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AFTER LOUIS

SEXERCIZE

Eu nunca fui uma pessoa indecisa, eu nunca tive medo de fazer o que eu queria.

Porque eu tenho agora?

O que Louis fez comigo?

Os dias estavam se passando cada vez mais lentos, era horrível ir para a faculdade, eu andava com medo de vê-lo e querer correr para seus braços.

Mas ele não gosta de mim, ele não me quer, eu sei.

Eu deveria ficar com Henri, ele pode ter seus momentos, mas quem não tem? Eu deveria investir em um relacionamento, todo ser humano investe, por que eu não poderia?

O problema é que eu não estava somente ligado a Henri.

Minha raiva cresceu desde a ultima vez que encontrei com Louis em meu apartamento, e isso fez com que eu começasse a me relacionar com outras pessoas em um nível rápido e sem pudor algum.

Eu transava com caras desconhecidos em banheiros da faculdade, em becos escuros, eu somente fazia sexo, eu nem ao menos deixava que olhassem para meu rosto.

Não sei como fiquei assim, mas creio que a raiva e o desprezo que criei pelo sexo me fizeram mudar o meu modo de pensar, eu não queria mais ser capaz de sentir amor, eu só queria sentir prazer.

Eu queria algo descartável.

Foi o que Louis me mostrou, o que é ser descartável.

- Deixe eu te beijar.

O cara que eu prensava na parede disse entre um gemido.

Eu somente forcei meu ante-braço em suas costas e continuem estocando em sua entrada.

Nossas calças estavam até o joelho, e o beco que escolhemos era o mais escuro e distante que existia dentro do campus da faculdade.

Se eu sei o nome desse ser? Não.

Eu me importo? Não mesmo!

Nada me fazia feliz, contente, alegre. Eu só queria foder alguém e depois ir para casa tomar um banho e dormir.

Meus estudos estavam sempre em primeiro lugar, não sou idiota, eu quero me formar bem e quero ser um bom profissional. Eu estudava mais do que antes.

Niall, eu não sei onde ele se meteu, eu não o vejo mais em casa, somente nas salas de aula e pronto. Camila sumiu, mas ela está com raiva de mim, o que eu não posso ajudá-la a superar no momento.

- Só um beijo... - ele tentou virar o rosto, mas eu impedi, o puxando contra meu corpo e estocando com mais força, seu corpo estava imóvel contra o meu - Isso!! Isso!!

Nunca tive medo de ser feliz, eu sempre almejei essa sensação, mas hoje em dia eu não a quero em mim.

Não mereço ser feliz, não agora.

Eu tenho que ser dedicado e forte! Não posso deixar que outras pessoas tentem me derrubar, tentem me desviar do caminho que antes eu estava seguindo tão bem.

Gozei dentro do homem descartável que eu segurava contra meu corpo.

O soltei e subi minha calça e cueca, abotoando a calça em seguida e saindo dali sem ao menos olhar para trás.

- Hei! Você deveria aparecer no centro da cidade, lá tem um local para pessoas como você.

Não me virei, mas parei para ouvir mais.