Uma hacker apaixonada.

Capitulo 28 - Adeus Hospital.

Dias depois...

Julie

Eu estava me sentindo estranha tanto tempo deitada sem fazer coisa alguma naquela cama, eu estava para enlouquecer, ficar desocupada não era uma coisa que eu gosto, na verdade eu odeio, Ella e Travis estão me mimando demais, eles disseram que eu fiquei muito tempo sem respirar e sem o meu coração bater, e os médicos me achavam um milagre, afinal mesmo se eu tivesse sobrevivido teria ficado com várias sequelas graves, eu acredito em alguma coisa, todos acreditam, alguém lá em cima gosta de mim, Trav dormia todo torto no sofá, que parecia minúsculo em compensação ao enorme corpo dele, acabei rindo com a cena, era bem engraçada, um homem daquele tamanho num sofá pequenininho daquele, me levantei sem fazer barulho e fui pro banheiro levando meu soro, tomei um banho, escovei os dentes e penteei meu cabelo, quando sai do banheiro, tomei um susto com Travis na porta.

- Você me assustou! — Ele me abraçou.

- Pensei que você tinha sumido, fiquei desesperado. — eu o olhei.

- Travis calma! Seu coração está disparado!

- Tenho medo de te perder, como quase te perdi aquele dia. — Apenas o abracei mais forte, ele realmente me amava, não queria me perder, eu também não queria perdê-lo.

O soltei e sorri, ele me guiou até a cama, me sentei e ele cobriu minhas pernas com o cobertor. — Meus pais veem te ver hoje, já devem estar chegando. — Foi apenas ele parar de falar que a Tia M e o pai do Trav entraram no meu quarto.

- Minha querida! Que bom que está bem, você nos deu um baita susto.

- Desculpa Tia M. — Ela me deu um beijo na testa foi até Trav e puxou a orelha dele bem forte.

- Como você pode atirar nela! Eu não te criei para fazer isso com a minha futura nora!

- Desculpa mamãe. — Ele disse, aquilo devia estar doendo.

- Por favor querida, solte a orelha dele. — O sr. Marshall pediu e a srª. Marshall soltou a orelha do filho.

- Tia M, eu mandei Travis atirar em mim. — Ela me olhou.

- Querida, isso tudo para proteger pessoas que nem conhece?

- Sim, posso não conhecer, mas aposto que cada um deles tem uma família que precisa deles. Já eu... — abaixei a cabeça.

- JULIETA! — Tia M gritou e eu imediatamente olhei para ela. — Você tem uma família! Eu, meu marido, Travis, Ella, aquele seu amigo gay maravilhoso, o amigo do Travis, você tem um lugar conosco, nós te amamos Julie. — Ela sorriu.

- Obrigada Tia. — Algumas lágrimas escorreram e eu as limpei, nesse momento o médico entrou no quarto.

- Srta. Bennett, estou lhe dando alta, a senhorita já está bem, agora já pode prosseguir os cuidados em casa, vou lhe dar a receita dos remédios que deve comprar, depois só passe na recepção para assinar alguns documentos tudo bem?

- Sim, obrigada.

- De nada, e novamente, a senhorita é um milagre, realmente você teve muita sorte. — Eu apenas sorri, o médico veio até mim, retirou o meu soro, colocou um adesivo, e eu me levantei e calcei meus sapatos.

- Ainda bem! Vamos todos lá para casa almoçar! — Tia M diz contente.

- Ótimo, vou dormir bem essa noite. — Travis diz aliviado.

- Você podia ter ido para casa, não precisava ficar comigo todos esses dias.

- Precisava sim amor, precisava. — Ele juntou todas as minhas coisas e colocou na mochila, saímos do quarto, fomos para a recepção, assinei os papéis, e alguns minutos depois estávamos a caminho da casa dos pais do meu namorado.

Almoçamos, e eu fui para o quarto onde o Travis dormia antes de sair de lá, ele me seguiu e disse que ia tomar banho, eu me deitei na cama e ele seguiu para o banheiro, fechei os olhos por um segundo e vi a cena onde eu estava amarrada, o cara ao lado do Travis, e depois o som do tiro.

Acordei meio assustada e vi que Travis não tinha saído do banheiro ainda, significava que eu não havia cochilado muito, aquele pesadelo/lembrança, foi horrível, eu não posso perder minhas noites de sono por causa desses idiotas, não podia mesmo, eu tenho uma empresa para administrar, um namorado para cuidar, um cachorro lindo que precisa de atenção, eu não podia parar minha vida, eu iria superar isso, ah se eu ia.