Amante Do Mal

Anjo Caído

EXTRA ANJO CAÍDO

- Venha a mim! - Uma voz humana me chama. - Eu lhe imploro!

- O que quer, humana? - É uma bela moça.

- És o diabo? - Ela pergunta aflita.

- Não! Sou um dos anjos caídos. O que quer? - Já estou sem paciência.

- Quero fama! Quero um pacto. - Ela diz certa do que quer.

- Pois terá fama, muita glória e viverá com muito luxo, será lembrada por cinco gerações! - Olho seu rosto feliz. - O que me dará em troca, sua puta?

- O que quiser, Mestre. - Ela diz provocativa e mostra seu decote enorme.

- Quero a herdeira de seu nome, aquela que virá após seu esquecimento, a herdeira que levarei para meu reino infinito!

- Está certo! - Ela se levanta impaciente.

- Seu lugar aqui em baixo será glorioso, minha dama. - A encaro maliciosamente e volto para o lugar aonde estava.

- Humanos são interessantes, Rei Mestre. - Digo de cabeça baixa.

- Humanos são egoístas e estúpidos. Não precisamos fazer nada para corrompê-los, eles mesmos vão pelo caminho do mal, não respeitam seu criador e nem a si próprios, matam e cometem pecados sem se preocuparem, são imbecis e sem cérebro. - Ele observava a vastidão de seu reino. - Chamam-nos para trocarem suas vidas e a de outras pessoas por fama, beleza e dinheiro, não se importam uns com os outros.

- Mas são eles que nos mantém fortes. - Digo.

- Por que pedir uma humana? - Pergunta curioso.

- Tenho planos. Talvez a transforme em uma suicida, ou quem sabe uma terrorista.

- Não é isso, Rebelde. Não se importa com nada disso.

- Tenho planos, Mestre. Já lhe disse.

A moça teve o que pediu, agora só tenho que esperar a minha herdeira nascer e então as coisas começarão a ficar mais interessantes.

Muitos anos se passaram e finalmente minha criança nasce. Sempre a visito, afinal, ela é minha.
Essa família é muito pacífica, vou mudar isso!
Desde cedo as tragédias acompanham essa criança, mas não suporto esses pais cuidando dela. Ela é minha!
Provoco um acidente e claro, salvo meu pagamento. Todos se vão, ela não.
Teve um crescimento difícil, e me orgulhou muitas vezes na adolescência, mas espere! Ela mudou, algo dentro dela mudou. Não posso deixá-la ir. Tenho que intervir, vou aparecer para ela e induzirei a fazer coisas que me orgulhem novamente.

- Ximena! - A chamo em seus pesadelos.

Ela é tão linda - Penso enquanto a observo.