Saio daquele pequeno restaurante me sentindo um pouco mais animada. Fui sim vítima de um estupro, e como consequência uma gravidez muito indesejada. Mas essa criança não tem culpa de nada, e nem por isso me deixarei abater e me entregarei a fossa. Serei mais responsável do que antes, serei por essa criança e por mim mesma. Se aquela mulher que um dia chamei de "mãe" acha que irei fazer o que é melhor para sua imagem, ela está completamente errada. E se quiser me expulsar de casa, melhor ainda, assim não precisarei olhar pra sua cara todo dia e ouvir humilhações.
Suspiro enquanto caminho pela calçada desviando de pedestres apressados. Essa é Seattle.
Desvio novamente de um pedestre que quase me atropela. Bufo irritada e sigo meu caminho.*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
Chego a porta da "minha casa" se é que ainda posso dizer isso. No mesmo instante que coloco a mão na maçaneta da porta, a mesma se abre revelando a minha querida mãezinha me encarando com olhar de nojo.
- O que você pensa que está fazendo aqui? Essa não é mais a sua casa. Você não é mais a minha filha, não enquanto estiver carregando essa coisa dentro de você. -aponta pra minha barriga.
- Desde quando? Bom, é a minha casa? Eu acho que a vizinha adoraria saber que a moradora que impõe os bons costumes e a moral familiar está expulsando a única filha, pois ela está grávida. O que suja a reputação da moradora íntegra que você é.
Ela me olha de boca aberta. Sinto uma sensação boa, mas que dura poucos instantes apenas.
- Você pode entrar na minha cssa, mas apenas para pegar as suas coisas e vá embora.
Decido não discutir, só vou perder o meu tempo se fizer isso,e é algo que não quero que aconteça. Entro na casa e subo direto pro meu quarto, ou melhor dizendo, o quarto que um dia foi meu e não é mais. Abro a porta e já vejo uma bolsa de viagem em cima da cama. Sabia que ela não iria perdee tempo de se livrar de mim. Pego e completo com todas as minhas roupas, as que sei usarei e todo o resto que irei precisar.
Deixo tudo ao lado da porta do meu quarto e caminho pela casa, vejo que estou só. Volto ao meu quarto, me sento em frente da minha escrivaninha; em uma das gavetas, retiro uma caixa, pego o dinheiro que à dentro dela e coloco de volta no lugar.Tenho no total de 1.000 dólares, de todas as minhas mesadas economizadas. Sei que a minha mesada desse mês está no quarto dos meus pais, já que me expulsou, quero meu dinheiro.
Entro no quarto dos meus pais e bou direto até o guarda-roupa, riro de lá mais 200 dólares.
Meu pai disponibiliza esse dinheiro pra mim para que eu possa pagar meu almoço todo dia e as passagens de metrô.
Saio dali e paro em frente a porta do meu quarto, pego a minha mala e minha mochila. Desço as escadas e chego a porta principal. Abro e saio dali sem olhar pra trás, seguro ao máximo as lágrimas que teimam em cair.*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
Estou andando pelo centro à duas horas, preciso achar um lugar pra ficar a partir de agora. Paro em frente a uma pensão muito simples, decido entrar e perguntar não custa nada.
- Boa tarde, wuanto vocês cobrar aqui?
- Boa tarde, olha... depende de quanto tempo quer ficar. Cobramos 50 dólares por noite.
- Hum sim, mas e o preço por mês?
- Por mês, cobramos 350 dólares.
- Okay, é com você que faço o pagamento?
- Não, não. É só entrar nessa salinha.
Entro e encontro uma mulher que aparenta ter de 30 a 40 anos.
- Olá, em que posso ser útil?
- Oi, eu quero alugar um quarto por um mês.
- Ah sim, são 350 dólares.
- Aqui está- entrego o dinheiro a ela.
-Aqui está a chave. Sempre que sair não se esqueça de trancar bem a porta.
- Okay.
Olho a chave e nela mostra o quarto de número 501, subo as escadas e passo em frente de vários corredores. Já subi 6 lances de escadas, e posso dizer que estou praticamente morrendo já.
Finalmemte chego ao corredor que mostra dos quartos 495 até 515.
Paro em frente ao quarto com a placa 501,deixo minha bolsa no chão e pego a chave e destranco a porta e antes de entrar, ouço alguém pigarrear atrás de mim. Levanto meu olhar e encaro o homem a minha frente. E meu senhor, que homem lindo é esse.- Humm...oi...- diz sem jeito
- Oi.- digo envergonhada
- Me chamo Matheus Louis e você? - estende a mão para mim.
Fico um pouco receosa, o último homem que me lembro abusou de mim da pior forma.
- Sou a Agatha Sullivan- com receio oo cumprimento.
Encaro o homem a minha frente.
- Não queria te assustar, eu vi que alugaram o quarto ao lado do meu, o meu é o 502. -sorri envergonhado- Então pensei em te dar um "oi".
- Ham... oi...- rimos.
- Vou te deixar em paz- da uma risada super fofa *-* - Preciso ir trabalhar, tchau.
Me despeço dele e entro no lugar que será minha nova casa por enquanto. O lugar é constituido de um quarto com banheiro e um espaço pequeno.
Coloco minhas coisas sobre a cama de casal, e começo a desazer minha mala.
Dei sorte de encontrar esse lugar, além de barato é mobilhado; claro que não tem nada além de uma cama e de um guarda-roupa no quarto, um minúsculo fogão. Mas pra mim já está mais que suficiente.
Abro o guarda-roupa e arrumo todas as rouoas que consegui trazer. Quem sabe eu consiga voltar e pegar o resto. Vou para o banheiro e arrumo meus pertences.
Ao terminar tudo estou exausta, ainda não passa das oito da noite. Com medo do que aconteceu a um tempo atrás penso seriamente em dormir, mas estou com muita fome.
Me arrumo e saio do quarto, tranco tudo e desço as escadas. Saio do prédio e vejo um daqueles carrinhos de lanche, meu estômago ronca e decido me alimentar ali mesmo.
Peço um lanche e um refrigerante e me senti em uma das mesas.
É bebê, sei que isso não é saudável, mas a vontade foi mais forte que eu.
Termino de comer, pago e volto pro prédio. Subo todos aquelea lances de escadas e logo estou de frente a porta do meu quarto. Destranco e entro, a trancando em seguida. Me jogo na cama e logo apago.Notas da autora:
Mais um capítulo pra vcs. Se deliciem, votem, comentem e divulguem para os amiguinhos.
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Mãe Solteira -[PAUSADA]
RomansCom 17 anos, Agatha é vítima de um estupro. Jurada de morte se contar a alguém,pensa inúmeras vezes se aborta ou carrega essa criança dentro de si. Rejeitada pelos pais se vê sozinha e grávida, sem eira bem beira. Mas com coragem consegue se erguer...