Capitulo Bonus - Não é o fim.

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Julie
Meses depois.

A neve caía do lado de fora da janela, eu a observava de dentro do meu escritório na Design Blame, Ella estava em sua lua de mel então eu estava entrevistando algumas pessoas para ficar em seu lugar enquanto ela estivesse fora, ouvi uma suave batida na porta.

- Entre. — Uma menina entra, ela tinha o cabelo curto e azul pastel, ela parecia uma boneca de tão delicada, pequena e fofa que era.

- Olá, meu nome é Nikki,  e eu estou aqui pela vaga de assistente. — Eu Sorrio para ela.

- Sente-se Nikki. — Ela se senta e sorri, seus dentes são brancos e bem alinhados. - Então me diga porque devo contrata-lá? — Ela me entrega seu resume, e respira fundo, eu olho o resume, vejo que ela tem 21 anos, trabalhou em muitos cafés e lojas.

- Bem, eu amo seus designs, e as revistas que você transforma com eles, e eu sonho em trabalhar aqui como design desde de meus 13 anos, eu sempre chego cedo, sei fazer um ótimo café, trabalho duro, eu aprendo rápido e eu sou muito organizada. — Eu sorrio e ela relaxa um pouco.

- Eu gostei de você Nikki, e francamente você é  a única que não mentiu para mim até agora, então o trabalho é seu, quando pode começar? — Ela abre um sorriso de orelha a orelha.

- Agora mesmo se possível. — Eu pego um celular e um mini iPad e dou a ela. — Nesse celular tem todos os contatos que você precisará, o IPad será como seu computador você irá marcar minhas reuniões e mandar e-mails por ele. E ele também tem o programa que usamos para os Designs, você pode usá-lo como quiser, e eu irei olhá-los, se eu gostar do que vejo, quem sabe você não consegue um emprego definitivo aqui como design não como assistente.

- Aí meus Deus, muito obrigada pela oportunidade, a senhora não vai se arrepender, eu prometo. — Eu sorrio e ela também.

- Não precisa dessas formalidades, me chame de Julie, por favor.

- Certo, Julie, você quer um café ou precisa que eu marque alguma reunião?

- Não, não no momento, nós vamos primeiro te levar a sua mesa e de dar um tour pelo prédio. — Meu celular toca, o nome de Travis está na tela. — Eu preciso atender, é meu noivo, mas vou pedir a Jamie que te der o tour, me desculpe por isso.

- Não, não eu entendo, não há problema, se quiser eu mesmo ligo para ele e mando sua mensagem. — Ela diz, e eu a agradeço silenciosamente, ela sai da minha sala.

Eu pego meu telefone e atendo.

Ligação ON

"- Travis o que foi? "

" — Quando eu chegar em casa eu vou matar você. - Ele diz bravo, me fazendo rir. "

"- O que houve? Cansado de tanto comer os bolos ?"

"- Eu estou quase virando diabético aqui, você escolheu muitos bolos, e era para você estar aqui comigo, eu não aguento mais ver tanto bolo. "

"- Você sabe que eu não podia, eu tinha que arrumar uma assistente, para aí eu poder voltar a sair da empresa, mas fique feliz em saber que eu achei, e que eu já já estou indo para aí eu só tenho que ver se ela já entendeu como tudo funciona."

"- Ok, amor, mas ande logo antes que eu começo a vomitar bolo aqui. — Nos rimos e ele desliga."

Ligação OFF

Toco no pingente do colar que meu pai deixou para mim, com o microchip, iríamos nos casar em dois meses, e a mãe de Travis estava nos ajudando como nunca com todos os preparativos, e Ella em lua de mel, Travis tinha que me ajudar, a decidir tudo que faltava, que era o Bolo e as flores, o resto tudo estava arranjado, eu estava preocupada com o casamento, eu era uma pessoa pública, por causa da minha empresa, mas eu não queria nenhum repórter, ou jornalista lá para estragar nosso momento, então tudo estava sendo em casa extremo sigilo.

[...]

Travis está dormindo no quarto, até hoje não tive coragem para ver o que tem dentro desse microchip, mas hoje é o dia, ou melhor a noite, são três da manhã, eu me sento em meu computador de dois monitores, tiro meu cordão e coloco o chip nele, começo a ler os milhares códigos que tem, e meu pai tinha razão, se alguém pegasse esse chip, o mundo entraria na terceira guerra mundial, tiro o chip do computador e coloco o colar novamente, ouço alguém tocar a campainha, Travis sai do quarto apenas de calça de moletom, segurando sua arma, eu me levanto e vamos juntos até a porta, eu a abro e tem um cara e uma mulher vestidos de ternos, o cara me olha e sua expressão continua neutra.

- Julieta Bennett, meu nome é Agente Carter e essa é minha parceira Agente Killer, estamos aqui para conversar sobre seu pai, Alexander Bennett? - Os dois me mostram o distintivo do FBI.

- Sim, em que posso ajudá-los? - Digo e Travis guarda a arma e aparece do meu lado.

- Desculpe por incomoda-la a essa hora, mas precisamos da sua ajuda, tivemos monitorando você há muito tempo, Ms. Bennett, e o governo precisa de você, por favor. – A mulher de cabelo curto fala.

- Que horas ? — Travis pergunta.

- Um carro vira buscá-la as dez e o senhor não pode acompanhá-la. — O cara diz.

- Se ele não for eu não vou, não me sinto segura sem ele. — Digo firmemente.

- Nesse caso se é melhor para sua segurança ele pode vir, desculpa vir tão cedo, mas foi o horário que você entrou nos arquivos militares então nós alertou.

- Oh, mas eu não... eu só olhei os códigos e... Entendo o que houve agora... vou precisar de um computador melhor para lidar com o vírus.

- Terá tudo que precisar, agora se nos der licença, precisamos ir. — Agente Killer disse e eles se foram, e eu fechei a porta.

- Caramba, isso é maior que pensávamos. — Travis disse indo para a cozinha.

- Você não faz ideia. — Digo e sigo até minha enorme janela de vidro, a cidade nunca pareceu tão pequena.

Uma hacker apaixonada.Onde histórias criam vida. Descubra agora