Escrava

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Fiquei discutindo com a minha mãe sobre o tal do Sr. Park e a conclusão foi que eu ainda teria que trabalhar para ele até que ele enjoasse de mim e mudasse de empregada. No dia seguinte cheguei em sua casa e o portão automaticamente se abriu sem eu falar nada, como se ele já estivesse me esperando. Entrei na casa que parecia estar vazia.

-Sr.Park?

-Aqui - Ele saiu de seu escritório e veio para a sala - Quero que limpe hoje a sala e meu quarto.

-Onde estão os outros funcionários?

-Dei um dia de folga para eles.

-Entendi, tudo bem vou começar a limpar.

-Não quero que use sua roupas.

-Quer que trabalhe nua?

-Não, com essa roupa - Ele estendeu uma sacola - Mas nua também vale, você escolhe.

-Não, obrigada.

Abri o pacote e me deparei com uma roupa de empregada que parecia ter saído de filme erótico, olhei para ele que realmente parecia feliz em ver essa situação.

-Isso é quase uma roupa intima.

-Exatamente.

-Não vou usar isso.

-Então saí da minha casa.

-Nossa, você é tão idiota.

-Posso ser persuasivo também.

Me troquei e as roupas ficaram exatamente do meu tamanho, o que me deixou surpresa e desconfortável, aquela situação me deixou tão vulnerável que quase pude sentir as lágrimas se formando. Saí do banheiro e ele estava sentado na poltrona me encarando.

-Como sabe o meu tamanho?

-Sei tudo sobre você.

-Estou meio desconfortável, pareço uma atriz de filme pornô.

-Era essa a minha intenção.

-Eu vou começar a limpar, pode trabalhar.

-Eu não trabalho, na verdade trabalho, mas não assim.

-Como tem tanto dinheiro então?

-Você não precisa saber o que eu faço Melissa.

-Ta bom - Comecei a pegar as coisas de limpeza.

Enquanto eu limpava ele não tirava os olhos de mim, algumas vezes sorria.

-Pode parar de me olhar por favor.

-Não tem como, essa roupa me chama.

-Sério está me incomodando.

-Tudo bem, vou para o meu quarto quando acabar pode subir e limpar.

-Ok - Nunca fiquei tão grata por algo.

Não demorei muito para terminar de limpar, mas aquelas roupas atrapalhavam. Subi as escada até seu quarto e bati na porta.

-Pode entrar.

Quando entrei ele não estava ali, provavelmente estava no banheiro, comecei a andar pelo quarto organizando as coisas quando a porta do banheiro abriu, o que me assustou.

-Desculpa te assustar - Ele disse.

-Tudo bem.

-Eu estou com um problema.

-Qual?

-Não consigo tomar banho.

-E?

-Você pode me ajudar?

-Eu?

-Algum problema? Achei que limpar era seu trabalho.

 Alguém toca a campainha lá embaixo e respiro aliviada por ter sido salva dessa conversa extremamente estranha.

-Está esperando alguém? - Perguntei.

-Não, fica aqui - Ele desceu.

Depois de alguns minutos ele subiu e fechou a porta.

-Você já pode ir embora.

-Quem era?

-Não importa.

-O que fez com ele?

-Vai embora antes que eu faça a mesma coisa com você.

   Eu o obedeci vesti minha roupas e deixei as que ele me deu encima de um banco. Chamei um táxi e fui embora assustada e pedindo para que não precisasse voltar lá novamente, mas algo havia acontecido e eu queria saber o que era.


On Fire // BTS (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora