Livro 3- Amor de Lobo

Capitulo 24

Sara se aproxima de Rafael alisando com carinho seu rosto, tentando acalmar sua postura tensa e  irritação latente.

__ Acredito que seja mesmo louco, há algo nele que me provoca calafrios. - Deu-lhe um sorriso.__ E meu sexto sentido raramente se engana.

__ Parece que Elisabete no tempo que se afastou convenceu Gaspar que ela era a minha companheira.

__ O quê? Mas...sou a tua companheira...ou não? - Sara se sentiu um pouco insegura no momento. Ela desviou o olhar, surpreendida com a tristeza que a invadiu na possibilidade de tudo mudar entre eles.

Rafael murmurou algo debaixo de sua respiração e segurou-lhe as mãos. Ela voltou-se para ele, sentindo um calor aliviando o coração.

__ Claro que és minha companheira, nunca duvides disso. - Beijou lhe as palmas das mãos. __ Como te disse, um lobo sabe quando encontra a sua companheira e eu encontrei a minha aqui, agora.

Sara sorriu.

__ Obrigada. Eu precisava dessa confirmação.

Rafael grunhiu.

__ Elisabete era manipuladora, ela sabia que eu não era o companheiro dela. Mas ficou zangada quando comecei a aparecer com algumas namoradas.

__ Algumas? - Ciumenta Sara  o encarou com cara feia. __ Desculpa não queria soar assim , mas não consegui evitar.

__ Hum..., possessiva. - Rafael riu. __ Acho que gosto disso.

Ele se debruçou e deu-lhe um beijo suave, gentil. Ela levantou a mão para tocá-lo e correu os dedos por seu cabelo. Quando ele se afastou, os olhos queimavam de paixão e ela sentiu-se feliz por afecta-lo daquela maneira.

__ Depois piorou. - Continuou. __Elisabete convenceu Gaspar que tinha que me fazer assumir um compromisso. Um dia ele convidou-me para uma reunião com alguns da nossa raça, num chalé perto dos bosques da capital. Quando lá cheguei fui drogado. Quando acordei Elisabete estava sozinha ...comigo, pelos visto tanto ela como seu irmão pensavam que uma vez preso numa cabana eu acabava por acasalar, mas não podiam estar mais enganados. - Ele suspirou antes de continuar. __ Dei-lhe todas as razões possíveis que lhe indicavam de que não éramos companheiros e parti.

__ Ela ficou sozinha?

__ Sim, nunca mais a vi novamente. Mas Gaspar por vezes procurava-me para que eu fosse falar com ela. Ele dizia que  estava muito abatida, se eu fingisse, ela poderia sair daquele estado depressivo.- Rafael analisou o rosto de Sara. __ Mas eu sempre recusei, eu não quis alimentar mais a loucura dela.

__ Então se já passaram dez anos, porque é que ele ainda te odeia? - Perguntou.

__ Porque Elisabete morreu passado dois anos... de depressão. - Sara sentiu um nó no estômago. __ E ele sempre me culpou da morte dela.

__ Oh. Meu Deus! Claro que não tiveste culpa. - Sara Levantou-se, rodeou a mesa e abraçou-o. __ Mas agora podes mostra-lhe o quanto errado eles estavam, eu estou aqui e sou a tua verdadeira companheira.

Rafael puxou-a para o seu colo e envolveu os braços na cintura dela.

__ Não, ele é perigoso e poderá usar-te para me atingir. - Ele segurou-lhe o queixo e obrigou-a a olhar para ele. __ Promete-me que me vais avisar se ele aparecer e que nunca vais confiar nele?

__ Prometo. -  Sara sorriu , colando a sua boca a dele, o  beijando apaixonadamente.

Envolveu os braços á volta de seu pescoço e enfiou os dedos no seu cabelo suave, aprofundando sua lingua naquela caverna escura e deliciosa. Com pequenos gemidos aconchegou-se no seu colo. O desejo aflorou mais ainda quando sentiu uma ereção dura como pedra entre suas coxas. Sara esqueceu tudo, só sabia que desejava sentir Rafael, de novo em todos os sentidos. Começou a descer da boca para o pescoço com pequenos beijos molhados. Rafael gemeu  mordiscando a orelha , soltando um suspiro profundo.

__ Meu anjo por muita pena minha... tens que parar. – Rafael sussurrou sensualmente. __ Não estamos sozinhos.

Rafael sentiu o corpo de Sara ficar tenso ocultando seu rosto corado de vergonha resmunga uma maldição. Quando ela levantou a cabeça, estava constrangida, Rafael sorriu ao  observar seus olhos vidrados  do desejo que ambos sentiam no momento, ela era adoravel, quente , bela ... ela era tudo o que ele sempre sonhara.