Capítulo sete

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Victor:

Me visto e resolvo ir dormir na casa de Pedro hoje. Resolvo ligar para ver se posso

Ligação em andamento:

Pedro: Fala cara.

Eu: Pedro, posso dormir na sua casa hoje?

Pedro: Claro mano

Eu: Ok, então estou indo.

Pedro: Estou te esperando

Ligação off.

Desligo o celular e o jogo dentro da bolsa, coloco uma peça de roupa, meu uniforme e meus materiais de escola de amanha. Quando estou saindo de casa vejo Lívia, agora é hora de falar com ela, pedir desculpa e explicar tudo. Antes que eu comece ir ate ela, algo acontece e ela tropeça caindo de joelhos no chão, e vou em sua direção para ajuda-la.

_ Oi, está tudo bem com você? pergunto ajudando ela a se levantar.

_ O.oii. Está tudo bem sim, obrigada - ela diz com voz rouca e eu pude ver seu rosto corar.

Ao se levantar percebi que a calça dela tinha rasgado no joelho e havia uma manchinha de sangue.

_ Você se machucou, deixe-me te ajudar - digo a ajudando entrar na sua casa.

Quando entramos, vejo uma grande sala de paredes brancas, e uma única parede marrom, com uma TV de tela plana dois sofás vermelhos e uma mesinha de centro com um arranjo de flor em cima

_ Tá doendo - ela diz se apoiando em mim.

_ Onde é seu quarto? - pergunto pegando ela no colo

Quando a olho vejo que nosso rostos estão a poucos centímetros de distancia, nossos olhos estão vidrados um no outro, nossos rostos estão se aproximando para um beijo quando de repente, ela desvia o olhar.

_ É lá em cima - ela diz de cabeça baixa apontando para a escada.

_Tá - eu digo meio sem jeito subindo as escadas.

Quando chego lá em cima vejo uma porta branca meio aberta, ao entrar vejo um grande quarto de paredes lilás e uma única parede branca, com uma grande cama de casal com lençóis brancos e rosa flamingo um criado-mudo ao lado da cama com um abajur, uma penteadeira no canto, ao lado dela  uma grande janela com persianas brancas e no fundo outra porta branca que provavelmente seria o banheiro.

Entrei e a coloquei na cama perguntando:

_ Onde tem as coisas para fazer curativos?

_ Lá na cozinha, dentro do armário, mamãe deixa lá porque sabe como sou desastrada - ela diz em meio um sorriso tímido.

_ Tá, é.. é.. você vai ter que tirar essa calça, pra eu poder fazer o curativo - digo meio sem jeito.

_Tá, enquanto você vai lá na cozinha eu vou vestir um short -  ela disse um pouco corada.

Desci até a cozinha, abri o armário e encontrei a caixinha de curativos, quando voltei para o quarto vejo ela sentada na cama, então eu limpei o machucado passei remédio  coloquei um band-aid  e me sentei do lado dela, fiquei um minuto calado e comecei a tentar explicar o que aconteceu hoje cedo me disparando a falar.

_ Lívia, é.... me desculpa por hoje cedo.. é, é, não sei o que aconteceu comigo, não pense que sou um canalha, foi um mal entendido, um impulso um.. é...

_Calma está tudo bem - ela disse me interrompendo e pegando na minha mão.

Eu olho para aquela mão macia como seda segurando a minha, e quando penso em colocar a minha mão sobre a dela, ela percebe que estou a olhar e retira sua mão da minha.

_ É.. está se sentindo melhor? - eu pergunto, quebrando o silencio

_ Sim, graças a você, obrigada.

_ Agora que conversamos sobre o que aconteceu hoje..é..é.. podemos ser amigos?

_ Claro.

_ Então...agente se vê amanha?

_ Sim.

_ Então tá.. eu tenho que ir, te vejo amanha na escola tá?

_ Tá bom.. obrigada

Eu desci as escadas e quando estou abrindo a porta me viro e a vejo parada no topo da escada, dou meia volta e a subo correndo, e então estou parado em sua frente, tomo sua boca na minha com um longo beijo.



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