Capítulo 9

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- Moça? - sentia alguém me tocando,e odiava quando me tocavam sem autorização.

- Não encoste essa sua pata de vaca em cima de mim - digo com raiva.

- Vim avisar que o avião pousou já faz alguns minutos.

- E por que não me avisou antes em vez de ficar me tocando - digo levantando.

- Que mal-educada - ela sussura.

- O que você disse?

- Nada.Tem alguém te esperando ali - ela aponta para um homem segurando uma plaquinha com o meu nome.

Isso era uma coisa tão infantil,fazer plaquinhas?Que coisa mais inútil.

Sai do avião logo após o transtorno com a aeromoça e o mesmo homem que estava segurando a plaquinha dirigia o carro que me conduzia para o meu novo Colégio.

- Como foi a viagem? - ele perguntou.

- Você não imagina o quanto foi boa,dormi ela inteira.

- Fico feliz.

Quando ele diz isso estacionamos em um Colégio bem bonito por sinal.Pensei que seriam aqueles colégios azuis e com as paredes raspadas com várias coisas pinchadas,mas por outro lado,um Colégio bonito,com paredes bracas e beje,cores claras.

- Aqui está o número do seu quarto - ele diz me entregando um papel e uma chave.

- Número 7,então fica no primeiro corredor.Certo?

- Corretamente.

Peguei minhas malas e fui de encontro ao corredor 1,nossa,esse Colégio parecia grande por fora,imagina de dentro.

Depois de vários minutos procurando a porta com um número 7 escrito encontrei,a porta estava trancada e não havia nenhum barulho lá dentro,tentava achar uma chave dentro da minha bolsa quando fui atropelada por um garoto.

- Eu tenho que ir - ele diz.

- Eu tenho que ir?É isso o que você diz seu otário? - falo indignada.

- Depois nos vemos ai estressadinha.

Eu não acreditava no que estava acontecendo,eu fui atropelada por aquele garoto e ele não pediu desculpa e muito menos me ajudou a levantar,fiquei deitada no chão por alguns minutos até perceber que estava sendo observada.

- O que quer? - pergunto.

- O que faz aí deitada no chão olhando para o teto? - o garoto pergunta.

- Não te interessa - digo tentando me levantar.

Mas por um vento do destino acabo caindo de bunda no chão,o garoto que estava a poucos minutos me irritando agora está rindo.

- Tá rindo do que?O circo ainda não chegou aqui.

- Porque a atração principal não está lá com eles - diz piscando.

- Que é você.

- Não,você.

- Gostei,um cara de atitude,por isso vou deixar saber o meu nome.Prazer,Jenny.

- Thomas.O prazer é todo meu.

- Chega,agorinha isso aqui vira uma melação.

- Concordo - diz sorrindo.

- Tenho que ir agora,até mais Thomas e seus amigos,você também quando fica estressado solta fumaça pelo nariz? - caio na risada.

- Não,quando eu fico estressado sou igual aquele Caracol do Turbo.Saio correndo,falando nisso.

Thomas sai correndo pelo corredor e quando vai virar acaba escorregando no piso e caindo com tudo.

Mesmo eu falando que iria mudar não deixaria de rir disso,não poderia.Não me aguentei e ri extremamente alto,chamando a atenção de várias pessoas que abriram a porta dos seus quartos,quando uma garota com aproximadamente 1,75 de altura saiu ''meu'' do quarto.

- Você em vez de ajudar o garoto que caiu no corredor fica rindo? - ela pergunta assustada.

- Ah,vai falar que isso não é engraçado.

- Não posso negar - ela diz rindo mais ainda.

Gostei dessa garota...

- Sou Mendy - ela estica a mão.

- Jenny - aperto sua mão.

Fomos juntas ajudar Thomas que ainda estava caído no corredor.Quando ele viu ela esbossou um sorriso encantador.

- Você veio - ele diz se levantando.

- Claro amor.

Estava entendo tudo...credo.

- São namorados? - perguntei.

- Ainda não - ela apenas fala.

-Bem que poderíamos ser,mais você não se decide - ele diz.

Ela fica vermelha de vergonha e volta para o quarto.

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