Boa noite, gente.
Primeiro, eu não sumi. kkk É assim, eu estou finalizando a revisão de um livro técnico (eu trabalho na organização, faço o prefácio, posfácio, orelha e milhares de coisas), fazendo um artigo sobre educação ambiental e ainda curso administração.
Está meeeega difícil essa semana, por isso que o capítulo de hoje é curto, mas espero que gostem.
p.s.: As respostas devem está no capítulo intitulado SORTEIO - CONCURSO.
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Analu
Dirijo com calma até a empresa enquanto sinto meu coração bater descompassadamente, uma reação tão exagerada que respiro fundo e tento voltar a minha normalidade, embora aquela música do Bruno Mars teime em permanecer na minha cabeça.
Claro que ajuda quando sua melhor amiga fica mandando parte da música via mensagem e, tão covardemente, guardou o bilhete que eu deixei de propósito na mesa do restaurante.
Eu não quero amor, não quero deixar meu coração pertencer a outra pessoa enquanto temo que ela já me deixar estraçalhada de novo, perdida, tendo que procurar uma nova máscara que se adeque a outra eu, mais machucada, traída, desconfiada da vida.
Não, outra vez não.
Eu quero a paz de uma rotina preestabelecida, quero continuar sendo a fria Analu Monteiro, diretora implacável, herdeira de um império, a que tem poder e sabe como lidar no mundo de negócios.
Trago esses pensamentos comigo diariamente - como um mantra - e, com um suspiro, entro no elevador rumo a mais uma reunião da diretoria sobre a produtividade dos funcionários e algumas pautas colocadas por diretores que, por Deus, só podem está lá por pena do papai.
Pego minha apresentação e minhas anotações e sigo até aquela sala imponente cor de marfim com uma enorme mesa de vidro com detalhes metálicos e cadeiras de couro que está lotada de diretores, onde a maioria me teme e, uma minoria que me viu crescer, ainda possui um apelo paternal por mim.
- Bom dia, senhores.
- Bom dia - alguns respondem enquanto uma parcela tende a permanecer indiferente.
- Gostaria de elencar alguns pontos, inicialmente, acerca da produtividade dos funcionários. Como foi amplamente divulgado, tivemos um faturamento recorde esse ano e, por isso, decidi bonificar os funcionários com um aumento de 7% mais bonificação.
Assim que termino de falar, ouço sussurros bem audíveis e irritadiços.
- Eu só gostaria de saber onde a senhorita Analu vai tirar o dinheiro para fazer isso?
- De onde mais? Da repartição dos lucros.
- O que? Isso é um absurdo; só quero ver o que os acionistas vão achar disso.
- Caso você tenha esquecido, minha família é acionista majoritária e já conversei com papai sobre isso e ele aceitou a ideia. E, de novo, caso vocês tenham esquecido, é o setor operacional que rege toda a empresa; sem eles nem existiríamos.
- Que pensamento pequeno. Nós devíamos aproveitar o aumento do lucro e aumentar a empresa, terceirizar algumas funções e pronto, resolvido.
- Acho que não deixei bem claro: isso não é um debate, é um aviso. A partir do mês que vem começaremos a bonificar os funcionários.
Sinto como se a raiva de alguns pudesse esquentar minha pele e, quase instintivamente, viro meu rosto a tempo de ver uma senhora, de quase 60 anos que trabalha na copa da diretoria, sorrir para mim em agradecimento. E qualquer possível arrependimento que eu pudesse ter foi sanado por esse sorriso. E hoje, pela primeira, eu vi que estava onde deveria está, fazendo o que eu deveria fazer.
Saio do meu quase devaneio quando escuto Gilberto pigarrear baixo e falar quase com medo:
- Podemos prosseguir?
Eu quase rio, será mesmo que ela acha que sou capaz de vandalizar o carro dele?? Era óbvio que foi só coincidência.
- Sim, só mais um. A empresa também vai comprar ações do conglomerado Ferrara.
Silêncio.
Silêncio.
Silêncio.
Consigo ouvir a respiração de alguns enquanto outros olham com surpresa para um ponto atrás de mim.
- Ora, mais essa é uma grande surpresa - fala uma voz conhecida atrás de mim.
E, quando giro a minha poltrona, vejo Andreo encostado na porta da sala de reunião.
CONTINUAAAAAAA...
Ok, parei na pior parte.. mas foi só para deixar vocês curiosas..
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O outro lado daquela história. (Ant: A noiva abandonada)
RomanceSabem aqueles romances melosos em que a mocinha boazinha, bonitinha, lutadora e com autoestima inexistente consegue o homem mais lindo, inteligente, rico e perfeito da face da Terra, feito especialmente para ela? E que, na maioria das vezes, é comp...