Vinte e Dois

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Olivia ainda estava sentada na calçada suja quando risadas altas lhe retiraram do torpor. Ela então se levantou ainda tonta e enxugou os olhos com as costas das mãos, usando força demais, o que machucou a pele frágil.

Um grupo de três garotos passavam rindo, claramente bêbados, o que a lembrou que aquela era uma rua afastada e desconhecida, e ela precisava sair dali antes que alguém resolvesse mexer com ela.

Mas tinha um problema. Olivia não sabia onde estava. Ela andara por aí sem rumo e agora não sabía sequer voltar para a casa de Jessie (embora ela preferísse literalmente morrer a ter que voltar para lá).

- Tudo bem Olivia - ela disse a sí mesma, buscando soluções cabíveis para sair daquela confusão - Não se desespere.

Procurar por alguém que lhe emprestasse um celular era uma boa ideia e então ela podería pedir um táxi e ir para o colégio já que se fosse naquele estado para casa, a mãe tería no mínimo um ataque cardíaco.

Droga, porque ela teve a brilhante ideia de deixar a bolsa na casa de Cara?

Olivia então andou por alguns minutos, resolvendo saír daquela rua vazia. Encontrar pessoas que lhe ajudassem era a prioridade. Depois ela podería chorar, lamentar e odiar Harry a vontade.

A garota começou a realmente se desesperar quando se deu conta de que estava realmente perdida. E cada vez indo mais para uma parte, vamos dizer, esquisita da cidade.

Ah, ela iría morrer naquela noite.

Sem saber exatamente como conseguira a proeza de se perder ainda mais, Olivia se viu agora em uma rua comercial aparentemente abandonada, com galpões e armazéns lado a lado na parte direita da rua e da esquerda, uma cerca que impedía a passagem para o que devía ser mata fechada.

A garota estava quase dando meia volta quando notou o som abafado de uma música estridente. Em um dos menores galpões provavelmente estava acontecendo uma festa. Olivia respirou fundo, imaginando se devía ir até lá ou não. Era uma rua afastada e abandonada, o que queria dizer que as pessoas lá dentro não queríam ser exatamente incomodadas.

Mas ela estava com frio, medo e a última coisa que quería era passar mais tempo andando feito idiota sem um rumo por aí.

- É só uma festa com pessoas desconhecidas e provavelmente bêbadas - Olivia disse para sí mesma - Você acabou de sair de uma exatamente assim. Entrar nessa não vai ser tão impossível.

Ajeitando o cabelo atrás da orelha, ela caminhou até a entrada lateral da casa de aparência decadente, onde um homem de quase dois metros, pele negra e olhar duro guardava a passagem. É claro que tería segurança.

- Oi - Olivia cumprimentou, meio sem jeito - Eu posso entrar por um segundo?

O segurança lhe lançou um olhar tão frio que ela pensou seriamente em tirar os sapatos de salto e sair correndo dalí naquele momento, sem olhar para trás.

- É uma festa privada, moça - ele respondeu com a voz dura que correspondía ao seu tamanho - Então procure o seu caminho.

Olivia bufou frustrada. Como se ela soubesse para onde ir. O seu senso de direção perdía apenas para a sua capacidade de confiar em idiotas.

- Pode chamar um táxi para mim pelo menos? - ela perguntou - Ou me emprestar um celular?

- Não - ele respondeu seco - Para as duas perguntas.

A frustração de Olivia se transformou em algo mais profundo e os seus olhos novamente se encheram de água. Aquela merda toda era culpa de Harry Styles.

Olivia (h.s)Onde histórias criam vida. Descubra agora