Capítulo treze

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Lívia:

_ O.oi - digo meio sem jeito.

_ Gostou do troféu ? - ele perguntou pegando um para olhar

_ Sim, são lindos. E esse quem é ? - pergunto apontando para o porta- retrato.

_ É meu pai - ele diz sem tirar o olhar do troféu.

_ Qual o nome dele?

_ Eduardo

_ Cadê ele? Está em viagem?

_ Ele... é.. morreu.

Fico boquiaberta,e quando olho para ele vejo que seus olhos estão cheios de lágrimas.

_ Víctor.. é.. me desculpa.. eu... sinto muito

_ Não, não se preocupe, você não sabia, ele se foi quando eu tinha cinco anos de idade. Foi quando um homem embriagado perdeu o controle do carro e meu pai não conseguiu desviar.

_ Eu sinto muito, eu não queria....

_ Esquece isso..é..você pode me dar um abraço?

_ Claro - digo indo em direção indo em direção a ele. Com a cabeça em seu peito posso ouvir seu coração que soa triste.

_ Eu sei que onde ele estiver, ele tem orgulho do homem que você se tornou.

_ Ai que romântico, falta a pipoca - alguém diz

Me separo de Víctor e quando levanto o olhar, vejo Stephanie na escada a nos olhar toda sorridente.

_ Muito bonito senhorita Albuquerque, te deixo sozinha pra se arrumar, e você vem é abraçar meu irmão..

_ Eu vim beber agua mas...

_ Hunhum, meu irmão matou sua sede né.

_ Ah, eu..

_ Olha não da ideia pra ela não, senão essa conversa não acaba e vocês num sai daqui hoje. - Víctor disse me interrompendo e subindo as escadas..

_ Olha, para de babar no meu irmão e vem logo pra gente se arrumar senão agente não sai daqui hoje. - Stephanie diz

_ Tá ok chatonilda - digo rindo.

Em meia hora estamos prontas, eu vesti um short jeans preto, uma blusa listrada preta e branca, calcei meu all -star branco passei um perfume, deliniei bem os olhos, passei mascara d cílios e nos lábios passei um batom vermelho bem marcante. Olhei no espelho estava tudo certo, mas o cabelo.. não estava achando legal. Então puxo o para o alto e faço um coque.

Quando me viro vejo Stephanie e a pergunto:

_ Que tal?

_ Ficou linda, mas falta alguma coisa. - ela diz franzindo a testa.

_ Ah, já sei - ela diz procurando algo em uma caixinha vermelha.

_ Aqui esta - ela diz colocando uma pulseira de pedrinhas pretas em meu pulso

_ É linda - digo

_ Pode ficar, ela não fica bem em mim.

_ Obrigada Téta.

_ Sempre fofa.

_ E eu como estou? - ela pergunta fazendo varias poses.

_ Lindíssima miga.

Ela esta usando um vestido de meia manga rodado preto, em seus pés há uma sandália de abotoar de strass, seus olhos estão bem delineados e tem longos cílios. Seus lábios estão em um lindo rosa claro e seus cabelos estão em um belo encaracolado caindo em seus ombros.

***

Quinze minutos depois a mãe de Stephanie nos deixou em frente a uma casa muito bonita. Ao entrar vejo uma linda casa branca com um gramado ao redor, uma grande piscina ao meio com velas flutuando sobre ela. Um jogo de luzes ao centro, varias pessoas dançando e muitos garçons com bandejas circulando ao meio delas.

_ De quem é essa festa? pergunto a Stephanie.

_ Simon, um colega do meu irmão

_ Ah ta.

_ Vamos dançar - Stephanie diz me puxando sem esperar resposta.

Estamos dançando quando de repente vejo ele. Víctor surge na nossa frente com uma taça na mão. Ele está lindo, trajando uma calça jeans azul e uma camisete branca ligeiramente aberta no peito, seu cabelo está bagunçado mas de um jeito sexy e está usando um tênis preto. Ele chega com Pedro e outro garoto, e eles se aproximam para conversar.

_ Oi garotas - Pedro diz

_ Oii - Stephanie diz pegando a taça que ele trazia na mão e tomando um gole.

_ Meninas esse é Simon nosso amigo - Pedro diz.

Quando o olho, vejo um garoto de pele branca e cabelos pretos, olhos negros como jabuticabas e boca avermelhada, alto como Víctor e encorpado.

_ Oi - ele diz se aproximando de mim.

_ Oi - digo dando um pequeno sorriso.

_ É nova na cidade?

_ É , sou sim

_ Que tal agente ir dan..

_ Vamos dançar Lívia - Víctor me puxa interrompendo Simon e entrega a taça que trazia para Pedro.

Neste momento, começa a tocar Home de Gabrielle Aplin e agente fica dançando coladinho. De repente sinto sua respiração em meu pescoço e sinto sua boca se aproximar de meu ouvido e dizer baixinho:

_ Eu te quero tanto anjo.

Meu coração dispara e eu penso em dizer " eu também Víctor, te quero muito", mas não digo, há um nó na minha garganta que me impede. A musica acaba, vejo Víctor parado em minha frente, mas de repente fico tonta e me seguro nele.

_ O que foi, você está bem? - ele perguntou parecendo preocupado.

_ Estou bem, não é nada. - digo com a mão na cabeça.

_ Vamos sentar, que tal beber alguma coisa?

_ Sim - digo indo de mãos dadas com Víctor, mas no meio do caminho uma névoa cinza invade meus olhos e caio desmaiada nos braços de Víctor, e a ultima coisa que posso ouvir, é ele gritar meu nome.




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