CAPÍTULO 27

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Thomas On~

Voltamos pro carro; destravo e abrimos as portas traseiras. Tiramos as crianças dos carrinhos e as colocamos nos bebês conforto.

Enquanto Agatha prende os dois, eu desmonto os carrinhos e os coloco no porta-malas.

Tomo meu lugar no banco do motorista e Agatha ao meu lado.

- Vancouver não é muito longe, que tal irmos de carro mesmo?

- Quanto tempo de viagem? -pergunta

- No máximo três horas.
-digo

- Tudo bem então. - diz e sorri

Estaciono o carro na garagem subterrânea do meu prédio e saímos; pego Noah e Agatha pega Alícia. Caminhamos até o elevador; entramos na minha cobertura e vamos direto ao quarto dos dois, os colocamos nos berços e o mais silenciosamente saímos.

Marta está de folga então somos nós quem preparamos o que comer.
Preparamos apenas um lanche leve e logo estamos caminhando de volta pra escada; entramos em nosso quarto, observo a jovem a minha frente. Agatha emana uma força que vi em pouquíssimas pessoas, eu aposto que se fosse com outras pessoas já teriam entrado em um colapso interno e até mesmo externo. Isso é apenas uma de suas características que eu admiro.

Balanço minha cabeça espantando pra longe meus devaneios, retiro minha roupa ficando apenas de cueca boxer. Caminho pra sacada onde Agatha está apoiada no parapeito; a abraço por trás e apoio meu rosto na curvatura entre seu pescoço e ombro, permaneço em silêncio por um tempo.

- Em que está pensando? -pergunto

- Em como tenho sorte.

- Sorte?

- Sim! Me ferrei a 15 meses atrás; fiquei grávida, fui expulsa de casa, comecei a trabalhar e depois de uns meses o lugar fechou, me candidatei a vaga na sua empresa, conheci você, me envolvi com você naquela viagem, tive os melhores momentos da minha vida a partir dali, o nascimento dos nossos anjinhos. Eu não poderia ter maior sorte.

- Sorte tenho eu; de ter conhecido você. Sou eternamente grato a você por ter me proporcionado participar da sua vida e por ter me deixado fazer parte da vida das nossas crianças.

Viro seu corpo de frente pra mim e tomo seus lábios para mim, enlaço sua cintura e colo seu corpo no meu o máximo possível.

- Vamos tomar um banho e dormir. Amanhã viajaremos.

Caminho agarrado ao seu corpo até o banheiro; tomamos nosso banho enquanto nos amamos sem pressa alguma.

Saímos do banheiro, não secamos nossos corpos devido ao calor; visto uma cueca boxer e Agatha uma camiseta minha.

Me jogo na cama sendo seguido por Agatha, deita sobre meu peito e não demora muito para que sua respiração se suavize. Começo a pegar no sono, quase mergulhando na escuridão relaxante mas... ouço choros de bebês, sinto o colchão ao meu lado afundar perto da minha cintura e depois voltar ao normal; ouço passos se distanciando do quarto.

Me forço a levantar assim que os choros cessam, caminho até o quarto do Noah e Alícia. Encontro Agatha sentada na poltrona com os dois bebês famintos em seus braços. Enquanto os dois sugam seus seios freneticamente, Agatha recosta sua cabeça no encosto da poltrona e fecha os olhos. Me aproximo quando terminam de mamar; pego Alícia de seus braços e no mesmo instante Agatha abre os olhos como uma mãe protetora; sorrio em resposta e logo coloco Alícia em meu ombro e a faço arrotar. Não demora muito e ela adormece, a coloco no seu berço e pego Noah; repito o mesmo procedimento e logo ele também dorme. Puxo Agatha de volta pro nosso quarto; é mais que visível o cansaço em sua expressão. Eu que não passo tanto tempo com eles já estou cansado; imagina ela.

Mãe Solteira -[PAUSADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora