Capitulo VIII - Treinamento físico

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Com o resto do meu sábado livre, após o almoço procurei Daniel, quanto antes eu começasse a treinar melhor. O ideal para a antiga Rosy seria ir para o quarto e ler um bom livro, mas essa nova Rosy, a determinada a derrotar um vampiro psicótico, estava disposta a ceder uma tarde livre de sábado para aprender a lutar, - principalmente se fosse com Daniel.

Antes de ir encontrar com ele coloquei luvas nas mãos, imaginando que sem o contato físico direto, eu não veria as lembranças de Daniel, eu não queria invadir sua privacidade, como, acidentalmente, eu fiz com a Srtª Simony.

Após sair do meu quarto, saí pela escola atrás de Daniel, imaginando onde ele estaria.

Enquanto passava pelo longo corredor dos armários, uma figura extremamente loira parou na minha frente.

Mary.

Ela estava acompanhada de suas seguidoras, tinham um sorrisinho no rosto:

-Olhem, meninas. – começou Mary – A novata sumida está aqui sozinha, aonde vai? Está atrás de Daniel?

Pensei em sair de lá e deixa-la sozinha com suas provocações, algumas pessoas que estavam no corredor passavam e olhavam para nós, se ela queria jogar, eu iria jogar.

-Estou, sim. – eu disse. – Sabe onde ele está?

O sorrisinho dela desapareceu.

-Fique longe dele. – o tom de voz de Mary era frio, hostil.

-Fique longe de mim. – eu disse num tom ameaçador, ou pelo menos tentei parecer ameaçadora.

Ela me lançou um olhar duro:

-Suas garras saíram de novo, Rosy? – quando disse meu nome fez cara de nojo.

Me concentrei bem em Mary, imaginando se seria maldade eu toca-la e saber de tudo que aconteceu com ela, Okay, seria sim, principalmente considerando que eu não queria ver as lembranças dela.

-O que está acontecendo aqui? – era a voz da amável diretora, ela estava atrás de mim.

-Nada, Sr.ª Helena. – disse Mary, com a cara de santa mais fingida que eu já vi.

-Rosy. – disse a diretora

Demorei um segundo para responder alternando meu olhar entre Mary e a diretora:

-Está tudo bem. – eu disse por fim

Decidi dar mais uma chance para Mary, mas essa seria a ultima.

-Ótimo – disse a diretora – Venha comigo.

A diretora se virou e saiu, dei uma última olhada para Mary e apenas mexendo os lábios, ela disse: "Na próxima".

Segui a diretora, Okay, talvez não fosse uma boa ideia eu deixar Mary sair dessa sem uma bronca.

A diretora andou pelo corredor, até que percebi para onde ela estava indo:

-Algum problema? – perguntei.

Ela riu.

-Não, querida. – ela fez uma pausa – Bem... tirando a parte que sua mãe liga de 10 em 10 minutos para saber de você.

Tentei pensar em como mamãe havia conseguido o número da escola. Foi quando lembrei que eu já havia ligado para o celular dela, ela deve ter salvo o número.

-Desculpe. Ela é assim mesmo – eu disse

-Tudo bem, se minha única filha estivesse em uma escola bem longe de casa com um assassino atrás dela, eu também ficaria preocupada.

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