(Gabriel): Posso entrar? - foi abrindo a porta do meu quarto devagar, ficou me olhando de lá - (Helanor): Não - mesmo eu não deixando ele entrou e se deitou na cama comigo - (Gabriel): Porque você tá assim? Como você tem coragem de pelo menos pensar em ir pra não sei aonde com essa mulher? Seus pais iam ficar sem chão se você fosse, seus irmãos sem o xodo deles... E eu também (Helanor): Não tem nada disso, eu sei... Acho que ela tá certa, tenho que aprender a ser menina, me cuidar, ficar bonita (Gabriel): Você me irrita quando fala isso (Helanor): Tá vendo... Pode ir embora, não precisa ficar aqui comigo - ele se apoiou na palma das mãos, deixando o corpo colado no meu, encostou nossas testas - (Gabriel): Não quero que você mude nada Nono, você não é igual a todas as meninas, e isso é ótimo (Helanor): Você mesmo gosta das "outras meninas", me largou pra ficar com elas - minha voz saiu fraca e uma lágrima teimosa percolou pelo meu rosto - (Gabriel): Eu errei - beijou minha testa - me perdoa de uma vez por toda - beijou a ponta no meu nariz - to com saudade de você - fechei os olhos, em seguida senti seus lábios tocarem os meus levemente, abri novamente e ele estava sorrindo pra mim, levou a mão ao meu rosto, fez um carinho com a ponta dos dedos, e antes que pudesse começar um beijo de verdade, batidas fortes na porta nos fizeram separar num pulo - (Hector): Gabriel, tá na sua hora! (Gabriel): Que merda! - falou sem deixar sair o som - (Helanor): Ele já vai - me coloquei de pé e estiquei a mão pra ele - vou te levar até a porta
Ele me deu a mão, passamos pela casa sem trombar com ninguém, parei quando estava na porta - (Helanor): Tchau (Gabriel): Só tchau? (Helanor): Uhum (Gabriel): Vamos continuar - me puxou pela cintura e começou a me beijar no pescoço - (Helanor): Não Gabriel - o afastei um pouco mas continuamos abraçados - eu tenho que estudar, amanhã começam as provas (Gabriel): Aff - bufou com a cara fechada - e quando eu te vejo? (Helanor): Depois que as provas terminarem, pode ser? (Gabriel): O que?! Só no fim de semana? (Helanor): Passa rapidinho (Gabriel): Passa não! Amanhã eu venho - ri e o surpreendi com um selinho - ai meu coração (Helanor): Fui - me desprendi rápido, sem deixar tempo pra ele me alcançar, entrei em casa com um largo sorriso no rosto, que foi logo desfeito por ter dado de cara com minha tia. (Marília): Meu bem, me desculpa por ter falado daquele jeito com você (Helanor): Tanto faz (Marília): É que você é uma menina tão bonita, se você se cuidasse mais, teria todos meninos aos seus pés. Tá claro que o Gabriel gosta de você, mas e aí? Ele não vai dar em nada também (Helanor): Meu Deus! Você quer que eu me torne você né? Que eu fique bonita pra arrumar um marido? Me poupe, tenho mais criatividade que isso... (Marília): Você é quem sabe (Helanor): Boa noite, titia - não esperei que ela falasse mais, e fui para o meu quarto.
Estudei um pouco entre olhadinhas no celular, mas o sono venceu a batalha contra o estudo com facilidade.
Fiz a primeira prova da semana de recuperações, fui surpreendida por me pegar pensando no Gabriel mais vezes do que eu esperava. Fiquei na lanchonete quase toda a parte da tarde e nem sinal dele por lá e também nada de mensagens, ligações. {Comecei a dar uma moral pequena pra ele, e já sumiu né? Ele vai ver}.
(Helanor): Mãe, to indo embora (Izabel): Ok meu amor, dá um jeitinho na casa pra mamãe? (Helanor): Ahhh mãe, que preguiça (Izabel): Nem discute, sua tia tá na praia, aproveita pra deixar tudo um brinco (Helanor): Arghhh, tá bom - peguei um lanche pra mim, e fui pra casa. Mesmo morta na preguiça, liguei uma música e arrumei a bagunça que era prioritariamente dos meus irmãos. {Tudo eu nessa casa, na hora que eles chegarem aqui vão bagunçar de novo, aposto!}. Reclamei pra mim mesma todo o tempo, demorei a vida pra arrumar tudo, quando terminei já anoitecia. (Marília): Oi meu bebê - entrou em casa, espalhando areia pra todo lado - (Helanor): Caralho tia, terminei agora de arrumar essa porcaria dessa casa! (Marília): Meu Deus, que estresse! Brigou com o namorado? (Helanor): Não tenho namorado! - ela riu - (Marília): Então tá bom - revirei os olhos ao sair de perto dela, tomei um banho e quando voltei meu celular indicava chamada do Gabriel - não vou te atender, pode ligar a vontade - falei olhando para o celular, silenciei a chamada, joguei em cima da cama e fui pra sala assistir televisão. Já estava com soninho quando ouvi o barulho da porta abrir, me virei pra olhar quem era - (Gabriel): Você não me ouviu te ligando?!
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p.s.: fui pra longe daqui
FanfictionHelanor é a perfeita personificação da rebeldia, mas dizem as más línguas que é a rebeldia mais doce que já se viu e quem quer aproveitar cada segundo disso, é um certo Gabriel...