II; Antes de tudo

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-- Acorda!!! -- Fala minha madrinha, ou tia. Ouço as cortinas sendo abertas, logos depois a luz chega aos meus olhos ainda fechados, coloco a mão encima. Isso é incômodo.
-- Eu quero dormir... -- falo com voz manhosa (talvez assim amolece-se o coração dessa criatura) abraço meu travesseiro e afundo minha cara nele.
-- Vai levantar por bem ou por mal, Lavine? -- Ameaça. ( por mal, daqui não saio, daqui ninguém me tira de longe do meu crush 'cama').
Radicalmente ela puxa o lençol com força, quase sou levada junto. A olha em desafio.
Já havia passado dias desde de minha chegada, e nesse tempo, Lisa e eu nos conhecemos melhor.
-- Já que você quer ficar na cama, eu irei sozinha ao beco Diagonal. -- Ameaça e fingi que vai sair.
-- Pera aê! -- Fico de joelhos na cama -- Eu volto atrás, tá! Vou com você! -- Vou correndo até o banheiro -- Ah!! Vê se não me esquece! -- falo antes de bater a porta.
Desculpe crush, deixa pra outra. Peguei a roupa mais bonita, em minha opinião, um all star preto, do qual não me imagino sem desde de que conheci, calça jeans e uma camisa azul.

(...)

Chegamos no Beco Diagonal com o pó de flúor, nos íamos aparatar, mas depois de saber seus efeitos, desistir. (Acordar cedo já me deixa irritada, imagine os dois juntos?)

-- Aondeiremosprimeiro? Hátantaslojas aqui! Posso comprarumbichinho? -- Falo atropelando as palavras.

-- Calma, vamos passar a tarde aqui, não precisa de tanta pressa. -- Pega uma folha de seu bolso. -- Vamos comprar sua varinha e depois as outras coisas.

-- Liza? É você? -- Nos viramos na direção da voz.

-- Augusto? -- Abraça minha tia -- Faz tempo que voltou?

-- Não, foi muita coincidência você estar aqui.

-- Ah, estou comprando o material... -- Fala atrapalhada.

-- Ela é sua filha?

-- NÃO! -- Se não fosse sua cara corada, teria ficado ofendida -- Ela minha afilhada, Lavine.

-- Oi, muito prazer. Vocês são amigos? -- Pergunto curiosa.

-- Sim, de muito tempo. Estudamos em Hogwarts e depois ela saiu e foi para Beauxbatons.-- Respondeu

-- Ele era da Corvinal, e eu da Sonserina. Quero que você me visite qualquer dia desses, voltei a morar aqui. -- Convidou Liza, ele aceitou e se despediu.

-- Amigo? Acho que ele foi bem mais que amigo, titia. -- Sussurro apenas para ela ouvir.

-- Lavine! -- Me repreende, sorrio, me acompanha desfazendo a cara de séria.

Fomos até uma loja antiga, onde havia escrito "Olivaras Artesãos de Varinhas de Qualidade desde 382 A.C.". No mundo mágico tudo era envelhecido, as estantes estavam empoeiradas, e as varinhas amontoadas e espalhadas pelo lugar. Aparentemente não tinha ninguém ali.

-- Sr. Olivaras? -- Pergunta minha tia, sem resposta, aperta em um sino, daqueles de hotel.

Um velho senhor aparece do fundo da loja, com um pano e uma caixa.

-- Bom Dia srta. Elizabeth, estava meu ocupado como pode ver -- Coloca-os de lado e ajeita os óculos-- Bom dia mocinha, qual o seu nome?

-- Lavine Rosier-- Respondi-- Eu tenho uma pergunta, como eu escolho uma varinha?

-- A varinha escolhe você, deixe-me procurar."Hum...Uma Rosier..." murmurava enquanto procurava entre as caixas. -- Pegue esta, 23 cm, carvalho, corda de dragão, inflexível.

Pego a varinha.

-- Como vou saber se é a certa? -- Pergunto curiosa, o que faria com aquele pedaço de madeira.

Sangue Sonserino Onde histórias criam vida. Descubra agora