Capítulo Vinte e Quatro - Losing My Mind.

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Capítulo Vinte e Quatro - Losing My Mind.


Tentei ficar apoiada na "parede" da cabine, enquanto controlava a minha respiração aos poucos, os meninos perguntavam o que estavam acontecendo e eu tentava ao máximo não começar uma risada escandalosa ali mesmo. Lucas parecia nervoso, a cara dele era cômica. Saí aos poucos do seu colo e me pus em pé, enquanto ele colocava a camisa, eu só pensava em situações tristes para não começar a rir. Não poderia entregar que eu e o Lucas andávamos se pegando. Nossos amigos são esquisitos.

Ajeitei o smoking em seu peitoral e dei algumas batidinhas acima, nos encaramos por alguns segundos e depois nos viramos para frente do pano azul que cobria a nossa frente e que também era a entrada. Abri uma pequena brecha, e todos encaram ali mesmo, certamente. Credo, parecem agentes do FBI.

- O Lucas estava com problemas no smoking. - Revirei os olhos, cruzei os braços e os encarei. Todos estavam de smoking, e até que estavam bem legais. Ok, estavam incríveis. Estou começando a acreditar em milagres.

- Então, o que achou? - Eles perguntaram. Fiz uma cara de tédio e assenti dizendo que estavam pelo menos normais. Não posso perder meus hábitos, não é?

- Estou com fome. - Falei, fazendo biquinho.

- Daqui a pouco te levamos numa sorveteria. - Ouvi Bryan dizer. Fiz uma pequena festa dentro e me sentei em um banquinho, esperando eles tirarem o smoking para levarem. Já estava cansada de tanta demora para eles escolherem, a última vez que demorei para escolher uma roupa foi cinco minutos, passamos mais de horas aqui. Eu só precisava da minha cama agora.

Toda essa história de baile me deixava cansada, além de ser a presidente do grêmio eu preciso ajudar nos preparativos, tem coisa pior? Onde eu estava com a cabeça para aceitar essa coisa toda? Argh, eu quero tanto voltar no tempo. Tudo mudou nessa estadia, é a merda da nova geração. Não gosto nem um pouco da ideia de ter que ajudar esses animais, e ainda todas as pessoas daquele colégio. Bando de idiotas no cio.

Depois de alguns segundos, quando todos fomos até o caixa, tinha aquela duas garotas e as mulheres que estavam falando dos meninos e de como eu era estúpida por estar com todos eles ali e não fazer nada. Bom, querida, tem algo chamado respeito e vergonha na cara, se você não tem, não aja igual uma vadia.

Comecei a mastigar o meu chiclete para soar irritante mesmo, não aguentava de tanto tédio, precisava fazer algo, mesmo sendo sedentária. Ultimamente as coisas estão corridas, como falei, esse baile esquisito, algumas provas e o desespero de todos os adolescentes. Eu ainda não entendia muito bem, não tinha tempo para tanto drama. Eu só precisava ser quem eu era mesmo. Para que mudar? Isso não é ser você mesmo. Temos livre arbítrio.

Apoiei meus cotovelos do lado do caixa, e os meninos pegavam o dinheiro para dar para elas, mas uma fez questão de pedir o número deles. Oh, ótimo. Você tem quantos anos? 14? Ah, sério. Preciso de algo para VOMITAR agora. Dramático? Não. Onde está os meus fones quando eu preciso deles...

Bufei e olhei para as minhas unhas que estavam descascadas de esmalte rosa unicórnio, como Maggie disse. Vi que eles todos conversavam, e os encarei incrédula. Muitos palavrões invadiram minha mente. CARALHO, EU ESTOU COM FOME. Juro, vou matar todos eles. Podem dar adeus.

- EU ESTOU COM FOME. - Bati a mão no caixa. Todos me olharam assustados, fiz uma cara bem séria. Me obrigaram a vir nessa merda, para eu passar horas, ficar cansada e morfar enquanto neles conversam com essas garotas no cio? Não está na minha listinha de ser trouxa hoje. Eu estava com tanta raiva que queria incendiar aquele alojamento. Poderia ter 99% de chance daquilo acontecer.

FreyaOnde histórias criam vida. Descubra agora