Emily e Sydeal ficam deslumbrados com a mágica que a pedra fizera, sem que eles percebessem acabaram tendo uma visão de um navio, era o Peregrino da Alvorada. A garota reconheceu o navio e pensou que estava no navio:
- Edmundo! - Exclamou Emily ao ver o rapaz. Mas ele não reagira, parecia nem sequer tê-la ouvido, ele estava descendo do alto, de onde o marinheiro avista as ilhas.
Emily estranhou que havia uma tripulação no navio. Lúcia estava encantada ao ver que a escuridão e o nevoeiro estava desaparecendo. De repente Emily desaba atravessando o interior do navio, chegando até o mar, e viu algo correndo de uma ilha, era uma serpente verde, ela se enroscou em uma torre de uma cidade que fica na água, onde os seres marinhos e aquáticos habitam, a serpente parou e ficou encarando a embarcação. Tinha uma enorme serpente morta no fundo do mar, mas saiu uma outra da Ilha Negra, um pouco menor indo em outra direção enquanto todo o mal e trevas desaperceram. A serpente chegou em uma caverna, onde se formou um castelo, a criatura saiu da água se transformando em uma mulher, essa mulher não era uma qualquer.
- A Dama do Vestido Verde! - Exclamou Emily ao ver tal mulher, que nem sequer a escutou.
Pequenas criaturas surgem das sombras, eram os terrícolas, que ao verem a mulher se ajoelharam como se ela fosse uma rainha, diante do que viram, ela é olhada para eles como uma deusa. As criaturas respeitavam a dama por causa do medo que tinham dela, viram o seu poder, assim a mulher escolheu um terrícola para liberá-los quando estiver ausente, ele ficou maior que os outros terrícolas, porém mais baixo que a Dama do Vestido Verde. Enquanto isso, Sydeal estava em um lugar lindo, parecia ser um reino muito próspero, até que ele viu alguém familiar.
- Jadis! - Bradou Sydeal pulando em cima dela, mas atravessara seu corpo como se fosse um fantasma. - Mas o quê?!? - Indagou a águia sem entender o que aconteceu.
- Sou Jadis, a rainha de Nárnia, aqueles reis, não merecem o trono em que sentam, vamos tomar o que é nosso! - Exclamou Jadis convicta em tomar o reino dos antigos reis para as criaturas más que traz em seu exército. Ela marcha em direção ao castelo de Cair Paravel onde os primeiros reis de Nárnia reinaram a muito tempo atrás, onde a Rainha Cisne Branco estava fazendo a legislação das leis de seu reino, quando foi pega despreparada, Pégasus, faunos e entre outras criaturas correram todos para proteger sua majestade. Mas infelizmente alguns foram mortos ou feitos de reféns pelos ogros e gigantes que estavam seguindo a sua líder.
- Não tema querida. - Disse Jadis apontando sua varinha para o peito da rainha.
- Por favor, não os machuque. - Implorou a rainha.
- Desde que não me desobedeçam. - Responde Jadis. - Não há o que temer, você não sentirá nada. - Disse Jadis atingindo a rainha sem piedade, a transformando em gelo, logo em seguida empurrou a estátua, assim, a quebrou em pedaços. Os narnianos lutaram e os poucos que restaram fugiram, se esconderam das maldades que a usurpadora fizera, tomando o reino que não lhe pertence. Os reinos vizinhos temiam a magia do país que foi tomado por uma mulher que fez o inverno chegar mais cedo e não parar até então. O inverno selou e tomou conta das terras de Nárnia, o medo estava habitando das florestas ao bosque, mas uma profecia surgiu que quatro crianças seriam responsáveis de tirar a Feiticeira Branca do poder, Jadis ganhou esse nome porque sua pele se tornou tão pálida como a neve, sua beleza desaparecera ao praticar feitiçaria e causar mal aos habitantes narnianos. Um ódio cresceu no peito de Sydeal, a crueldade que viu diante de seus olhos, uma vida inocente sendo tirada sem piedade. Não só a vida da pobre rainha foi tirada, como de seus fiéis servos que se recusaram a se curvar a Jadis, assim a feiticeira executou todos que desafiaram ela, causando a extinção de algumas espécies.
- Não! - Disseram Emily e Haimdon em uníssono.
Os dois se fitaram exasperados com o que viram, e não falaram nada até...
- Eu não acredito no que eu vi. - Disse Emily. - Essa pedra nos dá visões do passado, agora compreendo o que Aslam quer que façamos, ele deseja que nós desvendaremos como derrotar as feiticeiras, ou pelo menos a sua fraqueza.
