Criatura

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- Você acha que a Marinette está bem?

- Eu espero - respondeu a senhora Sabina, com um olhar preocupado.

Os Dupain-Cheng estavam resignados na casa da família Bucché, apenas observando vários helicópteros que saiam de todos os lados da cidade, apenas para capturarem imagens de Paris.

- Vocês viram a Selena? - a senhora Bucché perguntou, com o rosto por fora da janela. - Ela sumiu!

- Como assim "sumiu"? - o senhor Bucché indagou com uma cara de poucos amigos. - Onde ela se meteu numa situação dessas?

Tom e Sabina se encararam preocupados, e logo foram ajudar a família a procurar a menina desaparecida.



Enquanto isso, não muito longe dali, Petit pousara em um beco qualquer, retirando sua presilha e enfiando-a no bolso da saia.

- Tomara que todos fiquem bem - ela sussurrou, correndo em direção à sua casa.

~~

- Atende, Marinette... Atende! - Alya dizia com o telefone grudado na orelha. - Por favor...

- Alô?

Os olhos da arruivada brilharam.

- Marinette Dupain-Cheng! Onde você se meteu!? - Marinette afastou o celular do ouvido, por causa dos berros. Ela sorriu.

- Me desculpe, Alya, mas eu acabei me enrolando aqui perto de casa, e uma pessoa me ajudou...

- Uma pessoa? - Alya interrompeu mantendo a seriedade.

- Minha prima - ela respondeu rapidamente, antes que pudesse ser bombardeada de perguntas importunas. Junto a isso, ela ouvia a amiga suspirar do outro lado da linha.

- Você se machucou?

Marinette passa os dedos na faixa branca.

- Só um arranhão básico - ela sorriu. - Nada que me mate.

Ambas ainda ficaram a conversar, mas não antes da pequena Tikki voar a frente do rosto de Marinette.

- Temos que nos transformar!

A morena fez que sim com a cabeça.

- Alya, eu ligo pra você depois - ela disse, desligando o aparelho e o pondo dentro da tiracolo.

- Tikki, transformar!

Logo, Ladybug estava de volta - mais confiante que nunca, vale ressaltar -, correndo entre os carros virados e entre certos postes quase consumidos pela gosma.

- Onde será que a coisa está? - perguntou a si mesma.
Então, ela ouviu um ruído alto vindo de trás.
Com seu olhar periférico, identificou mais uma moto que voava em sua direção.

Ela revirou os olhos e se esquivou rapidamente.

- Você não pode mais me acertar com isso - Ladybug gritou seja lá pra quem.

Nesse exato momento, um monstro de forma grotesca saiu do chão, como se fosse parte dele.
Não tinha olhos e possuía a mesma cor da gosma ácida não identificada.
Esse monstro, tinha dentes exageradamente enormes, extremamente afiados como os de um tubarão, e garras no lugar de dedos.

A heroína ficou aterrorizada com a criatura macabra que mais parecia ter saído de um filme de alienígenas dos anos oitenta.

Sem aviso prévio, o monstro saltou de onde estava e logo já esmagava a moça, se esta não tivesse pulado segundos antes do evento. Ele era rápido, apesar da estrutura.

- Isso é muito nojento - ela comentou com uma careta, arrancando seu ioiô mágico do quadril. - Veja o que é bom, sua aberração!

Ladybug jogou o objeto, no intuito de conseguir laçar a criatura que, obviamente saiu do caminho.
A menina estalou a língua, frustrada.

- My lady!

Ela ignorou o chamado, apenas encarando o monstro, bolando uma estratégia.
Não sentiu quando o parceiro felino pulou e parou ao seu lado.

- Por onde você esteve!? - ele perguntou firme, tirando a menina dos pensamentos.

- Anh... Ah, eu meio que... Eu acabei desmaiando numa parte da cidade, depois que bati a cabeça numa... moto - ela disse sorrindo falsamente. O rapaz ficou em silêncio mas logo deu de ombros.

- Ok, não temos tempo para discutir - ele passou a mão nos cabelos dourados e tirou o bastão do cinto. - Tem umas garotas que ainda precisam ser resgatadas.

Ladybug fingiu não ter ouvido, pulando para o outro prédio, se aproximando do monstro.

- Espere, Ladybug - Chat pulou em seu encalço, parando bem em sua frente. - Eu passei um tempo perseguindo essa... esse... essa... coisa, e calculei que ela só pode jogar um jato de gosma por vez. E quando ela o faz, sua massa estrutural fica mais densa.

- Tá, o que quer dizer...? - Ladybug cruzou os braços.

- Quer dizer que - ele passou o braço pela cintura da moça e a aproximou. - O monstro pode ser derrotado se chegarmos bem perto.

Ela sorriu de lado e o afastou.

- Certo, mas onde está o akuma, Senhor das teorias?

Chat apontou em direção à criatura.

- Nos dentes.

Continua?

Lady MyselfOnde histórias criam vida. Descubra agora