Boa madrugada.
Surpresa para vocês haha
Como a Raquel terá um papel fundamental nessa história, gostaria que vocês a conhecessem então fiz esse bônus por dois motivos:
i. Queria usar a música Dancing On My Own (Calum Scott) pq ela me fez chorar .-.
ii. Tive essa ideia hoje no ônibus voltando para aula e tive que escrever... Então.. #DeveriaEstarEstudando
Espero que gostem.
--------
Janeiro/2014
Deus, Meu Deus, por favor, me ajude.
Essas palavras embalam meu trajeto de ônibus da minha casa, em Vila Madalena, até um ateliê na parte nobre de São Paulo onde eu faria uma entrevista para emprego para a área de confecção e, só em pensar nisso, meu coração descompassa.Eu finalmente conseguia ver uma luz de esperança na minha vida depois de tudo que eu passei; de toda dor. Meus olhos ficam marejados quando relembro que tive que trancar minha faculdade de Design quando minha mãe perdeu o emprego há três meses e, se não fosse o seguro-desemprego, não sei o que faríamos. Pensar nisso me faz ter um frio na barriga, o pouco dinheiro que ainda tínhamos me levava a entrevistas infinitas e a dezenas de "vamos retornar em breve" que nunca aconteciam.
Tentando me recompor, passo as mãos na minha calça de brim preta numa tentativa quase inútil de acalmar o coração e, dando o sinal para o motorista, entro naquele mundo tão distante do meu.
Assim que chego aquele prédio comercial imponente, eu sinto a insegurança, a quem eu trato como uma velha amiga, me acompanhado e, fazendo mais um prece silenciosa, entro no Ateliê Flor-de-lis que, mesmo em pouco tempo de existência, figurava entre as principais revistas de moda.
Claro, ajuda quando as sócias são filhas de dois empresário milionários que estampam as revistas de fofoca desde a infância e que todo a loja é um "investimento" feito por suas famílias. Mas .... ainda assim, eu não podia negar o esplendor da loja que, mesmo com simplicidade, exalada elegância. Esqueço meus pensamentos quando vejo Analu Monteiro - quem não a conhece, por Deus? - se aproxima de mim e pergunta:
- Olá, posso ajudá-la?
- Bem... eu, na verdade, vim para uma entrevista de emprego. É.. quer.... queria falar com o RH - ótima maneira de começar em uma empresa, gaguejando, indico sempre. - Desculpa, eu estou nervosa.
- Olha, não se preocupe, eu entendo. E, na verdade, você está falando com metade dele.
- Como? - pergunto confusa.
- Nós somos novos no mercado, ainda estamos nos adaptando, então toda a parte administrativa é feita por mim e minha sócia. - ela para e rir um pouco - Na verdade, mais por ela. Contudo, ela teve um compromisso inadiável hoje.
Só consigo esboçar um "ahh, entendi" enquanto minha mente me lembra do dinheiro que foi gasto, inutilmente, e de toda esperança que depositei.
- Calma, me deixa terminar de falar. Ela realmente faz todas as entrevistas de admissão, mas como vi em seu currículo sua experiência na confecção de vestidos, gostaria de ser eu a te entrevistar.
- Clar..ro.
Ela começa andar até um escritório decorado em tons pastéis um tanto desorganizado com croquis espalhados pela mesa de estilo vintage que está ao lado de uma arara com amostras de tecido finos também de tons claros.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O outro lado daquela história. (Ant: A noiva abandonada)
RomansaSabem aqueles romances melosos em que a mocinha boazinha, bonitinha, lutadora e com autoestima inexistente consegue o homem mais lindo, inteligente, rico e perfeito da face da Terra, feito especialmente para ela? E que, na maioria das vezes, é comp...