- Você viu o que vi? - Perguntou Sydeal. - Pensei que já havia visto tudo que Jadis é capaz de fazer. Ela tirou vida de milhares de inocentes.
- Não. - Respondeu Emily. - Eu vi coisa diferente. Vi de onde a Dama do Vestido Verde veio e sua forma como serpente é bem... Argh... - Disse Emily se arrepiando ao lembrar do formato da Rainha do Submundo. - Acho que não conseguirei dormir depois disso.
- Vamos para um lugar mais seguro. - Disse Sydeal.
E eles foram para o topo do monte, aonde tiveram que seguir seus caminhos nos céus. Era escuro, mas estava perto de amanhecer, e o céu começara a se iluminar, até que tiveram que descer, pois era possível vê-los no alto e para não chamar a atenção resolveram prosseguir o caminho indo pelas florestas.
- Olá viajantes. - Saudou uma voz.
- Quem é você? - Pergunta Emily procurando quem falou entre as árvores.
Uma criatura negra sai desce lentamente de uma árvore, seu pêlo tão escuro, seus olhos que pareciam ver sua alma, era uma pantera.
- Oh, me desculpe. - Disse a pantera. - Sou Nesper, o que traz uma garota e uma águia andando sozinhos por aí? - Pergunta Nesper.
- Acho que não devemos confiar nele. - Sussurrou Sydeal.
- Estamos indo para Beruna. - Mentiu Emily.
- Conheço um atalho... - Disse a pantera sendo interrompida por Emily.
- Desculpe, mas não podemos nos arriscar em mudar de caminho. - Retrucou Emily nervosa.
- Sabe, eu estou achando que vocês não estão entendendo. Vocês devem ir comigo, se a Rainha Jadis souber que deixei-os escapar... Bom, vocês querem ir por bem ou por mal? - Pergunta Nesper se aproximando como se estivesse pronto para atacar uma presa.
- Corra! - Disse Sydeal arranhando a cara da pantera com suas garras, fazendo com que a garota ganhasse tempo para correr para longe dali.
Era um pouco escuro por causa das árvores que cobriam a luz, se afastando mais, já se via os céus e Emily olha para trás e se assusta ao notar que Nesper estava perto dela. Emily sentiu seus braços serem agarrados e fechou os olhos. Ao sentir um vento frio e o som de asas, a garota abriu os olhos e viu que era Sydeal que havia agarrado os seus braços.
- Nunca pensei que diria isso, mas obrigada por me salvar. - Agradeceu Emily à águia, pois não confiava na criatura, mas ela viu a lealdade de Sydeal, que tranquilizou a garota e a fez refletir sobre o ocorrido.
- O que é Beruna? - Pergunta Sydeal.
- Não faço idéia. - Responde Emily. - Ouvi falarem... Parece que é um lugar.
- Vamos parar em algum lugar, de preferência seguro. - Disse Sydeal.
- Desde que não tenha ninguém nos perseguindo. - Disse Emily.
Sydeal pousou próximo de um lago, onde descansaram e foram beber água e foram atrás de algo para comer, por sorte encontraram frutas para satisfazer sua fome. Quando ficou tarde foram dormir, Emily demorara a pegar o sono, contudo conseguiu adormecer.
- Que barulho é esse? - Pergunta Emily ao escutar o som de exércitos avançarem, era uma guerra, a garota sem entender pensou, " O que faço aqui? Aonde estou? ", trombetas tocam, um som de asas batem acima da garota, era um absurdo número de grifos voando carregando pedras de tamanho suficiente para esmagar um gigante. Emily notou que estava ao lado de um grupo de centauros que carregavam um arco em suas mãos e esperavam o comando para colocarem suas flechas para mirar em seus alvos, e perto dela estava um garoto com uma armadura, nela havia um brasão de um leão dourado de pé, o garoto tinha um rosto familiar, aparentava ter uns 11 anos, concluiu Emily, e do lado dele estava um castor, também com armadura, a garota achou fofo. Emily encarou o garoto e percebeu quem era o tal menino, era Edmundo, ele parecia aflito, os seus olhos expressavam preocupação. O exército que estava avançando era composto por ogros, duendes, lobisomens, entre outros seres medonhos que deu calafrios em Emily. Um cavaleiro avança, era Pedro, ao seu lado estava um centauro, um grupo de faunos, centauros, sátiros, leopardos tomaram frente. Um olhar desafiador e confiante surge na face de Jadis ao ver seu exército recuar o exército narniano para as docas, e derrepente Emily vê várias imagens surgirem aleatoriamente, a imagem de uma serpente verde, outra imagem de uma cidade do seu mundo sendo engolida por nuvens escuras, e o vislumbre dos irmãos Pedro, Susana e Lúcia presos como reféns e mais lutas sendo travadas. Emily acorda, percebe que tudo fora um sonho e nota que a pedra estava em suas mãos, a garota a guardou e tentou dormir novamente, como continuara exausta conseguira adormecer novamente. A garota acordou com Sydeal, ele tinha pego em um lago próximo dali, era tarde.
