My same - part 1

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Por Adele

Era engraçado por que, toda vez que ele me fazia sorrir ou rir, eu sentia uma vontade incontrolável de explicar para ele o quanto eu o amava.

Simon está atrás de mim me observando de cima abaixo, observo-o pelo reflexo do espelho e dou um sorriso, ele se aproxima e me abraça.

- Você está linda. – estou com um vestido preto longo e que marca minha cintura, há um detalhe de renda sobre meu colo e um decote a qual Simon não tira os olhos.

- Está bom? – pergunto virando-me de frente para ele que me observa por completo sorrindo e parando em meus olhos.

- Está linda, como sempre – Simon se aproxima de mim e segura em minha cintura. – Você teve aniversário de 15 anos, daqueles com valsa e príncipes?

- Não. – digo sorrindo – estava ocupada demais na minha crise de existência adolescente.

- Ótimo! O que acha de ser minha princesa essa noite?

- Sua princesa?

- Sim, eu também nunca fui príncipe sabe. – Simon se afasta e beija a minha mão como um verdadeiro príncipe, eu seguro o meu vestido e concedo a dança, como uma verdadeira princesa. Simon segura em minha cintura com a mão esquerda e com a direita segura minha mão, nós começamos a dançar pelo quarto, dançamos conforme a música, mesmo que não haja nada tocando ainda posso ouvi-la dentro de mim, a mesma valsa dos contos de fadas, a única coisa que realmente era rela neles.

Rodopiamos pelo pequeno espaço do quarto até que Simon para lentamente e me encara.

- Eu quero ficar pra sempre com você, sendo seu príncipe e você minha princesa.

- Simon, você sabe que contos de fadas não são nada parecidos com a realidade.

- Você só precisa olha-los com outros olhos, por que ao invés de ver a vida como contos de fadas não vê os contos de fadas como a vida? Talvez a Cinderela pode ter sido inspirada em alguém, ou a branca de neve, alguém que pegou pessoas simples e os tornou em príncipes.

- Ou apenas transformou a vida de alguém em uma mentira a e ainda fez com que milhões de pessoas acreditassem que existe vida perfeita.

- Quando você compõe, não se sente melhor?

- Sim

- E você engana alguém com suas composições?

- Não, pelo menos não que eu saiba.

- Mas você nem sempre é cem por cento sincera, ou é?

- Eu tento, mas a verdade é que exagerei na maioria das minhas composições, talvez a pessoa pra qual eu escrevesse não fosse aquele monstro todo.

- Está vendo? É a mesma coisa. Quando você compõe seu exagero te faz se sentir menos pior, contos de fadas são exageros da vida real, alguém que também escreveu para aliviar a dor. – sinto um arrepio percorrer meu corpo e olho nos fundo dos olhos de Simon que sorri levemente. – Veja a Branca de Neve, talvez na vida real ela morreu antes de encontrar seu príncipe, nos contos ela morreu, mas mesmo tarde ela conheceu o príncipe que a salvou, veja como é um final bem melhor que o da vida real, é apenas um final exagerado, mas feliz. Pense em como a Branca de Neve ficou feliz por ter seu príncipe.

- Então contos de fadas e minhas músicas tem o mesmo propósito?

- Sim, ambas tem o poder de melhorar a realidade, deixa-la mais leve, sem dor.

- E quanto às pessoas que escutam as minhas músicas e leem os contos?

- Você não pode responder pela forma como as outras pessoas interpretam, é por isso que existem milhões de formas de ver as coisas. – Simon beija a minha testa e abro um sorriso largo. É incrível como ele me ensina várias formas de ver o mundo, é como se com ele eu pudesse a cada dia ter um mundo diferente. Simon beija meu pescoço e desce até meu colo.

A história de amor final (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora