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(Helanor): M-mãe - gaguejei - é... eu passei aqui depois da prova pra ver o Gabriel (Izabel): E você não avisa?! - chegou mais perto para nos analisar, sem perceber demos alguns passos pra trás - porque seu cabelo tá molhado?! - desfiz com pressa o coque que tinha feito - responde! (Helanor): É suor (Izabel): O seu também é suor? (Gabriel): Não Bel, eu tomei banho, ela só me esperou no quarto, já estávamos indo pra lanchonete (Simone): Vem aqui - interviu, puxando minha mãe até o sofá, acompanhamos e nos sentamos um ao lado do outro. Ele não largou a minha cintura nem um segundo, me protegendo, caso minha mãe não conseguisse segurar a raiva que sentia de mim - meninos, seja o que for... Evitem ficar assim, nós sabemos bem que vocês dois são que nem pólvora e fogo, sempre foi assim. Então vamos evitar transtornos, ok? (Izabel): Imagina se é seu pai ou seus irmãos que te encontram aqui assim? (Helanor): É dai? A gente não estava fazendo nada (Izabel): Não importa, vocês dois estão proibidos de ficar sozinhos assim. Entendeu Helanor? (Helanor): Uhum (Izabel): Entendeu Gabriel? (Gabriel): Entendi sim, Bel (Izabel): Ótimo (Gabriel): Só que... Eu queria que a Nono fosse comigo na festa do colégio amanhã, ela pode, por favor?! - ela bufou - (Izabel): Ai... porque esse menino é tão educado? - perguntou pra Simone, que deu de ombros se vangloriando - pode sim, mas com juízo - se levantou e começou a andar na direção da porta - vamos Helanor! Agora vocês só vão se ver amanhã, estão de castigo - ele fez uma cara de triste pra mim - (Helanor): Até amanhã - choraminguei abraçada ao seu pescoço - (Gabriel): Posso passar na sua casa a noite pra te ver? É ilegal, você gosta de ilegal (Helanor): Você me conhece bem - dei um selinho nele - mas não vamos correr o risco, tá todo mundo bem bravo lá em casa (Gabriel): Tá - fez beicinho desanimado, dei um beijo rápido nele - até amanhã

Passei o resto do dia na lanchonete, cheia de sorrisos trocando mensagens com o Gabriel, sob constante avaliação da minha mãe, ela claramente sabia que tinha algo acontecendo. Depois do pico de movimento, voltei pra casa, tomei um banho, e logo dormi.

De madrugada, senti meu celular vibrando em baixo de mim, tateei a cama e atendi sem olhar o visor. (Helanor): Quem é? (Gabriel): Eu, Nono (Helanor): Porque você tá me ligando essa hora? (Gabriel): Não aguentei ficar sem te ver, to na porta da sua casa (Helanor): O que? Você é doido? (Gabriel): To te esperando - desligou a ligação. (Helanor): Ai caramba! - sai do quarto fazendo o mínimo de barulho possível, passei pela sala, quando abri a porta pareceu que na verdade estava a quebrando, mesmo assim saí sem ninguém acordar. (Gabriel): Corre! - abriu a porta do carro pra mim, entrei, ele passou pro outro lado correndo e entrou também - oi - avançou pra cima de mim, me beijando com tanta pressa que não conseguia acompanhar seu ritmo - (Helanor): O que você está fazendo? - falei entre o beijo e o afastei - vamos sair da porta de casa! (Gabriel): Verdade! - dirigiu menos de 1 km e estacionou - (Helanor): O que deu em você? (Gabriel): Deu saudades, não consegui nem dormir, tive que vir (Helanor): Isso é loucura! (Gabriel): Eu sei - voltou a me beijar com a mesma vontade excessiva, dessa vez entrei no ritmo do beijo com mais facilidade e sem perceber por causa de toda aquela urgência dele, já estávamos seminus no banco de trás do carro. Fui rápida pra tirar a cueca dele, logo em seguida me livrei da calcinha, que era a última peça que me restava no corpo. Ele guiou meu quadril, até encaixar suavemente meu corpo no dele, segui meus instintos então iniciei movimentos lentos, de cima pra baixo. De imediato, a respiração dele se tornou pesada, segurava meu bumbum com ainda mais força intensificando meus movimentos, segui meu desejo, e fui ainda mais rápido. Em pouco tempo, ele já não conseguia, me beijar, ou apalpar, estava totalmente absorto pelo prazer, com o corpo arqueado, cabeça pra trás, vidrado nos meus movimentos, o beijei então ele não conseguiu se segurar por muito tempo.

(Gabriel): Nota 10 pra você, 0 pra mim (Helanor): Eu sou um 10 sempre! Mas eu entendo que você precisava transar comigo de qualquer maneira - dei de ombros - faz parte, você é menino - ele gargalhou - (Gabriel): To sentindo que você esta me subestimando, será porque? - fingi uma cara de desentendida, em seguida o beijei - (Helanor): Impressão sua, taradinho... Podemos ir pra casa?! Não acho nada interessante a ideia de chegarmos e os quatro melhores lutadores da cidade estarem nos esperando - ele respirou fundo, pesaroso - (Gabriel): Não pensei com a cabeça vindo aqui (Helanor): Sei com qual você pensou - dei uma olhadinha, então ele gargalhou enquanto me abraçava novamente - (Gabriel): Vai se acostumando, do jeito que você é difícil vou ter que fazer isso muitas vezes (Helanor): Mas por hoje já deu, vamos voltar - entre risadas e brincadeiras, nos vestimos e voltamos pra porta da minha casa - até mais tarde (Gabriel): Vou vir almoçar (Helanor): Nãooo! Você sabe que minha família tá brava com a gente... (Gabriel): Eles mal sabem que estamos juntos, não tem por quê (Helanor): Nem precisam saber (Gabriel): Precisam sim, até o almoço Nono - me deu um beijo final e abriu a porta pra que eu saísse - (Helanor): Babaca! - disse ao sair do carro e vê-lo arrancar de volta pra casa. Entrei em casa com cuidado, fui direto pro banho, assim que sai, dei de cara com o Zark acordando. (Zark): Tomou banho essa hora porquê? (Helanor): Hmmmm... Calor né, Zark. Não estava nem conseguindo dormir direito - me olhou de canto de olho, sem acreditar muito no que eu disse - (Zark): Tá bom - passou pro banheiro e eu fui direto pro quarto, dormi em poucos minutos.

