Jason anda estranho desde ontem, tentei ligar para ele mas não me atende, preciso saber por que se interessa tanto pela Carla, ela é uma prostituta!
- Alô? - Ele sussurrou para mim.
- Oi! - Me animo.
- Não posso falar agora, conversamos de noite na boate. - Ele fala e desliga na mesma hora não me deixando chance de responder.
- Desgraçado, filho de uma puta! - Fico muito irritada. - Porra do caralho! - Berro sozinha no quarto. Ou quase sozinha.
O que ele faz aqui? Me observando sempre, sinto sua presença mas não o vejo, ele se esconde por que acha que perdi realmente as lembranças, mas o desejo de todas as formas, minha vontade era de me entregar a ele, mas não posso, ele tem que me esquecer e se focar em sua vida eterna e longe de mim.
Fico em silêncio apreciando aquela sensação aconchegante de proteção misturada com algo perigoso e prazeroso, aprecio cada segundo daquela brisa gélida que sopra em meu quarto e lembro das sensções de formigamento gelado que se transformam em algo quente que me provocam desejos intensos.
Mas me controlo para não chamá-lo e finjo me concentrar em alguma tarefa como por exemplo, arrumar a cama.
Ele não sai de perto de mim, será que sempre senti sua presença ou algo mudou por ele ficar um tempo longe? Ou talvez, quem sabe, eu tenha mudado depois do último acontecimento.
(...)
Logo que chego já o avisto do lado do balcão do bar. Carla estava conversando com ele enquanto servia drink's que eu havia a ensinado no outro dia.
- Pode ir, novata. - Ela sai pela porta na lateral. - Então, ja pode começar, Jason. - O questiono assim que ela sai.
- Começar o que? - Se faz de desentendido.
- A abrir o bico! Não sou trouxa não, querido.
- Você é louca! - Grita no meio de todos.
- Filho da puta! Louco é teu cú! - Jogo chopp de um copo que está na mesa.
- Vai se fuder, sua puta! - Berra mais alto ainda. - Mulher doente! Não me ligue mais! - Da as costas para mim e some porta á fora.
Começo a chorar. Não sei nem por que, eu estou tão confusa. Bebo tudo que posso de uma garrafa de Vodka em um gole e vou ao banheiro vomitar o que tinha no estômago. Não sei quanto tempo fiquei la, mas ninguém foi me procurar.
Saio e vou direto ao balcao beber mais goles daquelas bebidas que vão corroendo minha garganta.
Carla estava servindo coquetéis no meu lugar, me substituindo.
- Ximena! - Adam me abraça. - Sinto muito, pode ir ao hospital vê-lo, não precisa ficar aqui.
Nesse momento paro de respirar, sinto como se um soco tivesse atingido minha barriga.
- Ele quem? Como ele está? Rebelde está bem? - Pergunto desesperada.
- Quem? Como quem? Jason! - Me encara. - Ele foi assaltado e reagiu, acabou baleado e foi parar no hospital, você não sabia, querida?
Um certo alívio atingiu meu corpo, pude respirar finalmente ao saber que não era meu anjo caído a vítima, até me esqueci de sua imortalidade, mas isso não apaga o fato de que Jason está correndo risco de vida.
- Está me escutando? Vou fechar mais cedo a boate hoje e vou para o hospital ficar com você, ele não tem família aqui na cidade e sei que vocês dois estavam ficando. - Tira de meus pensamentos egoístas. - Mas agora vá e se precisar, me ligue!
- Claro! Vou para la agora! - Pego minha bolsa e minha garrafa de destilado que peguei. - Dou notícias assim que puder! Jason vai ficar bem. - Afirmo enqunto saio.
Fico feliz por Adam estar me oferecendo todo o apoio que preciso desde o incidente, e Jason tem de ficar bom, mesmo eu não fazendo idéia do que aconteceu e de como ele está.
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Espero que estejam gostando da história, deixem suas opiniões nos comentários, pois é muito importante para mim, e se gostarem deixem suas estrelinhas ;)
Obrigado a todos!Att.
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Amante Do Mal
RomanceEssa é a história de uma garota que teve sua vida marcada pela tragédia, mas não por um infeliz destino e sim por que o mal a persegue por onde quer que vá. Mas o que aconteceria se o causador de tudo que houve de ruim em sua vida resolvesse mudar d...