quarenta e dois

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"I'm not going to leave you"

Caminhava pelos corredores do imenso hospital de Honolulu.

Procurava encontrar o quarto do rapaz, que ainda não havia recebido qualquer visita minha.

Decidi esperar até estabilizar.

Vir no dia anterior não iria ser uma boa decisão, dada à noite de trabalho e ao quão fresco o assunto estava na minha mente. Tudo aquilo que não precisava nesse dia, era de discutir com o Justin e de ter uma reação exagerada.

A porta do quarto estava entreaberta, o meu olhar analisou o quarto, este vazio, apenas com o rapaz adormecido.

Adentrei no mesmo, aproximando-me da cama onde estava deitado. Pousei a mão sob a dele, deslizando a outra pela sua bochecha.

Olhar para ele e ver as máquinas ainda ligadas ao seu corpo, não era de facto a melhor visão.

Perguntava-me novamente o que tinha acontecido naquele apartamento, para o levar a injectar e a inalar droga, até ao ponto de não se aguentar.

Principalmente, quem estivera com ele durante todo o processo.

- Posso ajudá-la? - O grito ficou preso na garganta, virei-me sobressaltada por não esperar ninguém. - Conhece o meu filho?

Era a mãe do Justin.

Pele pálida, olhos azuis e cabelos curtos castanhos a cair pelos seus ombros com ondulações desajeitadas.

A expressão cansada e preocupada, um pouco confusa pelo facto de estar com o seu filho, ainda a segurar a mão dele e a acariciar o seu rosto.

- Boa tarde, chamo-me Ivy Smith. - Dei passos na direção da senhora. - Sou a paramédica que encontrou o seu filho no apartamento.

- Pelo que os médicos disseram, você e o seu parceiro salvaram-lhe a vida. - Os seus olhos cheios de lágrimas. - Muito obrigada minha querida.

- Não tem que agradecer...

- Perdão, que disparate! - Soltou uma risada nervosa. - Patricia McCann.

A senhora pediu que conversássemos à porta do quarto, para que o Justin não acordasse.

Pelo que Patricia explicava, Justin não havia dormido toda a noite. Reagiu de uma forma inesperada ao encontrar a mãe à beira da cama. Ainda exigiu que ninguém entrasse no quarto, pois não queria a presença de ninguém.

Para além de ter contrariado o que os médicos aconselharam.

Sentia-me estranha perante a mãe do meu pseudo namorado, visto que a mesma não fazia ideia.

Sabendo que o contacto entre Justin e a sua família era nulo, decidi agir apenas como uma paramédica curiosa com o desenrolar da situação de alguém que salvou, e não como uma amiga super preocupada.

- Eu sabia que eras tu. - Tanto eu como a sua mãe olhamos para a porta, onde o Justin estava encostado. - Porque não me acordaste? Estava completamente louco para te ver.

IVY  ➛  JUSTIN BIEBER Onde histórias criam vida. Descubra agora