Capítulo XI - Meu sonho e pesadelo se encontram. Continuação IV

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- Liberem as três que nós os soltaremos. E que história é essa de meu amor? – Perguntou Gustavo.

- Eles são amantes. –Respondeu Tamara secamente.

- Além de ser a cabeça da quadrilha é amante do líder. Interessante essa história – Respondeu Alexia, que foi sacolejada por seu algoz.

- Não façam nada contra ele.

- Nós iremos soltá-lo, mas liberem Joana, Alexia e Denise.

- Nunca, eu vou matá-las.

- Então o seu amantezinho vai dançar. – Respondeu Tamara.

- Fiquem quietos agora! – Disse Eduardo enquanto amarrava os braços de Gustavo e pegava a arma de Tamara.

- Tucca, deixe-os aqui e vamos embora, pois temos muito trabalho pela frente.

- Eu teria o prazer de acabar com a Alexia, mas como não temos tempo a perder. – Respondeu enquanto riscava um fósforo e o acendeu em cima das cortinas. Fomos amarrados e vimos o fogo subir rapidamente.

Os quatro saíram daquele lugar no momento em que as chamas tomaram conta do casebre. Tentamos nos desamarrar, mas não conseguimos. A fumaça se espalhou rapidamente e o ar começou a nos faltar. Eu já não sentia mais nada e cai desacordada.

Alexia conseguiu se soltar e tentou desamarrar os demais. Fui carregada até o carro no colo e comecei a tossir freneticamente. Senti alguns tapas de leve no rosto e a voz de Gustavo.

- Vamos, precisamos de você, reaja!

Eu ainda estava zonza e lentamente me levantei, embora não parasse de tossir. Eu não acreditei quando constatei que tínhamos conseguido sair daquele casebre que explodia logo atrás de nós.

- Para onde nós iremos? – Perguntei ainda meio zonza.

- Não sabemos ainda. Provavelmente ao aeroporto, para onde eles irão embarcar as crianças. Eu só quero ver a cara daqueles crápulas quando descobrirem que nós não morremos. – Respondeu Gustavo.

- Temos é que comunicar à polícia. Vou ligar para delegado Torres, um velho conhecido meu.

- Espero que ele não seja jovem. Eu sei que você tem uma ligeira queda por garotões. – Respondeu Gustavo maliciosamente para Alexia, que lhe devolveu com uma careta.

Quando ela ia pegar o celular, senti algo vibrar próximo a mim. Franzi a testa e Tamara me deu o telefone.

- Se quiserem pegá-los sigam até este endereço. – Disse-me uma voz familiar. Eu ainda estava um pouco grogue e não consegui identificá-la.

- Quem está falando? – Alexia desligou o telefone resmungando e olhou diretamente para mim.

- É a Bruna, sua idiota. Não reconhece minha voz.

- O que você quer ? Pensa que eu vou cair na sua armadilha? Logicamente está me ligando a mando de Tucca.

- Sua imbecil, a Tucca quer me matar. Na verdade eu pensei que ela tivesse conseguido fazer o mesmo com vocês. Fiquei aliviada quando atendeu o telefone.Eu soube que ela sequestrou a Denise. Como ela está?

- Eu não entendo essa sua súbita preocupação conosco. Você está com a Tucca!

- Bem, se quiser pegá-los vá até este condomínio na Barra da Tijuca. Eles passarão a noite lá com as crianças e depois as embarcarão. Se eu não me engano, são várias casas e todos estarão na terceira após a segunda guarita. Pelo menos foi isso o que um dos capangas deles me passou. Essa é a última chance, Joana.

Vidas Roubadas- completo até 30/07Onde histórias criam vida. Descubra agora