Capítulo XVI - O sequestro

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Sem forças, deitei na cama e quando percebi estava no campo. Mas desta vez não havia sinal de Daniel. Eu estava sozinha. Olhei ao redor, o dia estava ensolarado, mas nada que pudesse me queimar, as flores estavam incrivelmente brilhantes, incrivelmente coloridas em suas mais variadas formas, tipos e tamanhos e meu vestido era o mesmo.

Corri pelas flores sentido o aroma agradável de cada uma e pensando que nada de tão ruim poderia acontecer comigo se eu tivesse Daniel por perto.

Nenhum mal poderia me atingir se eu tivesse meus amigos, a espada e...

De repente o campo foi sumindo, ficando transparente, se dissolvendo. As flores viraram terra, as nuvens cobriram o sol, deixando tudo terrivelmente sombrio. Foi com surpresa que percebi onde eu estava.

Eu estava na arena da High School Sky. E estava terrivelmente frio.

-Rosy? – era a voz de Srtª Simony. Ela estava atrás de mim, quase desaparecendo. – Ouça, estou quebrando todas as regras para vim aqui, estou usando o resto de energia que eu tenho para dizer a você que corre perigo estando na escola.

-Para onde eu posso ir? – perguntei.

-Procure um lugar seguro e se esconda. – ela fez uma pausa – É aqui que nos despedimos, querida.

Eu não tinha percebido que estava chorando até as lágrimas rolarem por meu rosto.

-Srtª Simony... – comecei

-Lembre-se que estarei sempre torcendo por você.

E assim ela sumiu.

Acordei ofegante.

Eu não sabia se o sonho era real, considerando que eu não tinha pensado nela quando estava dormindo.

Apenas por precaução, levantei correndo da cama, mas assim que abri a porta me surpreendi ao ver Karla.

-Feliz em me ver? – perguntou ela.

E a ultima coisa que me lembro é de receber uma pancada na cabeça.

Acordei com uma dor de cabeça insuportável, imaginei que fosse por conta da pancada que recebi antes de... Karla.

Olhei ao redor. O lugar estava á meia-luz, mas eu podia ver as cadeiras velhas, as tábuas de madeira, a mesa velha á alguns metros de onde eu estava sentada, uma escada que parecia mais velha que a mesa e passos no andar de cima.

Eu estava em algum porão. E estava sozinha.

Amarraram minhas mãos e meu corpo fortemente em uma cadeira, eu mal conseguia me mover.

Ouvi passos descendo a escada.

-Rosy? – era a voz de Karla – Está acordada?

Não respondi. Parou no ultimo degrau e me encarou, seus olhos hostis e de alguma maneira, cruéis.

Ela me mataria.

Lembrei do sonho, da Srtª Simony, ela tentou me avisar, mas era tarde demais.

Karla olhou para as próprias unhas e sorrindo disse:

-Foi tão fácil capturar você, Rosy!

Ela desceu o último degrau da escada e andou até mim, olhei no fundo dos seus olhos, eu não estava disposta a deixa-la me matar de jeito nenhum.

-Como conseguiu entrar? – perguntei.

Ela riu e apontou para a escada.

-César me ajudou – no penúltimo degrau havia um garoto parado, estava me encarando, era alto, loiro e tinha olhos castanhos. – Ele é parente de fada e tem a habilidade de confundir a mente das pessoas, como uma camuflagem. Ele pode roubar um banco e ninguém irá o encontrar. Incrível, não é?

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