Estou caminhando a quase duas horas e nada, por um momento achei que eu tivesse ganhado os jogos e os pacificadores esqueceram de vir me buscar, é muito surreal eu ter ficado entre os dois últimos tributos, eu sinto medo muito medo mas é maior ainda a dor que sinto no meu coração por saber que ela não está mais aqui pelo menos essa tortura chegou ao fim para ela, só espero que a sua morte tenha sido rápida e quem sabe indolor o mesmo espero pra mim caso eu não consiga... Os meus pensamentos são interrompidos por um chacoalhar de folhas me viro em direção ao som e vejo uma garotinha pular de cima de uma árvore a garotinha aterrisa com graça ela levanta o rosto e tira os seus cabelos castanhos da frente me dando visão a um par de olhos cor de âmbar e a um sorriso faltando o incisivo direito.
-Liese?
A minha voz soa esquisita e fico espantado olhando para a minha irmã mais nova, ela corre pra mim e se joga nos meus braços eu a puxo junto ao meu corpo e a aperto deixo algumas lágrimas escorrerem, de trás da árvore a minha mãe aparece agarrada ao meu pai eles estão sorrindo para mim eles parecem felizes em me ver quando abro a boca para perguntar oque eles estão fazendo aqui sinto uma dor horrivel no meu pescoço empurro a minha irmã pra longe e levo a minha mão para o meu pescoço quando a tiro de lá ela está com sangue olho atordoado pra minha irmã e vejo no lugar dos dentes ela tem presas ensanguentadas, as suas pupilas viraram fendas a minha mãe ri mas é um riso sem humor e diz com uma voz que parece que tem três dela falando ao mesmo tempo
-Vocês são realmente muito burros.
Eles gargalham enquanto eu permaneço ali parado feito uma estátua observando eles se transformarem, respiro fundo e uso toda a força que me resta pra me virar e desatar a correr, corro como nunca antes, consigo ouvir os bestantes atrás de mim rugindo e berrando, tiro uma flecha das minhas costas e miro no maior bestante que poderia ser o meu pai ele abre a boca pra rugir e eu atiro fazendo o animal cair no chão quando me viro pra frente pra correr bato em uma árvore caio no chão mas me levanto e continuo a correr, pego outra flecha e atiro mas erro, pego outra flecha e atiro acertando no olho do menor bestante corro enquanto vou me esquivando de árvores que aparecem no meu caminho do nada quando sou jogado pra frente o animal crava as garras nas minhas costas me fazendo gritar bato com a cabeça em uma pedra me atordoando pego uma flecha solta e enfio na cabeça do bestante no exato momento que ele morde o meu ombro, tiro o animal de cima de mim e me deixo relaxar um pouco, tento me lavantar mas sinto que a minha cabeça pesa 50Kg caio para trás sentindo sangue escorrer pela minha cabeça, olho pras árvores que mudam de cor, uma até se transformo em girafa, o chão parece que quer me engolir mas eu não ligo só quero ficar parado e dormir, o céu está cor de rosa e o bestante sumiu ouço uma música e me deixo relaxar quando sinto um peso encima de mim abro os olhos vejo um par de olhos me encarando, a minha visão está embaçada depois de um tempo consigo distinguir o rosto sereno da Peg, ela está sorrindo tristemente pra mim e fala coisas que não entendo mas ela parece aflita e preocupada.
-Peg, eu não estou te entendendo.
Ela para e olha pra mim, eu pisco e quando olho para ela novamente eu não a vejo mas sim um rapaz asiático mais velho que eu bem machucado segurando o meu pescoço e com uma faca pendendo a centímetros do meu rosto, os seus olhos estavam sem foco e ele errava de muito quando tentava me acerta, algumas vezes raspando no meu braço, ombro e orelha os machucando.
Coloco toda a minha atenção no meu movimento dos braços e o empurro pra longe de mim, esse repentino movimento me deixa tonto, me levanto com dificuldade mas feliz consigo me agarrar em uma árvore, escuto rugidos e sibilo, agarro o meu arco quando sou jogado pra frente em direção a o rapaz o meu arco é cravado na testa do menino espirram do sangue em todo o meu rosto e sinto as garras do bestante serem cravadas nas minhas costas grito de dor como nunca e sinto a minha visão ficar turva, não sinto mais o meu corpo só a dor nas minhas costas, caio em direção ao chão e não vejo mais nada.
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Jogos vorazes -Peg-
RandomMeu nome é Peg Hawthrow mas todos me chamam de... Peg, o meu nome foi sorteado para uma carnificina, estou me preparando mentalmente para dias de cede e de fome e para matar meus outros companheiros tributos, só não me esperava que fosse me "afeiçoa...