Sinto o meu coração falhar algumas batidas mas ele logo recobra o seu ritmo para acelerar quase no mesmo instante, agarro a minha faca e a jogo só que Joana coloca a mão na frente da face infelizmente salvando a sua vida, ela solta um gemido e se levanta arrancando a faca e a jogando em algum lugar, começo a recuar tentando inutilmente tirar a minha faca presa do cinto, ela vem até mim a paços largos pulando o pequeno riacho que nos separava, ela está com as mãos nuas então pega uma pedra do chão e joga em minha direção me abaixo mas quando vou me levantar sinto uma dor aguda na minha cabeça e sinto um líquido quente descer pela minha cabeça sinto de novo a mesma dor e faço força para me levantar e puxo dois pés que estavam na minha frente consequentemente a derrubando, consigo me por de pé ainda atordoada pela pancada na cabeça, me jogo pra frente e começo a socar e a arranhar a minha oponente ela se debate embaixo de mim mas consigo tirar a minha faca e apunhalo o seu olho fazendo a mesma berrar e me jogar longe batendo com a cabeça no chão piorando a tontura e a dor o sangue começa a atrapalhar minha visão, sinto como se uma onda de adrenalina tivesse invadido o meu corpo e consigo escutar uma voz na minha cabeça que fica dizendo "cuidado" não sei se fiquei maluca por causa dos dias na arena ou se foi por causa das pancadas na minha cabeça; Joana pula no meu pescoço e começa a aperta, me debato enbaixo dela e arranho as suas mãos, fico o tempo todo olhando para o seu rosto, antes aonde tinha um incrível olho azul gelo agora se encontra uma cratera cheia de carne e sangrando, o sangue de seus ferimentos pinga em mim, ignoro o cheiro de ferrugem que faz meu estômago embrulhar e me concentro em tirala de cima de mim, começo a sentir falta de ar oque deixa os meus movimentos mais lentos consigo escutar os bestante enbaixo de nós arranhando as pedras e murmurando incentivos com as vozes de nossos familiares oque deixa tudo mil vezes pior, começo a ver tudo desfocado e sinto o aperto no meu pescoço diminuir com a entrada de ar em meus pulmões consigo focar a minha visão novamente e tusso, ouço a minha agressora murmura
-Ah não a sua morte não vai ser tão rápida assim garota do gado, eu vou te faze sofre, a Capital vai adora.
Ela me larga e agarra uma faca do meu sinto ela aprossima de meu rosto começo a me debater mas ela me imobiliza com um braço em minha garganta e começa a traçar um risco na minha bochecha direita começo a berrar e lágrimas salgadas descem sem permissão por meu olhos, ela traça novamente outro risco por cima do outro só piorando a dor, ela vai me tortura até a morte, não quero que a minha família veja isso.
Ela ajeita o punhal cheio de sangue e o põe no alto da minha testa traçando um risco também, começo a gritar e a chorar mais alto quando sinto que chego perto da minha sobrancelha encontro uma força descomunal dentro de mim e consigo empurrala para longe, não vou deixar a minha família ver esse tipo de coisa não vou deixar ninguém no meu distrito derramar uma lágrima por mim, agarro uma pedra e a jogo perto de sua cabeça a assustando pego outra pedra e começo a tacar desesperadamente algumas vezes a acertando e errando também, mas a mesma não se assusta e se levanta soco o seu rosto com toda a força que me resta a atordoando puxo os seus cabelos com força e começo a socar repetidamente, ela me soca com muito mais força no queixo me jogando no chão ela cospe um bolo de sangue e saliva em meu rosto, me levanto em um salto e cambaleio para trás tentando tirar aquilo do meu rosto, começo a ouvir o barulho da água aumentar mais e sinto gotículas de água baterem em minha pele me fazendo acreditar que estou na beirada da cachoeira e me fazendo parar, quando consigo ver novamente só vejo Joana enfiar uma lança ou melhor a lança de Ana, em minha barriga grito como nunca e vejo um sorriso crescer em seu rosto a fazendo enfiar com ainda mais força em minha barriga, a agarro pelo cabelo e a puxo para mim me virando e a empurrando da cachoeira consigo ver seu corpo cair em direção aos bestantes, cambaleio para o lado oposto e sinto minhas pernas fraquejarem me deixando cair em direção a água, sinto o sangue sair de meu corpo, meu coração falhar algumas batidas e sinto dificuldade de respirar sei que estou morrendo é algo óbvio, não posso dizer que estou com medo porque não estou mas sim curiosa para saber oque virá depois, oque a minha família estará pensando agora? Consigo ver todos de meu distrito ricos e pobres na praça olhando com solidariedade para a minha mãe em prantos, meu irmão não estará chorando ele vai ficar sério e duro igual a uma rocha mas assim que colocar o pé em nosso quarto ele irá desmoronar, quem vai ajudar Nico a cuidar dos cavalos de seu tio? Quem vai concertar as loucuras de Melanie? Quem vai fazer os trocadilhos com meu irmão? Só agora percebo que faço parte de uma máquina, sou uma peça, nada vai funcionar como antes, todos sofreram pela morte de Alb, Trice, Ed, Richie, Terência e tantos outros, mas a vida vai continuar e todos vão se lembrar de nos com carinho, isso me trás conforto e ameniza um pouco a minha dor.
Perco o ar quando meu corpo bate contra a água, vejo a água cristalina se tornar vermelha as bolhas ao meu redor fazem cócegas em meus braços, vou afundando e lentamente perco a consciência.Gente desculpa pelo atraso, ok? Eu tinha muita coisa pra fazer mas aqui está outro capítulo pra vocês.
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Jogos vorazes -Peg-
RandomMeu nome é Peg Hawthrow mas todos me chamam de... Peg, o meu nome foi sorteado para uma carnificina, estou me preparando mentalmente para dias de cede e de fome e para matar meus outros companheiros tributos, só não me esperava que fosse me "afeiçoa...