Capítulo 25|| parte 2.

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Atualização dupla!♡
Me amem.

Mamãe ama vocês. ♡♡

-X-
A partir daquele momento, toda palavra que saia da boca de Gabriel eram milhares de pontos de interrogação em minha cabeça.

Apesar de eu não saber se devia ou não, eu queria acreditar em tudo o que ele dizia e ao mesmo tempo não queria acreditar que a Amy havia realmente feito tudo aquilo.

- Naquele dia nós tinhamos combinado de assistir filme em sua casa, eu, você, Theo e Amy. - Theo era ou é o namorado de Amy. - Então quando você e o Theo foram buscar as pipocas porque Amy estava reclamando de cólica e eu estava escolhendo o filme que nós iriamos assistir, quando vocês sairam do quarto e só ficamos nós dois, ela começou a dizer coisas estranhas e fazer insinuações que ela ja havia feito pra mim antes mas eu nunca te contei porque tinha medo de que ela negasse e você acreditasse nela.

Apenas assinto e não digo nenhuma palavra, quero ouvir tudo o que ele tem a dizer.

- Então ela veio pra cima de mim dizendo pra sermos rápidos porque vocês poderiam voltar a qualquer momento, ela dizia que sabia que eu queria e não precisava ter medo, que aquilo iria ficar só entre nós. Disse também que eu devia deixar de ser tão certinho porque ela sabia que eu não gostava tanto de você assim e que a vida só é bem vivida depois de uma grande aventura. - eu não podia imaginar aquelas palavras saindo da boca de Amy.

Mas pensando agora, poderia sim. Ela sempre foi tão venenosa. Sempre quando alguém passava na rua ela tinha que reparar e colocar algum defeito, coisa que eu odiava nela. Ela amava ser o centro de tudo e qualquer coisa ou qualquer pessoa que tirasse as atenções de cima dela, a deixava furiosa e ela se tornava a pior pessoa para o que quer que tenha tirado toda a atenção de cima dela. Por exemplo quando uma garota chamada Amanda chegou na escola chamando toda a atenção por ser extremamente linda naturalmente, coisa que Amy era exatamente o contrário. As suas maquiagens eram extremamente pesadas e chamativas como se aquilo fosse faze-la menos insegura. O fato é que ela se tornou a melhor amiga da garota, me deixando até um pouco de lado na época, só pra depois sair espalhando pra todos os segredos dela e ainda inventava, colocando um toque a mais de Amy e fazendo da vida da garota um inferno.

Ela era insegura e fútil.

Deus, como eu pude ser amiga de uma pessoa assim?

- Aquela garota era louca, eu só podia sentir nojo dela. Nada do que ela falava era verdade, eu sempre fui apaixonado por você Mary e você sabe! Nada do que a gente viveu foi mentira e ela sabia disso e não suportava ver o quanto eu era louco por você, quando ninguém se sentia assim em relação a ela.- E era verdade. Todos os namorados que Amy teve só queriam uma coisa. Acho que só fui amiga dela durante todo esse tempo porque ela realmente passava uma sensação de que você podia confiar nela. E eu realmente achava que nós éramos amigas.- Eu dizia pra ela parar porque eu não sentia nada por ela além de pena, e isso deixou-a furiosa e eu estava tentando tira-la de cima de mim só que acabei caindo pra trás e ela aproveitou isso pra tentar me beijar, e foi quando você chegou. Você entendeu tudo errado, eu nunca iria trair você. 

- Tudo bem. - falo depois de algum tempo em silêncio - Supondo que o que você esteja dizendo seja verdade. - eu digo absorvendo todas as informações praticamente jogadas em minha cara. - Porque você não me procurou, ou pelo menos tentou se explicar?

- Eu tentei Mary. Você me expulsou da sua casa, disse que não queria me ver nunca mais e que não queria que eu falasse novamente que você tinha entendido errado porque você sabia o que tinha visto. E disse também que quebraria meu braço se eu tentasse. - ele ri e eu tambem. Foi verdade, eu realmente disse isso, na hora eu estava tão nervosa que qualquer ameaça era válida.

É estranho como agora isso parece engraçado mas no dia, era mais como se fosse o Apocalipse sobre a terra.

- Eu tentei te procurar e falar com você mas os seguranças não me deixavam passar do portão. Eu tentava todos os tipos de contato com você, mas você mudou seu número. Começou a viajar. Mais tarde se mudou pra Londres depois da formatura, e a gente nunca mais se viu.

- Tanta coisa aconteceu na minha vida depois disso. - murmuro mais pra mim do que pra ele.

- Você não sabe quantas vezes eu desejei voltar no tempo Mary, pra que tudo pudesse ser diferente. Será que nós ainda estaríamos juntos?

- Sabe que eu já pensei nisso. - sorrio - Mas eu... Não sei. Acho que nós dois... Só não era pra ser sabe? Não era o momento. Nós eramos imaturos. Não sabiamos o que estavamos fazendo, nem sabiamos a grandeza de cada "Eu te amo" que a gente falava. Era só palavras jogadas ao vento.

- Eu sabia. - levanto minha cabeça o encarando com os olhos grandes e de repente percebo que ele está um pouco perto demais. - Eu sempre soube o que significava cada "Eu te amo" Mary. Eu realmente te amei. - Eu não sei o que ele está fazendo, nós estamos perto demais e seus olhos estão cavando tão profundo nos meus agora, que é como se eu estivesse hipnotizada. - E não importa o que aconteça, e nem quantos amores eu tenha, você vai ser sempre a minha primeira namorada, e a minha primeira e o meu primeiro amor... E a mulher da minha vida.  - Ele sussurra a ultima palavra visto que estamos perto demais.

É quase como se eu não tivesse consciência dos meus atos quando deixo ele me beijar.

O gosto tão familiar de seus lábios, o toque da sua língua na minha, é como se queimasse. Como se fosse licor em minha boca. Conforme eu ia deixando me levar pelo seu gosto nostálgico, conforme ele aprofundava o beijo eu sentia um certo desconforto, além de sentir que beijar Gabriel era errado, eu procurava algo em seu beijo, tentava achar alguma rispidez e ao mesmo tempo uma delicadeza, uma coisa envolvente,  tão envolvente que não me deixava pensar em outra coisa a não ser o beijo enquanto jogavamos com nossas línguas.

Enquanto nos beijavamos, um estalo em minha mente me fez pensar que eu estava louca por pensar aquilo, mas o que eu procurava no Gabriel era ninguém menos que o Harry.

Minhas mãos procuravam seu cabelo pra se agarrar, minha boca procurava seus lábios finos e macios. Eu não queria um gosto nostálgico, queria algo novo, algo que Harry me dava sempre que nos beijávamos.

Ele não era o Harry.

Me afastei de Gabriel e neguei com a cabeça, queria gritar e dizer que não podíamos fazer aquilo, mas minha boca não acompanhava meus pensamentos pois meu cérebro estava se ocupando em avisar que havia uma terceira pessoa naquela sala.

Minha cabeça se virou para a porta e Harry estava parado, nos encarando com os lábios entreabertos, e eu podia jurar que seus olhos estavam marejados.

Em minha garganta se formava um nó, e por algum motivo eu só queria gritar, chorar, abraça-lo e pedir desculpas.

Mas enquanto eu tentava fazer meu corpo obedecer aos comandos, Harry já havia saido pela porta.

All the love xx

Last First Kiss || H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora