On Fire // BTS (Concluída)

Um encontro "Escondido"

Quando cheguei em casa minha mãe veio correndo até mim e me abraçou com força.

-Sua idiota onde esteve? - Ela estava chorando.

-Na casa do Sr. Park.

-Você transou com ele? Né? - Ela se afastou.

-Você queria que eu fizesse isso?

-Nunca se sabe, vai que você engravida e nós saímos dessa miséria de vida que seu pai nos deixou.

-Mãe, às vezes você fala como se pudesse matar alguém por dinheiro.

-Nunca disse que não faria.

Tomei um banho para sair totalmente da ressaca e me troquei, antes de ir até a casa de Jimin me deitei em minha cama e consegui dormir um pouco. Sou acordada com meu celular tocando.

-Alô? - Falo.

-Esta atrasada.

-Atrasada? Para que?

-Já se passaram meia hora que você deveria estar aqui.

-Quem ta falando?

-Jimin.

-Ai meu Deus eu to indo agora - Desliguei.

Droga de despertador, desci correndo as escadas e acabei caindo e machucando o meu joelho, mas como estava atrasada não parei para olhar, peguei um táxi e pedi para que ele fosse o mais rápido possível. Toquei o interfone e os portões se abriram.

-Desculpa pelo atraso - Falei entrando.

-Tudo bem.

-Vou me trocar e já volto.

-Não, se troque aqui!

-Aqui? Não, sem chances.

-Eu te ajudo- Ele veio em minha direção.

-Eu sei me...

Sua mão foi para em minha cintura me puxando contra ele, ele acabou batendo sua perna na minha e eu gritei porque havia doído.

-Foi mal - Ele disse sorrindo - O que é isso? - Ele apontou para o meu joelhos que estava sangrando.

-Não é nada, eu só caí mais cedo.

-É sim, vem - Ele me pegou no colo e me levou até o balcão.

-Não precisa se preocupar, eu estou bem.

-Não, não está.

Ele pegou um pano molhado, limpou o machucado e logo em seguida fez um curativo. Ficou olhando para mim preocupado, fiquei esperando ele dizer algo para que saíssemos dessa situação.

-O que eu faço com você? - Ele disse.

-Eu não sei, sinto muito - Sorri sem graça.

Desci do balcão, mas minha perna doeu e fez com que eu quase caísse, Jimin me segurou pelo braço e me ergueu.

-Vou ter que me acostumar a te segurar?

-Acho que sim - Queria sair correndo.

Ele tirou o cabelo de meu rosto e  se aproximou de mim, não me mexi então ele me beijou lentamente, seu beijo era delicado e calmo. Me encostei no balcão mesmo que ele estivesse me segurando. Ele parou de me beijar e me olhou, acariciou minha bochecha, o que fez ele parecer fofo, beijou novamente minha boca lentamente. Jimin se afastou de mim e pegou a minha mão, me levou até as escadas. Me pegou no colo, mas não parou de me beijar, abriu a porta do quarto com o pé e depois a fechou, me colocou cama lentamente, subiu encima de mim e ficou me olhando. Como ele estava com blusa de botão fez eu desabotoar um de cada vez enquanto me olhava, quando acabei ele tirou a blusa e ficou me encarando.

-O que foi? - Perguntei.

-Melissa você é linda.

Ele me beijou com calma e tirou a minha blusa, ele começou a beijar meu corpo, mas não deixava de ser fofo e atencioso, sendo totalmente diferente da sua versão que conhecia antes, alguém toca a campainha e Jimin para.

-Eu vou atender - Tirei ele de cima de mim e peguei minha blusa.

-Eu espero - Ele disse.

Desci as escadas e cheguei perto da porta, coloquei a blusa e abri ela, um homem velho estava parado olhando o relógio.

-Posso ajudar? - Falei.

-O Park está? - Ele estava impaciente.

-Quem é o senhor?

-O pai dele.

-Ah me desculpe, vou chama-lo.

Subi as escadas e quando cheguei no quarto Jimin me puxou e começou a me beijar novamente.

-Jimin seu pai está aqui - Falei.

-Meu pai? - Ele riu - Não pode, meu pai... - Ele parou.

-O que tem seu pai? - Passei a mão pelo seu cabelo.

-Nada, fica aqui.

Ele se vestiu e desceu, fiquei esperando sentada até que ele subiu novamente e pegou minha mão.

-Vai servir ele - Ele estava nervoso.

-O quê? - Falei sem entender.

Ele pediu para que eu me vestisse como empregada e eu o obedeci. Cheguei até eles e esperei que Jimin falasse.

-Nos sirva -Peguei o vinho e coloquei nas taças.

-Sua empregada é linda filho - Jimin evitava olhar para mim.

-É só uma empregada, não tem nada demais nela.

Nessa hora eu olhei para ele e sem querer derrubei o vinho sujando todo o chão.

-Me desculpe - Falei.

-Limpe isso agora é logo depois prepare minhas roupas irei sair com meu pai.

-Jimin eu...

-É senhor para você.

Nessa hora senti uma dor no peito e quase chorei e o que havia acontecido a minutos atrás?

-Tudo bem Senhor - Disse.

Ele olhou para mim irritado e eu não entendia o porquê. Limpei o chão e fui para o quarto de Jimin, peguei seu terno, estava com tanta raiva que não pensei direito então comecei a rasga-lo e a pisar nele, quando notei estava chorando desesperadamente. Minutos depois desci e Jimin me olhou porque havia notado meu olhos vermelhos de tanto chorar.

-Sua roupa está pronta - Sorri.

-Isso é bom, já pode ir.

-Eu vou, mas não garanto que irei voltar.

-Devia educar mais a suas empregadas -Seu pai falou.

-Ela nasceu em um chiqueiro como quer que ela tenha educação -Jimin falou.

Isso fez com que a raiva me consumisse por completa, fui em direção a ele e bati em sua cara.

-QUEM VOCÊ ACHA QUE É - Ele apenas me olhou.

-Você me bateu? - Ele colocou a mão no rosto.

-Não me arrependo, você fala que eu venho do chiqueiro? Eu posso até ter vindo, mas eu tenho respeito pela as pessoas.

-Acha bom lá? - Jimin dizia com frieza.

-Você não merece tudo isso -Falei.

-O que eu mereço? Morar em um chiqueiro igual a você?

-Não, aquele lugar é bom demais para você e eu me demito.

Ele não falou nada  e nem tentou me impedir, peguei minha bolsa e nem me troquei apenas fui embora, durante o caminho o homem do táxi me olhava preocupado enquanto eu chorava. Cheguei em casa e fui para o meu quarto, deitei na cama e comecei a gritar contra o travesseiro para abafar o som e não ter que me preocupar com a minha mãe questionando o que tinha acontecido. Ele não me ligou e nem veio me procurar e eu não ia ligar para ele. Nunca mais ia voltar naquela casa, nunca mais.