Capítulo XI - Nova rotina

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Acordei em meu quarto, com uma dor insuportável no braço, tudo estava calmo, menos minha cabeça, ela estava processando tudo que aconteceu na batalha e uma dor diferente me invadiu, não era a dor do braço, foi uma dor muito pior, foi a dor de perder alguém querido, essa era uma dor que não tinha cura e que doeria para sempre, lágrimas brotaram dos meus olhos e não as impedi, eu precisava chorar para aliviar.

Pensei no que poderia ter acontecido aos outros, deixei Daniel e Joe tentando me proteger. Eu iria procura-los, e iria agora. Fiz força para levantar, mas uma voz me impediu.

-Onde pensa que vai?

Era Milly

-Ver como todos estão. – eu disse, surpresa e feliz por vê-la.

-Estão todos bem, alguns se feriram e dois alunos morreram, mas o restante está bem.

Arregalei os olhos:

-Quem morreu? – perguntei a ela

-Julian e Karina, eles lutaram bravamente.

Então foi Julian que vi morrendo.

-O que aconteceu quando apaguei?

-Rosy, você dormiu por dois dias. – disse ela sentando ao meu lado na cama – Mas não aconteceu quase nada.

-Dois dias?

-Você foi muito bem, todos estão orgulhos de você, e todos são seus fãs, de cinco em cinco minutos alguém vem aqui saber de você.

Aquilo me surpreendeu, eu não esperava.

-E Srtª Simony? – perguntei

-Como você sabe, ela morreu para te ajudar, pensamos em esperar você acordar, mas não tínhamos previsão de quando aconteceria, então a enterramos.

Por um lado foi bom eu não ter visto o enterro, eu não queria vê-la num caixão como sua última imagem em minha mente.

Eu queria lembrar dela como alguém alegre, inteligente e disposta a tudo para me ajudar. Eu nunca esqueceria dela.

Ouvi batidas na porta, Milly levantou e foi abrir, depois ouvi sussurros vindos de fora e Joe entrou, estava bem casual com sua bermuda e camisa xadrez, ele pareceu aliviado quando me viu. Percebi que Milly saiu, Joe sentou ao meu lado na cama.

-Onde Milly foi, Joe? - perguntei

-A diretora Helena disse que assim que você acordasse ela gostaria de ser avisada. – disse ele – Como você está, Rosy?

-Bem, acho. – fiz uma pausa para olhar bem para ele. – E você?

-Eu estava preocupado, pensei que Vladmir tinha matado você. Fiquei muito triste por Srtª Simony, ela era uma pessoa maravilhosa.

-Ela era, me ajudou muito a libertar meus poderes mentais.

Os olhos dele se iluminaram.

-Que poderes você libertou? – perguntou

Pensei se seria uma boa ideia dizer, agora eu me sentia uma aberração.

-Bom... – fiz uma pausa. – Posso ver o passado das pessoas com apenas um toque e sentir suas emoções como se fossem minhas.

Ele riu, abertamente.

-Isso é fantástico, Rosy. – disse ele

Eu ri, fraco.

-Senti suas emoções no dia do ataque, você estava com medo, quero dizer, todo mundo estava com medo, mas sentir seu medo foi estranho.

Ele pegou minha mão direita com as suas:

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