vergonha. – Ethan sorri. – Deixe ela entrar.

- Sua mãe também está ai. – demorei um pouco pra responder, tinha a esperança de ouvir o nome de Simon, mas Ethan não o pronunciou.