- Que horas são? - Pergunta Emily confusa e meio sonolenta.
- Não sei, mas não é cedo. - Respondeu Sydeal.
- Donde veio esses peixes? - Pergunta Emily.
- Desculpe, tinha um lago aqui perto e peguei alguns pois imaginei que estaria com fome quando acordasse. - Disse Sydeal.
Emily realmente estava com fome, pois ouviu sua barriga roncar, apesar de não ter gostado de ter ficado só a garota apenas assentiu e disse:
- Tá bom.
A garota sabia fazer uma fogueira e pegou gravetos dos galhos das árvores para espetar os peixes, o cheiro de peixe assado fez sua barriga roncar com mais intensidade, depois de terminar, eles comeram e seguiram a viagem pelos céus. Porém, não imaginavam que sobe uma montanha estava uma mulher, era a Dama do Vestido Verde, ela viu que a garota estava sem os amigos, apesar de estar com uma grande águia, assim a feiticeira lançou um feitiço no céu que o escureceu, cobrindo o céu de nuvens escuras com raios e trovões. Uma tempestade se formou, Sydeal desorientado com tamanha força da chuva o fez desabar, antes que chegasse ao solo conseguiu bater as asas, entretanto, caíram no chão.
- Emily! Você está bem? - Pergunta Sydeal à garota.
- Hã? O quê? Acho que sim... - Respondeu a garota. - E você?
- Estou bem, eu acho. - Respondeu Sydeal.
Emily avistou alguém vindo em direção à eles, usava uma armadura.
- Edmundo? - Disse a garota pensando ser o rapaz, até reconhecer que é o cavaleiro negro, o mesmo que perseguira ela em Charn.
O cavaleiro negro andara como se não tivesse pressa, lentamente.
- Sydeal, consegue voar? - Pergunta Emily.
- Não. Por quê? - Retruca a águia até ver o cavaleiro vindo em sua direção e entender o motivo da pergunta da garota.
- Então corra! - Gritou a garota começando correr um pouco manca, por causa da queda.
A águia estava com as asas machucadas demais para voar e dava grandes saltos, pois não é muito bom em andar. Mas não importava o quanto tentavam escapar, parecia que não adiantava, pois estavam exaustos e cansados.
- Como sabemos se ele é amigo ou inimigo? - Pergunta a águia eufórica.
- Eu não quero descobrir se ele nos alcançar. - Disse Emily.
A garota tropeçou em uma pedra, a águia voltou para ajudar, mas o cavaleiro já estava próximo e quando ele chegou perto. Algo o atingiu, parecia ser um porrete, um enorme porrete, era um gigante que o acertara, o cavaleiro negro foi lançado para longe e o som dos imensos gigantes que emergiram perto das pedras o fez retornar donde ele veio, a garota ficou desacordada assim que bateu a cabeça ao tropeçar, águia a protegia, e os gigantes os cercou. E Sydeal sem opções de escapar, pois não podia deixar a Emily sozinha, sua única alternativa é se render aos gigantes e seu destino dependerá de sua sorte.
- Quem são vocês? E o que fazem aqui? - Pergunta um dos gigantes.
- Somos viajantes, estávamos conhecendo o território. - Mentiu Sydeal.
- Vocês virão conosco, nossa rainha não recebe hóspedes à muito tempo. - Disse outro giganteHey, peço desculpas pela demora desse capítulo, é que estive muito ocupado com trabalhos e etc. Espero que gostem do capítulo, pretendo não demorar a postar o próximo capítulo. Um abraço!
![](https://img.wattpad.com/cover/59914990-288-k939229.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Os Portais Secretos
FantasyA Dama do Vestido Verde se comunica com a mais antiga inimiga de Nárnia, a Feiticeira Branca, e segredos são revelados, que faz com que o destino de Nárnia corra perigo e nossos heróis embarcam numa grande aventura.