Situação Osso

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Alguns dias depois do grande estrago em Paris, nossos heróis voltaram às suas vidas normais e rotineiras, fazendo tudo que sempre faziam.

- Bonjour, senhora Bucché - cumprimentou um garoto, na frente de uma enorme casa. - A Selena já está pronta?

- Ela está terminando de tomar o café - respondeu a mulher de um modo simpático. Ela virou a cabeça para a cozinha. - Selena! O Louis já está aqui!

- Pede pra ele esperar só uns minutinhos, mãe - gritou a menina de volta. A mulher suspirou.

- Entre, querido.

- Com licença - falou o rapaz educadamente.

Louis sentou-se ao sofá da sala, e ficou a encarar o carpete vermelho do cômodo. Era reluzente e bastante confortável.
A televisão de cinquenta polegadas era estonteante de grande, sem contar o luxuoso centro de vidro com um belo jarro amarelo para enfeite.

- Esperou muito? - Selena retirou-o de seus pensamentos com um sorriso.
Ele ficou vermelho de vergonha.

- Desculpe... Estava observando a paisagem da sua sala...

- Não acho nada demais - disse ela, descendo a escadaria.
Selena estava vestida da uma saia comprida costumeira com detalhes de cores variadas, botas vermelhas e a básica regata preta.

- Você só tem esse tipo de roupas? - perguntou o rapaz com um sorriso de lado.

- Não vejo problema em querer me sentir confortável - ela disse por fim, dando de ombros.

- Você é uma garota estranha - ele riu.



       No caminho para o colégio, ambos conversaram bastante sobre várias coisas, e entre uma delas, se encaixava a quase destruição da cidade vizinha.

- É mesmo, foi horrível - Selena comentou se fingindo de desentendida. - Imagina se a Ladybug não tivesse aparecido...

- E eu ouvi dizer que a Petit também estava por lá - ele disse revirando os olhos. - Será que já não basta ela se meter nas coisas daqui da Comuna?

Selena sentiu uma pontada no coração com essas pequenas palavras.
Ela sabia que Louis nunca fora muito a favor das participações justiceiras da heroína abelha, já que o pai do mesmo era chefe da polícia de Boulogne Billancourt. Mas, ao aceitar o seu Miraculous, ela já sabia que haveriam pessoas a favor, e contra suas ações voluntárias.

Chegando no colégio, os amigos de Louis vieram lhe cumprimentar.

- Qual é, mano - um garoto veio saudar o moreno. - Bom dia, minha pequena - ele abraçou a Selena.

- Bom dia, Murilo - ela sorriu. - O que eu perdi nesses dias?

O rapaz explicou as matérias que faltavam para a garota se atualizar. A verdade é que Selena estava sem ir para o colégio fazia quase uma semana, graças à "doença" que ela inventara para conseguir fazer seus trabalhos de super heroína fora da cidade.

- E aliás - disse Murilo. - você assistiu aquela reportagem maneiríssima da Petit em Paris?

O sorriso do menino mostrava sua genuinidade evidente, o que deixava a garota um pouco mais segura de si.

- Ela só gosta de se mostrar - Louis invadiu a conversa com uma careta. - Não sei como podem gostar tanto dela...

- Qual é, Louis! Ela é a mina mais louca que eu já conheci - ele chegou bem perto do ouvido do amigo. - e eu já a conheci mesmo.

Selena deu uma risada. Ela lembrava bem do dia em que salvou a família de Murilo de um incêndio suspeito à alguns meses.

- Tá, nisso eu concordo com você - disse Louis cruzando os braços com um sorriso de lado. - Ela é louca.

Nesse momento, algo no bolso da saia da menina estava tremendo. Ela logo pediu licença.

- É seu celular? - perguntou Louis franzindo o cenho. - Ele não estava no concerto?

- É o que a minha prima me emprestou - mentiu Selena rapidamente, fingindo que estava com pressa, conseguindo se esgueirar por entre as pessoas que chegavam na instituição.
Já longe o bastante de todos, ela pegou sua presilha e está mostrou a imagem da heroína joaninha.

- Petit, preciso da sua ajuda urgentemente - ela berrou. O cenário por traz de Ladybug estava caótico.
Algo como fumaça, cinzas e, devido ao ar trêmulo da imagem, podia-se deduzir que estava quente acima dos padrões suportáveis.

Realmente, para Ladybug pedir sua ajuda, a situação devia estar osso duro de roer.

Continua?

Lady MyselfOnde histórias criam vida. Descubra agora