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"Good morning babygirl"

A típica correria matinal pela vivenda Smith.

Algo também típico e matinal, era o mau humor do meu pai e a quantidade de vezes que nos apressava, aumentado o tom de voz, sendo esse ríspido e algo de autoritário.

Por sua vez, a minha mãe resmungava com o facto de falar tão alto e de ser tão apressado.

Era inevitável não sair de casa sem paciência ou vontade para estar horas fechada numa sala de aula a ouvir os professores.

E ainda, ouvir os comentários habituais de Alexis sobre o mau humor que carregava comigo.

Após a terceira tentativa de entalar a camisa dentro da saia, deixei o meu lado perfeccionista de lado, peguei na mochila e sai do quarto, encontrando o meu pai na cozinha, a bater o pé freneticamente, enquanto olhava para o relógio de pulso e suspirava.

Usava novamente o uniforme preto, das três outras opções de Meia Estação/Inverno.

Preto, azul, verde e cinza.

Agarrei numa peça de fruta, tendo já uma pequena noção da reação do meu pai, caso me sentasse para um pequeno-almoço muito mais complexo

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Agarrei numa peça de fruta, tendo já uma pequena noção da reação do meu pai, caso me sentasse para um pequeno-almoço muito mais complexo.

Quando, finalmente, o meu irmão mais velho e a minha mãe apareceram perto de nós, o meu pai voltou a suspirar.

- Tomam o pequeno-almoço na escola, já são oito horas!

O homem reclamou, pegou nas chaves do carro e saiu da vivenda, com expectativas que fossemos atrás dele, sem mais demoras.

Entrei no carro, deixando a mochila entre os bancos, onde eu e o meu irmão estávamos.

- Saímos ás cinco e meia da tarde, tens tempo para passar pelo colégio? - A voz do meu irmão acabou com o silêncio no carro.

- Tenho sempre, Ian. - O tom de voz do meu pai, apesar de baixo, foi um pouco brusco. - A vossa mãe chega ás sete, adiantam o jantar, combinado?

Tanto eu como Ian assentimos. Sabíamos que o nosso pai iria regressar ao trabalho por mais três horas, chegando a casa perto das oito e meia, nove da noite.

As auto-estradas estavam lotadas, o trânsito demasiado elevado. O meu pai foi obrigado a parar o carro.

Começou a resmungar com os próprios botões, a gritar pela janela e a apitar várias vezes, achando que iria fazer diferença.

Suspirei, encostei-me ainda mais ao banco, olhando pela janela.

Desci um pouco o vidro, o clima dentro do carro estava quente, para além do facto de estar cansada de tanta reclamação por parte do meu pai e da minha mãe, esta também já impaciente. 

IVY  ➛  JUSTIN BIEBER Onde histórias criam vida. Descubra agora