Capítulo 21 - Lua de Mel

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O aerodeslizador partiu pouco antes da meia noite. Partimos na mesma aeronave que, horas antes, foi utilizada para transportar a Presidente Paylor e Celestia. A viagem é incrivelmente curta e pouco menos de trinta minutos depois um funcionário nos avisa que chegamos ao local. Eu olho pela janela e num primeiro momento eu acho que entendi errado, pois não consigo ver nada além de árvores ao nosso redor. Estamos literalmente no meio da floresta e, devido a escuridão da madrugada, não consigo avistar sinal de civilização.

- Tem certeza que é aqui? - Eu pergunto ao rapaz. - Eu não consigo ver nada.

- Tenho sim. - Ele responde com um sorriso. - Estamos parados sobre o local. Como a mata é densa, o aerodeslizador não consegue pousar aqui. Vocês deverão descer por cordas.

O que você aprontou Haymitch?? 

Peeta e eu somos conduzidos até a porta do aerodeslizador onde o mesmo rapaz amarra cordas em um cinto e prende a nossa cintura. As portas se abrem aos nossos pés e o rapaz começa a descer as cordas.

Durante a descida eu olho para baixo e consigo ver luzes logo abaixo dos nossos pés. Pelo pouco que consigo discernir, percebo que vamos descer diretamente em um local de pouso para aviações menores, talvez metade do tamanho do nosso atual veículo. No entanto, não consigo enxergar mais nada.

Nosso trajeto acaba em menos de um minuto. Soltamos o cinto de nossas cinturas e as cordas são puxadas para cima novamente. O aerodeslizador se vai e em segundos estamos sozinhos. Ninguem vem nos receber e ouvimos apenas os sons da floresta.

- Acho que deveriamos entrar. - Peeta comenta. - Não acho que tem ninguém por perto.

Eu concordo com ele e, de mãos dadas, seguimos até a porta.

A primeira coisa que registro dentro da casa é o cheiro. Um odor suave e amadeirado perfumava todo o local. Nós descemos as escadas rindo de expectativa e, assim que entramos na sala principal, paramos impressionados.

O lugar era ainda maior do que tinhamos imaginado, porém simples. Uma cabana de caça totalmente reformada nos últimos tempos, composta apenas de três cômodos. Uma sala de entrada com lareira, um quarto e um banheiro. Todo o necessário para Peeta fazer pães e alguns outros alimentos estavam posicionados na parede oposta, onde uma cozinha improvisada tinha sido montada. Meu antigo arco e minhas flechas também estavam ali por perto.

Eu ainda estava parada de boca aberta no meio do cômodo, perdida em meio a minha admiração pelo local, quando senti Peeta se aproximando por trás de mim. Gentilmente ele afastou meus cabelos e beijou o meu pescoço. Eu relaxei contra o seu corpo quando senti os seus braços me envolverem por trás.

- Então senhorita Mellark. - Ele sussurou em meu ouvido no intervalo entre os beijos. - Acho que essa é a nossa noite...

Ele respira fundo em meu pescoço e eu arrepio.

- Então melhor aproveitarmos você não acha? - Eu pergunto e tento me virar para encara-lo, mas ele não permite. Seus braços envolvem a minha cintura e ele continua a beijar o meu pescoço, fazendo uma trilha suave da minha orelha até os meus ombros. Suas mãos se movimentam pela minha barriga por sobre o vestido. - Afinal... Já está ficando tarde...

- Está? Eu acho que só está começando...

Em um movimento súbito, ele me pega no colo. Eu só tenho tempo de gritar e enlaçar o seu pescoço com minhas mãos. Ele ri.

- Com medo senhorita Mellark? - Ele pergunta. Eu dou um tapa eu seu peito.

- De você? - Eu respondo rindo também. - Nunca.

Jogos Vorazes - CicatrizesOnde histórias criam vida. Descubra agora