Escola de Vampiros - Ameaçada

Capítulo XX - 11 de março

Eu já estava começando a me irritar com todos aqueles segredos e cochichos. Era sábado.

Assim que acordei, tomei um banho e coloquei um vestido violeta ouvi batidas na porta. Era Milly.

-Bom dia, Rosy. – disse ela.

-Resolveu me contar o que está acontecendo? – perguntei abrindo espaço para que ela entrasse.

-Não esta acontecendo nada, é coisa da sua cabeça. – disse ela e andou direto para meu armário – Vamos sair. – ela tirou de lá uma sapatilha e me fez calçar.

-Pra onde vamos? – perguntei

-Você vai ver. – disse ela me arrastando para fora do quarto. – Não se preocupe.

Ela me arrastou até a área de lazer dos alunos onde Daniel estava esperando. Ele me deu um beijo.

-Divirtam-se. – disse ele

Olhei para ela, confusa.

-Nós – gesticulei para mim e para ela – Não íamos sair?

Ela riu.

-Vá com Daniel, será mais divertido. – ela fez uma pausa – Garanto. – e saiu.

Olhei para ele que apenas riu e me conduziu para fora da escola. O Corolla estava lá, esperando por nós.

-Vai me dizer o que está havendo? – perguntei enquanto ele dirigia rumo á cidade.

-Não esta acontecendo nada, amor. – disse ele, rindo – Só quero passear com você.

-Hoje é um dia especial? – perguntei – Que dia é hoje mesmo?

-Não importa. – ele disse – Vamos aproveitar, está bem?

Assenti.

Daniel virou uma rua que ia para uma floresta:

-Pra onde está me levando? – perguntei, confusa.

-Você verá. – ele riu – Fique calma e confie em mim.

Daniel entrou na floresta densa e parou em frente á uma arvore caída que bloqueava a passagem do Corolla. Ele desceu do carro e gesticulou para que eu fizesse o mesmo. Ele segurou minha mão enquanto me conduzia por entre a floresta sabe-se lá para onde.

Passamos por árvores e a floresta estava calma.

Foi quando eu vi.

As flores, as plantas, a grama, tudo em seu perfeito estado e reconhecíveis. Eu já havia estado naquele lugar, mas não na vida real, eu havia estado ali num sonho.

Aquele era meu campo, o campo que criei para Daniel.

Lágrimas rolaram por meus olhos.

Soltei a mão de Daniel e corri por entre a grama e as plantas. As flores estavam tão lindas como no sonho. As lágrimas não cessaram. Vi uma linda rosa branca e me abaixei para toca-la, senti Daniel atrás de mim e me virei para ele. Estava tão lindo e com um sorriso no rosto:

-Gostou? – perguntou.

O abracei.

-Está brincando? – eu disse – Isso é muito melhor que qualquer sonho.

Ele riu e secou minhas lágrimas acariciando meu rosto com seus dedos.

-Eu o fiz para você. – ele disse – Comecei depois da ultima vez que você me levou para o sonho.

Ele havia feito aquilo para mim. E eu o fiz para ele. Aquele lugar era real e tudo por causa de Daniel.

Eu o amava. Muito.