Capítulo I - A descoberta

10.7K 543 277
                                    

Vampiros existem. É, Parece loucura. Se alguém chegasse pra mim há algum tempo atrás e me dissesse que vampiros existem, eu não acreditaria, e acharia mais loucura ainda se dissessem que eu sou uma vampira, e foi exatamente o que aconteceu.

Naquela manhã acordei me sentindo estranha, uma dor de cabeça insuportável e uma sensação de desconforto, olhei ao redor do meu pequeno quarto, tudo estava no lugar, – não que eu esperava que estivesse tudo diferente - o guarda-roupa branco com um espelho na frente, minha escrivaninha com meus livros escolares, meu abajur apagado ao meu lado, ouvi batidas na minha porta, a dor cessou um pouco:

-Rosy? – era minha amável mãe, Jenny, eu tinha o mesmo verde nos olhos que ela. – Rosy, querida, está acordada?

Demorei um segundo pra entender a pergunta dela, minha dor de cabeça não me deixava pensar:

-Sim. – eu disse por fim.

Lentamente me levantei e fui em direção a porta para destrancá-la, - questão de segurança.

-Você não vai para a escola? – perguntou assim que abri a porta, mas assim que viu minha expressão de doente repensou na pergunta, deu um passo a frente. – Você está bem?

Ela tocou meu rosto:

-É só uma dor de cabeça.

Não era só uma dor de cabeça, era uma dor de cabeça terrível, mas se eu dissesse isso a ela, ela ficaria preocupada e não me deixaria ir á escola, eu precisava ir á escola por causa do maldito trabalho de matemática que valeria nota:

-Não quer ir á escola? – perguntou

Era uma proposta tentadora, mas os deveres vêm na frente:

-Estou bem, logo vai passar. – eu disse, sem muita convicção.

Mamãe assentiu e me deu um beijo na testa antes de sair do quarto e ir fazer o café da manhã.

Segui minha rotina, tomei banho, escovei os dentes, passei minha maquiagem básica e penteei meus cabelos castanhos que desciam um pouco abaixo dos meus ombros.

Fui para a cozinha, onde meus pais estavam sentados á mesa. A cozinha da minha casa era mediana, tinha um fogão, uma geladeira, uma mesa de seis lugares – achei desnecessária uma mesa desse tamanho para nós três, "temos que ter lugares para as visitas, Rosy", disse minha mãe – e uma pia:

-Bom dia, família. – eu disse

Papai estava com sua xícara de café nos lábios.

-Rosy, a dor passou? – perguntou mamãe.

-Sim. – menti.

Sentei á mesa ao lado de mamãe e preparei meu cereal matinal, papai dizia que aquelas bolinhas não enchem barriga, mas gosto do sabor do chocolate, além de ser rápido e pratico de fazer, ajudava a eu não me atrasar para a escola.

Estudo a três quadras de casa, o bom de morar perto da escola é que você não precisa de carona e o ruim é que você não precisa de carona.

Uma carona agora, com essa dor de cabeça seria bem-vinda.

Andei lentamente rumo á escola, sabendo que ainda estava cedo.

A manhã passou bem, tirando a parte que quase não consegui terminar o trabalho graças a dor de cabeça. O estranho aconteceu quando eu estava voltando para casa.

Assim que cheguei a duas ruas da minha casa a dor de cabeça aumentou, não havia pessoas na rua, o que era extremamente estranho, considerando que ainda não era meio-dia.

Escola de VampirosOnde histórias criam vida. Descubra agora