CAPÍTULO 29

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Já se passaram três dias, três longos dias que mais parecem intermináveis. Em todo esse tempo tenho vindo na parte da tarde ficar com Thomas; meu coração sangra toda vez que olho pra essa cama de hospital e vejo o homem que amo, desacordado e tão pálido.

Esses bips estão me irritando, e agora estou aqui. Sentada na poltrona encarando seu rosto pálido; aperto sua mão com a minha e deposito um beijo na mesma.

- Meu amor, quando você vai abrir esses belos olhos azuis seus,hum? Você precisa acordar Thomas, todos nós aqui estamos preocupados com você. Eu preciso de você, o Noah e a Alícia estão sentindo muito a sua falta, eles estão tão cabisbaixos.

Suspiro e continuo segurando sua mão; duas horas depois saio do quarto para que Eva passa um tempo com o filho. Me sento em uma das cadeiras na sala de recepção, cubro meu rosto com as mãos e mais lágrimas escorrem pelo minha face.

Arthur se senta na cadeira ao lado com Noah e Alícia que estão sonolentos. Alícia estica seus bracinhos gordinhos na minha direção, a pego e a ajeito em meus braços; seus olhinhos não estão tão brilhantes como quando ela vê Thomas. Dos dois Alícia é a mais agarrada com Thomas, mas tanto ela quando Noah sentem muito a falta de Thomas.

Demora um pouco, mas Eva sai do quarto e Arthur entrega Noah para mim e entra no quarto.
Sinto os braços de Eva envolverem meus ombros e suspiro.

- Ele vai acordar, ele tem que acordar.

- Eu não entendo, como isso foi acontecer.

- Alguns policiais me disseram que não foi acidental; que alguém empurrou e pela perícia que eles fizeram no que sobrou do carro. Eles chegaram a conclusão de que foi um veículo de porte grande que empurrou o carro.

Tudo em mim se aperta, principalmente o meu coração. Quem teria sido o monstro que fez isso com o meu Thomas.

Um tempo depois Arthur sai do quarto e nos leva de volta a mansão.

Ao chegar, tomo um banho e dou banho nas crianças, os armamento e brinco um pouco com eles. Os deito na cama e ligo a televisão em um desenho, me deito ao lado dos dois e assisto junto; quase no final olho pro lado e os dois dormem tranquilamente, me levanto e os coloco na cesta pra não ter perigo dos dois rolarem e caírem.

Desço as escadas e vou pra cozinha, em todo esse tempo Arthur tem passado o dia inteiro no hospital, então fica apenas Eva, eu e as crianças.

Me sento em um banquinho de frente a bancada.

- Aceita um lanche.

- Sim.

Me levanto e a ajudo a preparar alguns sanduíches, nos sentamos na mesa e começamos a comer.
O celular de Eva toca e ela atende.

Mãe Solteira -[PAUSADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora