Capítulo IX - O 1º ataque

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Domingo. Dia de dormir até tarde, passar o dia lendo ou vendo TV, mas no meu caso, seria dia de treino. Acordei com batidas na porta.

Relutantemente me levantei e fui até ela.

Srtª Simony.

-Bom dia, Rosy.

Usava uma calça de laicra e uma regata preta, seu cabelo estava em um rabo de cavalo.

-Bom dia. – respondi, minha voz sonolenta.

Imaginei se ela ainda estaria com raiva depois de ontem:

-Hoje vim acordar você, ontem demorou muito para aparecer.

Saí da porta para ela passar e fui cuidar dos meus afazeres. Srtª Simony sentou na cama e olhou ao redor. Enquanto eu penteava o cabelo, depois do banho, ela se levantou e, como se o quarto fosse dela, andou até o armário, abriu e pegou meu lindo vestido de gala.

-Ele é tão lindo, Rosy. – ela disse

-Obrigada! – eu disse terminando de colocar o cabelo em um rabo de cavalo. – A Srtª não está chateada por causa de ontem, está?

-Não, Rosy. Não adiantaria nada ficar.

Após alguns minutos de luta com o cabelo, eu estava pronta.

Optei por um short jeans e uma regata azul bebê.

-Estou pronta. – eu disse

Ela se dirigiu até a porta e eu a segui. Andamos em direção á arena:

-Espere. – eu disse – Não vou tomar café?

-Não temos tempo. – disse ela.

-Temos que ter tempo para meu café, e se eu desmaiar? Você sabe que poderes mentais exigem muito.

-Rosy, me escute. – ela parou se focou seus olhos em mim. – Vladmir não vai esperar você terminar de comer para atacar você.

-Por que todo mundo diz isso? – eu disse – Não é como se ele fosse atacar a escola hoje.

-Nunca se sabe.

Recomeçou a andar, a segui novamente. Paramos no meio da arena, os colchões já estavam lá.

Sentamo-nos como sempre.

-Você já sabe o que fazer. – ela disse

Fechei os olhos e tentei liberar energia, senti uma luz me invadindo, mas não abri os olhos, deixei que a luz ficasse por quanto tempo quisesse. Pensei em minha mãe e imaginei como ela estaria orgulhosa de mim.

Após alguns minutos, percebi Srtª Simony muito calada, sem nenhum ruído.

Abri os olhos lentamente. Ela estava focada em mim, sua expressão era de admiração.

-Está tudo bem? – perguntei

-Está, sim, querida. – ela disse – É que eu adoro ver sua determinação e coragem. Você pensa nos outros, caso contrário, não estaria aqui.

-Não mesmo, eu estaria morta. – eu disse – Principalmente se a Sr.ª Helena não tivesse me encontrado a tempo.

-Pode ser, mas mesmo assim admiro você, não é qualquer pessoa que aceita pôr sua vida em risco para defender pessoas que nem conhece.

-Essas pessoas são meu povo, Srtª Simony e se eu sou a única que pode ajuda-los a viver em paz eu farei tudo que estiver ao meu alcance. – eu disse

-Você é especial, Rosy. – ela disse – Não só pelos poderes surpreendentes que você tem, mas também pelo que você é.

Suas palavras me deixaram emocionada, quase a ponto de chorar, mas imaginei que não seria o momento certo para fazê-lo, eu tinha que derrotar Vladmir.

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