(...)

(Gabriel): Nono, cheguei - rompeu o silêncio e a tranquilidade do meu sono, abrindo a porta do quarto bruscamente - (Helanor): Porque tão cedo? - enrolei direito a toalha que me cobria - (Gabriel): Tá na hora do almoço já, você que dormiu muito - ainda estava parado na porta, com um olho na sala, outro em mim - (Helanor): Que foi que você está estranho? - chegou o rosto pra que a parede o tampasse, e abaixou o tom de voz pra falar - (Gabriel): Poe uma roupa logo, se não vou pular aí em você! Todo mundo já tá querendo me matar aqui! - gargalhei e enfim me levantei da cama - (Helanor): Senta aí no sofá, já já vou te salvar (Gabriel): Rápido, é sério! - fechou a porta e me troquei bem depressa pra encontrá-lo sob os olhares dos meus irmãos - oi gente (Zark): Vem cá Nozinha - fui direto até eles e me enfiei em um espaço que eles abriram pra mim no sofá - eu to com saudades de você irmãzinha, por causa de alguém aí que não te deixa mais conosco... deixa ele - ele e Gabriel se fuzilaram com os olhos - (Gabriel): Você deve achar que eu tenho medo de você né Zark (Zark): Devia ter! (Helanor): Ei, vamos parar! Que saco vocês! Daqui a pouco não fico com nenhum dos quatro, só ficam brigando, que raiva! (Hans): Você já não tá né, só fica de nhenhenhem com o Gabriel, depois chega e dorme. Quero até ver no que isso vai dar. (Helanor): Vai dar em nada, tá bom? Vocês se preocupam demais com uma vida que não os pertence (Max): "os pertence" - fez uma vozinha de mulher me zuando, e recebeu um chute em troca - (Helanor): Não falo assim (Max): Fala sim - ele me abraçou, apertada sob seus músculos, em seguida o Hans e o Zark, entraram no abraço - (Helanor): Vocês vão me sufocar! Chega! - me soltei deles e respirei fundo, retomando o ar - porque vocês são tão brutos comigo? - choraminguei e eles começaram uma nova sessão de paparicos. Sozinho no outro sofá, o Gabriel também estava claramente se mordendo de ciúmes por eu estar dando atenção exclusivamente para os meus irmãos - (Gabriel): Vou ali! - saiu da sala com uma cara tão fechada quanto pesados eram seus passos pra fora dali.

(Hans): O que deu nele? (Helanor): Sei não... Deixa pra lá - o Zark suspirou com um ar feliz - (Zark): Adoro quando você não liga para os sentimentos das pessoas - os três riram, tentei evitar as gargalhadas mas também não consegui - (Helanor): Vocês não prestam nada, nada (Max): Deixa pra lá né - continuamos lá, e o Gabriel, não sei aonde, até minha mãe nos chamar pro almoço. Num pulo saímos do sofá e fomos pra cozinha. (Izabel): Cadê o Gabriel? (Helanor): Não sei, ele saiu do nada - recebi um olhar perplexo dela - (Izabel): Tá esperando o que pra ir atrás dele? (Zark): Ah mãe, o Gabriel é bem crescido, volta quando quiser (Izabel): Para de se enfiar na conversa! - usou o pano que estava sobre seu ombro para atingi-lo no braço - vai lá Nono - respirei fundo derrotada. Sai da casa, felizmente, ele estava só sentado na porta. (Helanor): O almoço tá pronto - ele me olhou com cara de poucos amigos - vem? - nada de resposta. Revirei os olhos internamente e me arrastei até ele - porque você tá bravo? (Gabriel): Porque você acha? (Helanor): Não sei, minha bola de cristal tá quebrada - falei sem pensar, fazendo a raiva dele ir a outro nível - (Gabriel): Puta que pariu Helanor! Vou embora daqui! - segurei ele pelo braço nos primeiros passos determinados que deu em direção à rua - (Helanor): Não! - segurei ele num abraço que não foi retribuído - me fala o que foi (Gabriel): Foi que você não liga pra mim quando está com seus irmãos, deixa eles falarem o que for comigo, nem cogita a possibilidade de assumir pra eles que gosta de mim, pior... Deixa eles decidirem tudo por você! - descarregou tudo em mim, engoli seco e me afastei pra pensar - (Helanor): Eu sempre te defendo, que injustiça (Gabriel): O máximo que você faz é evitar brigas! (Helanor): Nossa... Sou péssima então, não sei porque você ainda quer ficar comigo. Eu sou assim, minha família é assim, não posso fazer muita coisa - ele bufou irritado - (Gabriel): Só tem um jeito de resolver isso - me pegou pela mão, e seguiu me levando pra dentro de casa...

p.s.: fui pra longe daqui Onde histórias criam vida. Descubra agora