Após meu almoço, decidi andar pelo shopping, não tenho nada pra fazer mesmo. Preferia voltar pro trabalho. Mas como o senhor Alex e a senhora Maria após ficarem sabendo da minha "condição" me deram o dia de folga; nem sinal da minha mãe e muito menos do meu pai. Realmente eu morri pra eles e eles pra mim. Minha relação com meus patrões cada dia melhora, e fico feliz com isso. Eles entendem a minha situação e não me julgam, como a maioria das pessoas. Que só de olharem pra mim e verem a minha pequena mas perceptível barriga, já me olham com reprovação, ou nojo. Mas nenhum deles sabem o que aconteceu comigo.
( Galerinhaaa, vou dar uma acelerada no tempo a partir de agora, pra não ficar um negócio chato... Então se liguem na corrida de tempo......)
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Hoje é a minha segunda visita ao obstetra, que no caso é o Math. Desde a minha primeira visita ao consultório, Math se tornou mais atento a tudo que diz respeito a mim e em relação ao bebê.
Acordo e já me espreguiço na cama, cogitando seriamente a ideia de dormir novamente. Mas não posso me dar o luxo de fazer isso. Já se passaram 3 semanas e a segunda consulta está agendada pra daqui a algumas horas. Me levanto da cama e vou direto ao banheiro, tiro toda minha roupa e entro debaixo do chuveiro. Estamos no inverno de Seattle e isso me lembra que preciso de casacos um pouco maiores. Estou com dois meses e minha barriga está um pouco maior, minhas roupas estão ficando apertada e isso me irrita,estou estourando. Saio do banheiro enrolada na toalha e vou direto ao guarda-roupa, pego a primeira roupa que vejo e visto. Uma calça jeans e uma blusa, pego um casaco qualquer e saio do quarto, o tranco e começo a descer as escadas. Em breve irá ficar mais difícil eu me locomover nessas escadas. Chego a recepção e deixo o pagamento do mês com a dona do estabelecimento. Saio pra rua e o vento cortante bate de frente comigo. Tremo na mesma hora, mas ignoro, se eu decidir voltar e colocar outro casaco irei me atrasar. Balanço a cabeca e ando depressa até o consultório.Entro no pequeno prédio e me sento em uma das cadeiras da recepção e espero. Minha consulta está marcada pras 11:00 da manhã e agora são 09:30 l, então terei longo tempo até chegar a minha vez.
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Olho no relógio e agora marcam 10:55, mais 5 minutos e já chega a minha vez.
Finalmente esses 5 minutos e ouço meu nome ser chamado. Me levanto e entro no consultório do Math.- Bom dia Agatha.
- Bom dia doutor Matheus.-da um sorriso.
- Vamos começar a consulta?
- Claro.
Ele faz as perguntas rotineiras, entre elas se estou tendo enjôos. Com tanta frequência não, mas com certeza vai aumentar. Ai meu pai! Eu to ferrada!
Balanço a cabeça de forma a espantar esses pensamentos e fico pensando.* Será mesmo que conseguirei seguir com essa gravidez até o final?*
* E se acontecer algo ao meu bebê, eu não me perdoaria.*
* Ele é apenas um ser indefeso que vão precisar de mim para defende-lo.*
Sou arrancada dos meus devaneios pela voz do Math.
- Bom Agatha, preparada para ouvir o coraçãozinho do pequeno hoje?
- Não sei ao certo.- indo insegura.
- Não há com o que se preocupar. Vai se trocar para podermos começar.
Me levanto da cadeira onde estava e pego um daqueles vestidos descartáveis que tem em hospitais, consultórios, etc. Me troco e volto pra parte de exames. Me deito na maca e logo Math passa aquele gel na minha barriga pra facilitar o exame mas que gela até os ossos.
Math se senta ma cadeira de frente para o aparelho e logo começa a mexer, encosta a ponta do equipamento na minha barriga e logo uma imagem desfocada aparece no monitor.-Aqui, é a cabeça do seu bebe- aponta pra uma parte da imagem que realmente se parece com uma cabeça.- Aqui é o tronco, os bracinhos dele- aponta pra outra parte da imagem.- E aqui são as perninhas dele, ainda tá muito cedo pra saber o sexo dele ou dela. Agora Agatha, vamos ouvir o coraçãozinho?
Balanço a cabeça de forma afirmativa, Math mexe em outra parte do aparelho e logo um som inunda todo o consultório. É o som do coraçãozinho do meu bebê. Sem perceber, algumas lágrimas escapam e descem pelo meu rosto. Logo trato de enxuga-las. Math me olha com um sorriso lindo e retribuo. Logo me levanto e vou trocar de roupa.
Já com minha roupa novamente, me sento de frente a mesa do Math que novamente me passa a receita de alguns complementos para que nada ocorra comigo e nem com a criança.- Ei Agatha, vai almoçar agora?
- Eu iria mais tarde, porque?
- Nada disso de " mais tarde" - faz aspas no ar. -Vem vamos almoçar. Só espere eu tirar esse jaleco e já vamos.
Enquanto Math tira o jaleco, me apoio na cadeira no exato momento em que uma tontura me abate, aperto mais o encosto da cadeira, de forma que eu consiga ainda ter equilíbrio, sinto duas mãos ao meu redor.
- Você está bem? - pergunta preocupado.
- Sim, foi só uma tontura. Nada de mais.
- Vem, vamos almoçar.
Saímos do seu consultório direção a rua.
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Paramos de caminhar em frente a um restaurante, entramos e procuramos uma mesa para almoçar. Nos sentamos e fazemos o nosso pedido, e logo começamos a conversar de forma animada e é assim até nosso pedido chegar. Almoçamos em meio a risadas e a brincadeiras.
Notas da autora:
Eu sei que vcs vão dizer que esse capitulo já postei, sim! Mas meu wattpad é meio bugado. Eu organizei certinho os capítulos e o " To feliz" era pra sair primeiro que o " capítulo 9". Do jeitinho que eu postei, mas bugou '-'
Então. .......
Repostandoooooooo.....
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Mãe Solteira -[PAUSADA]
RomanceCom 17 anos, Agatha é vítima de um estupro. Jurada de morte se contar a alguém,pensa inúmeras vezes se aborta ou carrega essa criança dentro de si. Rejeitada pelos pais se vê sozinha e grávida, sem eira bem beira. Mas com coragem consegue se erguer...