Tinha acabado o primeiro dia de aula de muitos.
Lá estava eu esperando o meu irmão na entrada da escola.
1 hora se passa...
2 horas se passam..
- Cansei velho,onde esse idiota tá? - decido ligar pra ele.
Caixa postal...
Ligo denovo...
- Alô? - uma voz rouca atende do outro lado.
- Quero falar com o meu irmão.
- Não sabe pedir por favor?
- Peço pra quem eu quiser,e não vai ser pra você que vou pedir - falo grossa - passa esse telefone pra ele - tento me acalmar.
- Não posso...
- Passa essa droga!Ou manda ele vir me buscar nessa maldita escola! - grito.
- Você está aí desde que saímos? - ele ri.
- Isso é engraçado?Que eu saiba o circo não chegou ainda.
- Porque a atração principal dele não está lá,que é você.
- Sério,passa esse telefone pra ele.
- Estou indo aí - ele fala e desliga o celular.
Meia hora se passa...
Uma hora se passa...
Odeio pessoas que prometem as coisas e não cumprem.
Levanto do banco que estava sentada já algumas horas e começo a caminhar,quando estou atravessando a esquina um babaca chama meu nome.
- Ou,eu disse pra me esperar,larga de ser teimosa.
- Eu não ia ficar te esperando até o sol nascer querido - falo revirando os olhos.
- Vamos,entra aí.
- Nem obrigada - digo.
- Então fica aí,não vai fazer falta pra ninguém mesmo.
Nossa,há muito tempo eu não fui abalada com palavras,mas juro que essas doeram no fundo desse maldito órgão que bate.
Eu sou daquelas pessoas encrenqueiras,mas quando as palavras me machucam eu fico calada,uma forma de tentar combater a dor,sozinha.
Entrei no carro de Nash e ficou aquele silêncio constrangedor,e não serei eu que iria quebra-lo.Cada vez mais eu odeio esse moleque.
- Ei...Olha só...Me desculpe por isso,eu não tive a intensão de te magoar - ele diz tentando achar as palavras certas.
- Mas machucou - falei sem querer e logo tempo a minha boca.
Ele deve ter ficado feliz com eu me ''abrindo'' porque depois do meu gesto ele sorriu,de uma forma encantadora ,merda,o que eu to falando.
- Vejo que confia em mim - ele diz se achando.
- Nem sonhando,minha confiança só é pra quem merece,e você não está nessa lista.
- Qual a graça de falar dessa forma com as pessoas? - ele pergunta.
- Não tem graça,só é a minha forma de falar.Se não está contente não precisa ficar perto.
- Mas eu quero ficar perto de você.
Nao falei absolutamente nada depois dessas palavras,não queria dar uma resposta nele depois de tanta doçura,só que não.
Ele me deixou em casa como o prometido e eu jurei não falar pra minha mãe sobre o que o Alex tinha feito,mentira,é óbvio que eu vou contar pra ela,oportunidades assim nunca passam pelas minhas mãos.
- MÃE - grito pra toda vizinhança ouvir.
- GRITA MAIS BAIXO,EU NÃO SOU SURDA! - ela fala isso mais grita pior ainda.
- O Alex me deixou até agora na escola,ele me esqueceu porque estava na casa da namoradinha fazendo coisas indecentes com ela.
- ALEX - minha mãe grita novamente.
Em vão,porque ele não está em casa.
Mentira...vejo-o saindo do banheiro.
- Que foi mãe? - ele pergunta secando o cabelo com a toalha.
- Você esqueceu ela na escola? - ela pergunta.
- Eu não,ela que saiu com o namoradinho e não me avisou.
Idiota!Eu odeio meu irmão!
- Namoradinho o escambal.
- Essa foi a sua desculpa pra não me contar que estava de namoradinho? - minha mãe saltita nas pontas dos pés,às vezes ela consegue ser muito criança.
- Eu não tenho namorado coisa nenhuma e não me encham o saco!Merda!Não tenho paz em nenhum lugar - já falo trancando a porta do meu quarto.
Quando estou quase dormindo escuto a árvore de fora se mexer,não ligo,mas começam a atirar pedras em minha janela,vou de encontro a ela e me assusto ao ver quem era.
- As gatinhas olham as janelas para verem os gatinhos? - ele pergunta.
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A Marrenta Da História
RomanceÉ possível uma Marrenta se apaixonar por um popular de uma hora para outra? Responda essa pergunta lendo ao livro. Mas terá uma drástica mudança,quando sua mãe a obriga ir estudar em um Colégio Interno. Votem e comentem por favor ^^