Meddie é uma garota complicada.
Hipocondríaca desde que se entende por gente, ela mal sabe lidar com suas próprias escolhas, e tudo piora no dia em que um garoto novo chega a sua vida.
Tyler Buckerhard chegou para deixar sua vida de ponta cabeça, e...
Era quarta-feira quando nos vimos pela última vez naquela semana. Hoje é domingo e eu não tenho nem noticias dele. Tyler e Sarah saíram cedo ontem para a última das "sessões" chatas com o advogado e o pai dele. Ele não falou comigo o dia todo, e nem me procurou depois da meia noite, então deduzi que as coisas tenham terminado tarde e ele não quis vir. Fiquei preocupada com ele a noite toda e não preguei os olhos. Então resolvi ir ate lá para saber oque aconteceu de fato. Chegando na casa dele, fui recebida pela Sarah e seu sorriso de sempre.
- oi Sarah, o Tyler esta?- a pergunta retórica a deixa inquieta e pela primeira vez ela me surpreende com a resposta.
-não querida, ele passou a noite no hospital.- entrei em choque. Já comecei a imaginar mil coisas horríveis que poderiam leva-lo a se cortar outra vez. Mas ela me acalmou com um sorriso simpático, e completou: - o pai dele esta internado, ele quis ficar lá.
-ah ta. Tudo bem então. Obrigada, diz pra ele que eu passei aqui.- suspirei aliviada por dentro.
-digo sim.
Voltei pra casa e mandei uma mensagem pra ele.
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Pedi para que a minha mãe me deixasse lá. Durante o caminho ela me encheu de perguntas.
- e o pai dele.. Vai voltar pra casa dele?- ela disse curiosa
-não sei muito bem oque vai acontecer, por isso quero estar do lado do Tyler quando ele precisar de mim.- respondi
- hm. E oque ele tem?- ela indaga
-câncer.
- nossa. Espero que ele fique bem então.- minha mãe era complacente
-não vejo porque. Ele fez só fez mal ao Tyler e a Sarah.- disse sem maldade.
-Meddie!- mamãe me repreende
-oque foi?- questionei sua bronca
- não se deve desejar o mal das pessoas assim.- ela explica
-ah ta, então você quer que eu perdoe o que o Tom quasefez comigo também?- perguntei séria
Ela não teria como concordar com isso. Seria a gota dágua.
-não, nesse caso nós deixamos para as autoridades.
Revirei os olhos e nem respondi. Era o cúmulo minha mãe não querer no mínino a morte daquele infeliz, eu mesma queria que ele pegasse prisão perpétua e uma pena de morte com direito a cadeira elétrica, só por ter encostado seus dedos imundos em mim. Estremeci ao me lembrar da cena horripilante. Olhei pra rua e pensei em Tyler.
