Sou sempre a esquisita bebendo nos fundos do bar, nas festas eu sou a de mente inquieta e o corpo inerte enquanto todos dançam, mas ela é tão leve, tão desinibida. Seus passos tão suaves e meigos... Aquele sorriso me chamando para dançar, droga! Quase me atrevo, mas minha vergonha e insegurança não me deixam arriscar.
Eu lhe devo tantas danças que até perdi a conta.
Não quero me arrepender por não o fazer, mas não consigo me soltar em meio a multidão de olhares alheios. Quero que sejamos eu e você, e a música domando meu corpo com espontaniedade.
Penso em você e enlouqueço de medo, será que nutro algum tipo de obsessão? Te fotografar ao nascer do sol, para sempre recordar-la nas recaídas da saudade parece tão bizarro para quem não tem a minha visão.
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Cigarros e Versos Insones
PoesíaContém um emaranhado de pensamentos de uma apreciadora de tudo que entorpece a mente o coração, escritos nas mais insones madrugadas.